segunda-feira, 24 de março de 2008

ONGs. Uma solução para o País

Segundo notícia do «Público», de hoje, «a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) lançou ontem "um apelo a todos os pais para que exerçam o seu poder paternal junto dos seus filhos, educando-os no sentido da responsabilidade e do comportamento que devem ter em sala de aula, o seu local privilegiado de aprender".

Em comunicado, a Confap manifestou também a sua solidariedade para com a professora que foi confrontada por uma aluna da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto.

"Apela-se aos pais para que imponham regras muito firmes quanto ao uso de telemóveis pelos seus filhos", acrescenta a Confap, reconhecendo que muitos dos conflitos existentes no interior das escolas se devem ao uso indiscriminado de telemóveis. Segundo a associação, o desaparecimento da família tradicional e da escola tradicional estão intrinsecamente ligados à actual "crise da autoridade" e à "crise da educação" com que a sociedade se debate. "A sua resolução não passa pela restauração da autoridade perdida, mas pela compreensão da História e procura de novos caminhos", acrescenta.»

A solução para a revitalização do País irá residir em atitudes como esta, de organizações não governamentais, de particulares, como sindicatos, Igreja, e outras instituições privadas. São necessárias mais organizações como a Confap que contribuam para a recuperação de valores indispensáveis a uma sociedade moderna onde haja respeito por todos e sentido das responsabilidades, e as crianças aprendam cedo a ser pessoas preparadas para viver em verdadeiro ambiente democrático.

Ao Estado deixam-se os problemas «vitais» do País tais como a proibição dos piercings, a investigação das despesas com os casamentos, os casamentos de homossexuais, as leis muito elaboradas que ninguém lê nem pode aplicar, como a do controlo de armas que não fez reduzir a criminalidade violenta armada, as sucessivas alterações do Código da estrada que não reduziram substancialmente os acidentes mortais, etc, etc.

6 comentários:

Amaral disse...

João
Realmente há momentos em que, de tão gritantes, não se pode tomar outra atitude. A Confap, desta vez, portou-se bem e fez o que lhe competia. É pena que noutras circunstâncias não tenha mostrado o apoio que devia mostrar aos professores.
O estado realmente por vezes parece alhear-se dos problemas e divertir-se com... piercings.
Boa semana.
Abraço

A. João Soares disse...

Amaral,
A confap reagiu desta vez como reagiu maior parte das pessoas. O vídeo foi chocante. Tudo se orientou para defesa dos professores e é preciso não deixar esquecer tudo isto sem serem tomadas as medidas convenientes para rever todo o sistema de disciplina, de deveres dos alunos e de responsabilidade dos pais.
O professor é humano e pode errar, mas tem de ser prestigiado e respeitado.

Abraço
A. João Soares

Anónimo disse...

A violência existe nas escolas porque falta a autoridade e o castigo que seria devido por mau comportamento, indisciplina e até mesmo delinquência.
Como não se pode tocar nos meninos “nem com um dedo”, na falta de outros castigos eficazes a aplicar, resta a impunidade que serve de incentivo para que cresçam os comportamentos anormais e a violência nas escolas e fora delas.
Que castigos deverão ser aplicados? Multas? Quem as paga? Os alunos? Os pais? E se não pagarem? E se não tiverem meios para isso, qual é a alternativa? Ficam impunes?
Põem-se de castigo num canto sala? Quando os alunos se aperceberem de que nada lhes acontece se recusarem o castigo é isso mesmo que vão fazer: recusar o castigo.
Expulsam-se da aula ou da escola? Não serve de nada, apenas se transfere para o exterior da sala de aula o problema. Esses jovens irão dar azo à sua liberdade doentia noutro lugar.
Os castigos físicos são condenáveis, mas, por vezes, são os únicos que têm algum efeito e as autoridades policiais sabem-no bem. Senão para que servem aqueles bastões compridos que os polícias usam nalgumas situações? e as outras armas que trazem?
As crianças não são assim tão diferentes dos adultos e até há um abuso de linguagem ao se apelidar de "crianças" todos os jovens dos zero aos dezasseis anos (logo dezoito), como que se a inteligência e a capacidade de distinguir o bem do mal chegasse na noite em que completam aquela idade. O Desenvolvimento humano nem é todo igual: há jovens com dez anos mais desenvolvidos, experientes e astutos do que outros com catorze, quinze e mais... Há até pessoas já adultas que nunca atingiram um nível de desenvolvimento aceitável (são obviamente deficientes mentais).
A maioria das crianças e jovens não são delinquentes e pode ser corrigida de qualquer desvio através de uma simples conversa, mas basta um "rebelde" para boicotar uma aula e para arrastar consigo outros mais pacatos que não levantariam qualquer problema.
Os colegas mais humildes são as primeiras vítimas e a escola não tem hoje maneira de as proteger a não ser que as isolassem dos mais violentos. Mas não será injusto permear os delinquentes com a liberdade enquanto se fecham os restantes alunos ainda que para a sua protecção? Mesmo assim ficam expostos quando entram e saem da escola. Isto lembra os “condomínios fechados” onde quem pode se protege da violência exterior sem ficar completamente imune porque tem que entrar e sair desses locais.
Algo deve mudar no ensino e na forma de castigar os desvios dos jovens, senão estamos, sem o saber, a criar pequenos “monstros” que nunca se habituarão a cumprir regras sociais, que serão uns inúteis e que viverão sempre à custa do trabalho alheio, porque é mais fácil.
Um dia as ideias que agora dominam, de não aplicar quaisquer castigos físicos, em quaisquer circunstâncias, terão que mudar: o que é hoje um conceito aceite e indiscutível será um dia posto em causa pelos futuros pedagogos. Houve no passado uma inversão nos castigos admissíveis nas escolas e outra acontecerá inevitavelmente no futuro.
Os castigos físicos são por ora condenados pelas nações ocidentais, pela EU e pelo nosso país. Assim, as mudanças começarão primeiro nas principais nações (EUA, UK, França..), que se aperceberão em breve da necessidade da reposição de alguns castigos físicos e terão que o fazer. Os pais também irão aceitar e compreender essa necessidade para a protecção dos seus filhos dos poucos jovens com procedimentos anormais. Os castigos físicos eram bem tolerados pelas anteriores gerações de pais e não está provado que tivessem um nível de testosterona inferior ao dos actuais pais.
Dizem também que tudo se resolve se os pais derem educação aos filhos. E quando os próprios pais não a têm, como podem ministrá-la aos filhos?

Zé da Burra o Alentejano

C. disse...

Caro João,

De facto fui dar ao texto que comentei com uma pesquisa no google, mas vi-me obrigada a comentar porque é hoje raro ler textos tão bons. Deixe-me também dizer-lhe que agradeço a sua visita, embora não tivesse a pretensão de o ter como leitor pois quem escreve assim merece ler melhor e como dizia no pensador obtuso, aquilo que escrevo é puro acto de egoísmo, não sendo merecedor de comentários ou leituras. Quanto ao seu blog, vou ficar leitora assídua!

A. João Soares disse...

Caro Zé da Burra,
Um tema destes, pela sua importância e actualidade, merece debate de ideias em grande profundidade.
O seu comentário é muito interessante e aborda assunto da disciplina de uma forma honesta e perspicaz. Os seus argumentos são aceitáveis, embora se levantem muitos fanáticos com objecções.
Mas realmente o mundo ocidental, dentro de poucos anos, irá dar uma grande volta.
Há uma frase que me fez lembrar uma conversa que tive há meia dúzia de anos: essa de os actuais pais e professores não estarem à altura de ensinar valores que eram considerados essenciais e que hoje são ignorados. Isso é um pecado generalizado na sociedade actual.
Um abraço
A. João Soares

A. João Soares disse...

Pantera,
Terei muito prazer na repetição das sua visitas e nos comentários que deseje deixar. Sugiro qee visite também o meu outro blog, onde encontrará outros comentários também de muito nível, de outros comentadores. Para acessar, basta fazer clique na assinatura deste comentário.

Abraço
A. João Soares