Segundo notícia do «Público», de hoje, «a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) lançou ontem "um apelo a todos os pais para que exerçam o seu poder paternal junto dos seus filhos, educando-os no sentido da responsabilidade e do comportamento que devem ter em sala de aula, o seu local privilegiado de aprender".
Em comunicado, a Confap manifestou também a sua solidariedade para com a professora que foi confrontada por uma aluna da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto.
"Apela-se aos pais para que imponham regras muito firmes quanto ao uso de telemóveis pelos seus filhos", acrescenta a Confap, reconhecendo que muitos dos conflitos existentes no interior das escolas se devem ao uso indiscriminado de telemóveis. Segundo a associação, o desaparecimento da família tradicional e da escola tradicional estão intrinsecamente ligados à actual "crise da autoridade" e à "crise da educação" com que a sociedade se debate. "A sua resolução não passa pela restauração da autoridade perdida, mas pela compreensão da História e procura de novos caminhos", acrescenta.»
A solução para a revitalização do País irá residir em atitudes como esta, de organizações não governamentais, de particulares, como sindicatos, Igreja, e outras instituições privadas. São necessárias mais organizações como a Confap que contribuam para a recuperação de valores indispensáveis a uma sociedade moderna onde haja respeito por todos e sentido das responsabilidades, e as crianças aprendam cedo a ser pessoas preparadas para viver em verdadeiro ambiente democrático.
Ao Estado deixam-se os problemas «vitais» do País tais como a proibição dos piercings, a investigação das despesas com os casamentos, os casamentos de homossexuais, as leis muito elaboradas que ninguém lê nem pode aplicar, como a do controlo de armas que não fez reduzir a criminalidade violenta armada, as sucessivas alterações do Código da estrada que não reduziram substancialmente os acidentes mortais, etc, etc.
segunda-feira, 24 de março de 2008
ONGs. Uma solução para o País
Posted by A. João Soares at 18:56
Labels: Confap, disciplina nas escolas, papel dos pais
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6 comentários:
João
Realmente há momentos em que, de tão gritantes, não se pode tomar outra atitude. A Confap, desta vez, portou-se bem e fez o que lhe competia. É pena que noutras circunstâncias não tenha mostrado o apoio que devia mostrar aos professores.
O estado realmente por vezes parece alhear-se dos problemas e divertir-se com... piercings.
Boa semana.
Abraço
Amaral,
A confap reagiu desta vez como reagiu maior parte das pessoas. O vídeo foi chocante. Tudo se orientou para defesa dos professores e é preciso não deixar esquecer tudo isto sem serem tomadas as medidas convenientes para rever todo o sistema de disciplina, de deveres dos alunos e de responsabilidade dos pais.
O professor é humano e pode errar, mas tem de ser prestigiado e respeitado.
Abraço
A. João Soares
A violência existe nas escolas porque falta a autoridade e o castigo que seria devido por mau comportamento, indisciplina e até mesmo delinquência.
Como não se pode tocar nos meninos “nem com um dedo”, na falta de outros castigos eficazes a aplicar, resta a impunidade que serve de incentivo para que cresçam os comportamentos anormais e a violência nas escolas e fora delas.
Que castigos deverão ser aplicados? Multas? Quem as paga? Os alunos? Os pais? E se não pagarem? E se não tiverem meios para isso, qual é a alternativa? Ficam impunes?
Põem-se de castigo num canto sala? Quando os alunos se aperceberem de que nada lhes acontece se recusarem o castigo é isso mesmo que vão fazer: recusar o castigo.
Expulsam-se da aula ou da escola? Não serve de nada, apenas se transfere para o exterior da sala de aula o problema. Esses jovens irão dar azo à sua liberdade doentia noutro lugar.
Os castigos físicos são condenáveis, mas, por vezes, são os únicos que têm algum efeito e as autoridades policiais sabem-no bem. Senão para que servem aqueles bastões compridos que os polícias usam nalgumas situações? e as outras armas que trazem?
As crianças não são assim tão diferentes dos adultos e até há um abuso de linguagem ao se apelidar de "crianças" todos os jovens dos zero aos dezasseis anos (logo dezoito), como que se a inteligência e a capacidade de distinguir o bem do mal chegasse na noite em que completam aquela idade. O Desenvolvimento humano nem é todo igual: há jovens com dez anos mais desenvolvidos, experientes e astutos do que outros com catorze, quinze e mais... Há até pessoas já adultas que nunca atingiram um nível de desenvolvimento aceitável (são obviamente deficientes mentais).
A maioria das crianças e jovens não são delinquentes e pode ser corrigida de qualquer desvio através de uma simples conversa, mas basta um "rebelde" para boicotar uma aula e para arrastar consigo outros mais pacatos que não levantariam qualquer problema.
Os colegas mais humildes são as primeiras vítimas e a escola não tem hoje maneira de as proteger a não ser que as isolassem dos mais violentos. Mas não será injusto permear os delinquentes com a liberdade enquanto se fecham os restantes alunos ainda que para a sua protecção? Mesmo assim ficam expostos quando entram e saem da escola. Isto lembra os “condomínios fechados” onde quem pode se protege da violência exterior sem ficar completamente imune porque tem que entrar e sair desses locais.
Algo deve mudar no ensino e na forma de castigar os desvios dos jovens, senão estamos, sem o saber, a criar pequenos “monstros” que nunca se habituarão a cumprir regras sociais, que serão uns inúteis e que viverão sempre à custa do trabalho alheio, porque é mais fácil.
Um dia as ideias que agora dominam, de não aplicar quaisquer castigos físicos, em quaisquer circunstâncias, terão que mudar: o que é hoje um conceito aceite e indiscutível será um dia posto em causa pelos futuros pedagogos. Houve no passado uma inversão nos castigos admissíveis nas escolas e outra acontecerá inevitavelmente no futuro.
Os castigos físicos são por ora condenados pelas nações ocidentais, pela EU e pelo nosso país. Assim, as mudanças começarão primeiro nas principais nações (EUA, UK, França..), que se aperceberão em breve da necessidade da reposição de alguns castigos físicos e terão que o fazer. Os pais também irão aceitar e compreender essa necessidade para a protecção dos seus filhos dos poucos jovens com procedimentos anormais. Os castigos físicos eram bem tolerados pelas anteriores gerações de pais e não está provado que tivessem um nível de testosterona inferior ao dos actuais pais.
Dizem também que tudo se resolve se os pais derem educação aos filhos. E quando os próprios pais não a têm, como podem ministrá-la aos filhos?
Zé da Burra o Alentejano
Caro João,
De facto fui dar ao texto que comentei com uma pesquisa no google, mas vi-me obrigada a comentar porque é hoje raro ler textos tão bons. Deixe-me também dizer-lhe que agradeço a sua visita, embora não tivesse a pretensão de o ter como leitor pois quem escreve assim merece ler melhor e como dizia no pensador obtuso, aquilo que escrevo é puro acto de egoísmo, não sendo merecedor de comentários ou leituras. Quanto ao seu blog, vou ficar leitora assídua!
Caro Zé da Burra,
Um tema destes, pela sua importância e actualidade, merece debate de ideias em grande profundidade.
O seu comentário é muito interessante e aborda assunto da disciplina de uma forma honesta e perspicaz. Os seus argumentos são aceitáveis, embora se levantem muitos fanáticos com objecções.
Mas realmente o mundo ocidental, dentro de poucos anos, irá dar uma grande volta.
Há uma frase que me fez lembrar uma conversa que tive há meia dúzia de anos: essa de os actuais pais e professores não estarem à altura de ensinar valores que eram considerados essenciais e que hoje são ignorados. Isso é um pecado generalizado na sociedade actual.
Um abraço
A. João Soares
Pantera,
Terei muito prazer na repetição das sua visitas e nos comentários que deseje deixar. Sugiro qee visite também o meu outro blog, onde encontrará outros comentários também de muito nível, de outros comentadores. Para acessar, basta fazer clique na assinatura deste comentário.
Abraço
A. João Soares
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