Já vários ministros quer do MNE quer do MDN afirmaram, com voa teatral, boa dicção e tom que queria ser convincente, no som e no gesto, que o território nacional não foi sobrevoado por aviões ao serviço da CIA em viagem para a prisão de Guantânamo.
Afinal, depois de tantas negativas, surgiu agora a notícia aqui, aqui e aqui de, durante o período de um ano e meio entre Julho de 2005 e Dezembro de 2007, ter havido 56 voos, embora continue o encobrimento ao dizerem que não souberam quem era transportado.
Não podemos esquecer que os governantes ao tomarem pose juram cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas. Como estamos em democracia e eles são representantes do povo soberano, admite-se que essa lealdade é para com a população, a Nação, os eleitores. Por isso, terrivelmente dolorosa é a nossa dúvida quanto a saber se, apesar desse juramento, alguma vez um político fala verdade, e no caso de isso alguma vez, eventualmente, acontecer, como sabemos qual é o momento e a afirmação em que podemos fiar-nos..
A esta dúvida, há quem diga que nunca merecem confiança e que não são pessoas a quem se possa comprar um carro em segunda mão. Mas acho essa «insinuações» demasiado fundamentalistas e maldosas! Quero convencer-me de que deve haver excepções!
sábado, 24 de maio de 2008
Podemos acreditar na palavra dos políticos?
Posted by A. João Soares at 11:52
Labels: Guantânamo, verdade
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6 comentários:
Estimado A JoÃO SOARES.
O óbvio acaba por ter de ser confirmado, mais cedo ou mais tarde.
Claro que houve, e continuam a verificar-se os voos para Guantanamo sobrevoando o nosso espaço aéreo.
Só não dizem, os senhores do governo, é o que transportam os aviões... isso, não confirmam eles!
Nem o farão, estou certo!
Mas todos já estamos habituados a esta política de mentiras, ou, quando é mesmo necessário, de meias-verdades que não comprometam.
Um abraço para si.
Jorge P.G.
Caro Jorge Guedes,
Se dúvida que tem de haver segredos de Estado, matérias secretas e muito secretas. Mas os governantes têm obrigação de actuar em equipa, seguindo o bom exemplo do Filipe Scolari, não tapando
agora para daqui a pouco outro destapar. Para evitar essa contradições e incoerências deve ser decidido o que encobrir e como o0 fazer. Há muita cisa secreta que não tem razões para ter tal classificação, mas quando o for, tem de ser sempre tratada como tal.
A falta de senso parece ser a maior pecha dos governantes.
Um abraço
A. João Soares
João
Infelizmente não se pode confiar nos politicos, pois falam ao sabor do seus próprios interesses. Assim não vale a pena ser político.
Bom fim-de-semana
Abraço
Caro Amigo,
É evidente que os voos se faziam,fazem e vão continuar a ser feitos.
A necessidade de segredo de Estado é, também, evidente, embora não seja este o caso mais exemplar para o referir.
Quanto ao juramento de lealdade, como não se expressa a quem é feito pode presumir-se que seja ao Povo soberano, mas eu creio que é-o ao primeiro-ministro e este ao Presidente da República.
Será verdade?
Um abraço
Amaral,
Olhe que é o contrário! Assim é que lhes vale a pena serem políticos, porque, com um estágio sem dificuldades e bem remunerado conquistam o direito inalienável dos «tachos dourados» e das «reformas milionárias». Para ter a certeza, procure saber e que ocupam o tempo aqueles que passaram pelo Governo, pela AR e pelas autarquias. Não há nenhum «sem-abrigo».
Para a Nação, o povo, é que não vale a pena ter tais políticos. Vai longe o tempo em que um Primeiro-Ministro, ao fim de muitos anos, morreu pobre!!!
Abraço
A. João Soares
Caro Alves de Fraga,
Cumprimento-o pela notícia que nos dá no seu blog.
Quanto ao sentido da lealdade, concordo com a sua explicação pragmática e realista da fidelidade dos governantes. É do estilo canino, obediência ao dono, mas que nada tem a ver com o conceito de Democracia, de que tanto de fala. Palavras vãs, típicas de políticos.
Um abraço
A. João Soares
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