Transcrevo este texto que recebi por e-mail. Faço-o ciente de ir receber críticas partidárias, mas estou apoiado na minha independência demonstrada pela publicação de muitos textos diversificados de origem de todos os quadrantes, com a intenção de os problemas poderem ser observados por todas as faces do prisma. Qualquer texto de análise séria, mesmo que orientada por uma filosofia especial, terá aqui lugar. Devemos conhecer os prós e os contras de qualquer solução para os problemas do País e do Mundo.
Discurso da Presidente do PSD no encerramento da Universidade de Verão [07-09-2008]
É com muito gosto que me encontro hoje aqui a encerrar os trabalhos desta Universidade de Verão e que será também simbolicamente o início deste ano político.
A Universidade de Verão, agora na sua 6ª edição, é já uma imagem de marca na vida do nosso Partido, e também uma referência nas iniciativas políticas no panorama nacional.
Numa época em que se privilegia o sensacionalismo e o efémero, o PSD elege a Universidade de Verão como símbolo da sua vontade de estar na política de forma diferente e de apostar no futuro com seriedade e trabalho.
O êxito desta iniciativa está na sua capacidade de atrair cada vez mais jovens para uma acção de formação de enorme qualidade, que conta com o contributo inestimável dos meios académico, político e empresarial, independentemente da sua filiação partidária.
Pela Universidade de Verão já passaram e certamente vão passar muitos líderes do futuro. Estão aqui hoje muitos líderes do futuro.
O PSD é uma força viva do nosso País, com vocação de poder, cujas linhas ideológicas, princípios éticos e valores de actuação devemos transmitir às novas gerações com uma convicção reforçada e com uma esperança renovada.
Estão aqui a ter uma formação política tanto mais interessante e útil quanto existe um crescente sentimento de divórcio entre os jovens e a política porque esta está descredibilizada.
E, no entanto, fazer política é uma coisa muito séria, não é um mero jogo fechado que só diz respeito aos Partidos políticos.
Quantas vezes já ouvimos dizer “Não me interessa a política, isso é lá com eles”?, como se a política não dissesse respeito a cada um de nós, como se a política não fosse uma actividade que deve ser exercida com cada um de nós.
Este é um tema sobre o qual o PSD tem que reflectir e é com os jovens que essa reflexão faz mais sentido.
O PSD teve um papel determinante na consolidação da democracia e tem a responsabilidade de contribuir positivamente para que a qualidade da democracia não se deteriore.
Neste sentido, a questão fundamental é porque é que se deu esta desvalorização da acção política e dos políticos?
Sem dúvida que uma das razões é a percepção de que os políticos deixaram de ter no centro das suas preocupações os cidadãos e os seus problemas, para passar a considerar sobretudo os seus interesses partidários ou pessoais.
Ganhou-se o hábito de comentar o curto prazo e ignorar as questões de fundo.
Por isso, as pessoas reagem com indiferença ou até desprezo ao que os políticos dizem.
Todos sentimos que fazer política com o recurso permanente a promessas é uma arma eficaz, mas que tem sido mortífera para a credibilidade dos políticos.
O PSD quer contribuir para mudar este estado de coisas, porque o crédito dos políticos é um factor indispensável para gerar a confiança necessária para enfrentar o futuro e mobilizar os Portugueses.
Não é uma tarefa fácil, tanto mais quanto todos esperam e reclamam que os políticos se comportem e actuem precisamente de acordo com os modelos que os fez cair em descrédito.
E é este círculo vicioso que tem de ser quebrado.
A verdade é que a política só vale a pena se tiver no centro das suas preocupações contribuir para um mundo melhor e, dessa forma, ajudar a que as pessoas sejam mais felizes.
E a felicidade significa não só o bem-estar pessoal, mas também o dos outros.
O PSD tem a obrigação, pelas suas raízes, pelo seu passado, de ser parte activa neste processo de reconduzir a política à sua nobre função.
Para tal, vamos ter de concentrar as nossas energias apenas nas questões que verdadeiramente preocupam os Portugueses.
E vamos deixar que outros se entretenham a discutir temas que, não afectam minimamente o dia a dia das pessoas.
Espero que estes trabalhos tenham estimulado fortemente o vosso gosto pela política e a capacidade de virem a exercê-la com dignidade e altruísmo.
E também espero que a grande lição que aqui receberam tenha sido a de que a política não é um meio de protagonismo pessoal nem de defesa de grupos, é uma forma de servir o nosso País.
Caros companheiros,
Esta nossa concepção de acção política é completamente diferente da seguida pelo Partido Socialista.
E a prova está na estratégia seguida por este Governo ao longo destes mais de três anos de legislatura.
Uma estratégia de manter as aparências, de esconder os fracassos e de iludir os Portugueses sobre a real dimensão dos seus problemas e da forma de os enfrentar.
O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar, não é esclarecer ou mobilizar. O objectivo é enganar-nos ou distrair-nos.
Mas chegou o momento de ficar claro o abismo que existe entre o discurso oficial e a dureza do dia a dia.
Hoje, três anos decorridos ao longo dos quais fomos atordoados por títulos de jornais e pelo anúncio de grandes realizações, confrontamo-nos com a realidade de uma pobreza crescente e de uma clivagem acentuada com os outros países europeus.
Ora, se todos os anúncios correspondessem à realidade o País tinha de estar melhor do que está.
Quantos foram os projectos anunciados e que não tiveram qualquer seguimento? Ainda ontem foi conhecido o caso dos aviões de Évora, para não falar da mistificação à volta do projecto dos carros eléctricos.
Por isso, os Portugueses, vivem hoje um clima de desânimo, justamente frustrados por verem desperdiçados os sacrifícios que lhes foram pedidos em troca de promessas num futuro melhor.
Há desilusão onde devia haver esperança, há lassidão onde tinha que haver dinamismo, há indiferença onde devia estar mobilização e vontade de lutar.
Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática.
Ouvem-se todos os dias os arautos da acção do Governo e em contrapartida são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite.
Na administração pública, na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima anti-democrático pouco saudável e desconfiado.
O Governo confunde autoridade com autoritarismo, esgota-se a impor quando devia ouvir, ao mesmo tempo que deixa minar a autoridade do Estado.
A maioria socialista aprova leis sobre leis muitas vezes sem se dar ao trabalho de reflectir sobre as suas consequências e sem que o Governo esteja preparado para garantir a sua execução, ou evitar as dificuldades que os novos quadros legislativos possam trazer.
Na pressa de cumprir calendários anunciados ou agitar bandeiras ideológicas da sua conveniência, o Governo despreza o estatuto da Oposição e abafa qualquer tentativa de participação séria e democrática.
O debate, a confrontação de ideias e a discussão objectiva das soluções é sempre fonte de regeneração, de resolução de conflitos e de progresso.
Mas Portugal está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude.
Não é esta a nossa concepção de política, não é iludindo os problemas ou calando críticas que o País progride ou se mobilizam os cidadãos para uma nova atitude de iniciativa, de responsabilidade e de esforço.
Portugal tem demonstrado ao longo da sua história uma extraordinária capacidade de reacção aos estímulos, quando se incentiva a criatividade e a energia dos Portugueses e se cria um clima de confiança nas instituições.
Não é com concepções centralizadoras e falsamente proteccionistas, muitas vezes ameaçadoras da liberdade de opinião, que conseguimos acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos países europeus nossos parceiros.
Pelo contrário. A competitividade da economia é prioritária para que se consiga a criação de emprego estável, melhoria de salários e maior segurança e protecção social.
É urgente um quadro de actuação claro em que se confie no Estado e nos poderes públicos para estimular, apoiar e garantir o estrito cumprimento das regras do jogo.
É na área da política económica que a asfixia que o actual Governo nos impõe se torna mais visível.
Os sucessivos governos socialistas, que ocuparam o poder durante 10 dos últimos 13 anos, desperdiçaram recursos gigantescos e tornaram muito difícil a vida das pequenas e médias empresas, esmagando qualquer esperança de iniciativa empresarial transformadora.
Na sua concepção centralizadora, o PS canalizou recursos para projectos sem rentabilidade ou justificação económica e, vai deixar o País endividado como nunca, e sem perspectivas de ultrapassar a estagnação, como o próprio Primeiro-Ministro confidenciou recentemente a um Presidente estrangeiro.
O nosso programa económico será exactamente o oposto de tudo isto.
A prioridade será para a competitividade da economia, para a produtividade e criatividade empresarial, removendo custos e obstáculos à eficiência das pequenas e médias empresas.
É imperioso reduzir os custos operacionais, aliviar a carga burocrática, reduzir a fiscalidade ligada à criação de emprego e apoiar a exportação.
Mas é sobretudo preciso que o sucesso se baseie no mérito, em vez de proteger simplesmente os que querem manter-se como estão, sem esforço, sem modernização e sem responsabilidade.
Entre outros problemas complexos, o mundo atravessa hoje uma séria crise de crédito. O financiamento é mais difícil, os credores são mais exigentes, os riscos mais difíceis de aceitar.
Como é que o Governo enfrenta esta crise? Com um endividamento externo recorde e em crescimento sem limite previsível, o que nos obriga a todos, particulares, famílias e empresas, a pagar mais pelo crédito a que recorremos.
Por isso, se desiste de muitos projectos produtivos e se abandonam iniciativas que teriam o risco próprio da inovação e do progresso.
E qual o motivo porque nos endividamos?
Para financiar projectos megalómanos que são um extraordinário luxo para o País porque não criam riqueza, mas que implicarão muitos anos de sacrifício para serem pagos.
O PSD propõe uma política económica diametralmente oposta, que conduza ao enriquecimento do País.
Uma política atenta à escassez de recursos e ao seu custo, porque o pouco capital que temos não pode ser esbanjado.
Propomos uma atenção crescente à poupança, sem a qual o crescimento não pode ser financiado.
Daremos prioridade absoluta aos investimentos de grande impacto na produtividade e na inovação.
Só com o reforço da nossa capacidade exportadora e de concorrência poderemos afirmar-nos, ou mesmo sobreviver, em mercados cada vez mais agressivos.
É por este motivo que não desistiremos de conhecer e avaliar os critérios que levaram o Governo a tomar decisões sobre grandes obras públicas.
Mas é no emprego que a política económica que defendemos melhor mostrará os seus resultados.
O desemprego crónico que se instalou na nossa economia é a manifestação mais clara da acção do governo socialista, a consequência de políticas erradas e incapazes de reorientar a política económica para a criação de postos de trabalho.
São as pequenas e médias empresas e os sectores mais expostos à concorrência que podem criar mais empregos de qualidade.
Ao destruir a competitividade da economia, o Governo tem destruído muitos milhares de postos de trabalho e impedido a criação de muitos mais.
Resta, assim, aos Portugueses a aceitação de salários cada vez mais distantes dos que se praticam na Europa, como única forma de assegurar os postos de trabalho que ainda existem e se vão mantendo.
Não admira que a emigração se tenha tornado de novo a última tábua de salvação para muitos dos nossos compatriotas.
Neste contexto, a qualidade dos serviços públicos é um dos factores mais decisivos de bem-estar dos cidadãos e uma marca diferenciadora das sociedades mais desenvolvidas e mais justas.
É sabido que as sociedades modernas e desenvolvidas necessitam de um Estado de dimensão importante, moderno, sofisticado e eficaz.
A reforma da Administração Pública é talvez a área onde este Governo mais prometeu e menos concretizou, por incompetência ou falta de coragem política.
Na Administração Pública não houve só três anos desperdiçados. Houve um óbvio e grave retrocesso e o enfraquecer das instituições.
A reestruturação dos serviços saldou-se por uma mão cheia de nada, no que se refere à eficácia e transparência.
Pelo caminho, os serviços viveram anos de incerteza, de confusão, e desorientação.
Serviu para adaptar a máquina aos interesses do Partido Socialista completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da administração pública.
A avaliação de desempenho, invocada como trave mestra de toda a mudança, saldou-se por um logro em que florescem muitas prepotências e se afundam muitas esperanças.
É urgente libertar o País e as instituições do sectarismo partidário, que conduz à instabilidade e ao desprestígio de muitas organizações.
A modernização do Estado implica que se valorize o profissionalismo e o mérito e se abra caminho a uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção.
Sem respeito por estes princípios, sem independência e sem solidez estrutural, o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito, fenómenos que devem ser eficazmente combatidos na sua expressão efectiva mas que devem, sobretudo, ser prevenidos com determinação e seriedade.
De pouco serve aprovar leis contra a corrupção quando a organização é caótica, instável e politizada.
Caros Companheiros,
Em muitos outros sectores da vida nacional podemos encontrar claros sinais do mau Governo socialista que deixa o país sem confiança, sem alento e sem recursos.
Há o sentimento generalizado de fracasso, ninguém duvida que Portugal está muito abaixo do que poderia e deveria estar no seu nível de desenvolvimento.
Salvo para o pequeno grupo que caiu nas graças ou na dependência do poder socialista, para a maioria das pessoas a vida está cada vez mais difícil.
A confiança na qualidade e exigência do sistema educativo não melhorou e a classe dos professores conheceu um ataque sem precedentes, ao seu prestígio e autoridade.
Na saúde as políticas mudam com os ministros, ou os ministros mudam por causa das políticas e o serviço nacional de saúde vai conhecendo uma sangria de médicos e pessoal qualificado que já provocou a ruptura em serviços centrais.
A valorização das pessoas, o estímulo ao capital humano no sector público, incluindo em áreas de elevada qualificação e investimento na formação, é pura e simplesmente ignorado.
Na agricultura, as queixas contra o Governo, as dificuldades causadas por políticas erradas e surdas aos apelos, são caladas com o estrangulamento financeiro e premeditado das associações representativas do sector.
Na Justiça, as promessas de maior eficácia e celeridade redundaram na confusão no sector, no beliscar do prestígio e isenção da classe e no sentimento de que também a justiça é impotente perante as injustiças.
Por fim, o Governo falhou perigosamente no âmbito da Segurança Interna, onde é patente a falta de uma estratégia sistemática e coerente capaz de assegurar com a desejável eficácia a realização dos fins mais essenciais do Estado: a segurança, a justiça e a tranquilidade dos cidadãos.
O aumento de certo tipo de crimes violentos, pouco habituais na sociedade portuguesa, mas muito especialmente a sensação de impunidade dos criminosos, inquieta justamente os cidadãos, comprometendo a imagem tradicional de Portugal como País seguro.
Os acontecimentos dos meses de Verão tornaram patente essa falta de estratégia no que se refere à Segurança Interna.
Não é apenas uma questão de meios, nem de número de agentes.
É essencialmente uma questão de como esses meios estão a ser utilizados e como os recursos humanos são organizados e coordenados.
É esta estratégia que cabe, em particular, ao Ministro da Administração Interna definir e fazer cumprir.
Ora, é o sentimento de impunidade que intranquiliza as populações e, não se vê onde está a luta contra a criminalidade violenta.
Não se sente que os criminosos sejam perseguidos e punidos, nem que haja uma prevenção eficaz do crime.
Este sentimento não pode instalar-se como uma fatalidade.
Ora, o Ministro não disse e devia ter começado por aí, como iria reforçar a capacidade de investigação, de informação e de penetração das polícias.
O Governo confunde medidas com estratégias, confunde reacção com concepção. E confunde espectáculo com intervenção.
Em matéria de segurança interna e de autoridade do Estado, isto é gravíssimo.
Esta função de soberania não se compadece com a desorientação ou com medidas ditadas por urgências mediáticas.
Muito menos se compadece com a escandalosa operação mediática feita pelo Governo para calar os alarmes.
Como é possível que o Ministro da Administração Interna admita que se organize uma operação policial destinada a passar em directo na televisão, escolhendo o terreno tristemente emblemático de bairros problemáticos, sacrificando a um momento mediático a necessária pacificação e acalmia nas zonas de maior tensão?
Para um Governo que diz ter preocupações sociais, não podia ter mostrado maior insensibilidade social.
Mais uma vez se viu que o Governo não sabe actuar fora do espaço do espectáculo e do mediatismo, o cenário em que verdadeiramente se move bem.
No entanto, uma palavra é justa. Ao desnorte do Governo, as forças de segurança têm correspondido com um sentido de missão e responsabilidade que é de salientar e que é, em si mesmo, um conforto para este momento de crise.
Caros Companheiros,
O diagnóstico sobre a condução da vida política no nosso País está feito.
Os resultados estão à vista de todos e são medíocres. Fraco crescimento económico, níveis de desemprego elevados e, muito especialmente, manutenção da disparidade entre os mais ricos e os mais pobres.
Perante a mediocridade dos resultados, o PS insiste na mesma política.
O PSD afirma que perante a mediocridade de resultados tem de se mudar de política.
Não é demais recordar que o Partido Socialista desperdiçou oportunidades extraordinárias para imprimir um ritmo de desenvolvimento e progresso de que carecemos para competir na Europa e no Mundo.
Com um Governo do PSD e uma outra política o País poderá regressar a uma via de prosperidade.
Esse objectivo tem de incluir todos os cidadãos. Não pode ser feito à custa do agravamento da pobreza de uns para o aumento da riqueza de poucos.
O Estado não pode criar a ilusão de que pode, por si só, resolver todos os problemas de desigualdade e pobreza.
Mas pode fazer muito, se orientar a sua acção exclusivamente para os que dela necessitam.
É indispensável que se descentralize a rede de apoios sociais, ao mesmo tempo que o Estado se deve concentrar na avaliação muito rigorosa dos meios e dos efeitos desta intervenção.
É com olhos no futuro que se realiza esta Universidade de Verão.
O ano que nos espera é de muito trabalho e exigência.
Vamos ter vários actos eleitorais, todos eles importantes e que exigem o empenho de todo o Partido porque queremos ganhar.
O País precisa e merece melhor Governo.
Nós temos uma ambição para Portugal e ela não é maior nem menor do que a do PS. É diferente, profundamente diferente.
Do Governo do PS não resultou qualquer benefício para o País.
Do nosso, resultará o progresso e é essa ambição que nos move e nos motiva.
Conto convosco para, em conjunto, construirmos um Portugal à medida das nossas ambições.
Natal (Escrito em 2006)
Há 1 hora
4 comentários:
No Grémio da Estrela* pode ver a medida das ambições e a qualidade democrática fomentada por um executivo autárquico PSD que se mantém no poder há três mandatos. Para quando a limitação do exercício de cargos públicos, se todos sabemos dos vícios de que enfermam, mesmo nas direcções partidárias? Por quem nos tomam?
Caro Estrela,
Já fui atacado (por e-mail) por colocar aqui este texto. Mas também coloquei outro com palavras do líder do PCP. Cada vez que ouço ou leio as palavras de políticos mais os receio. Todos têm os seus «vícios», como diz. E, nestes últimos tempos, o PSD tem dado muito má imagem de si. Em pouco tempo escolheram democraticamente quatro dirigentes (Santana, Mendes, Menezes e Manuela), sendo suposto que em cada eleição tivessem escolhido o melhor. Mas, passado pouco tempo, derrubaram o antes eleito para fazerem nova escolha. E esta agora já está sob suspeita na mira das espingardas das eminências pardas do partido. O que pretendem? Se eles não têm confiança neles próprios esperam que os cidadãos tenham? Que esperanças podem inspirar para as próximas eleições?
Contratem o Blair antes que volte a empregar-se! Eles deviam ler o post «Reforma do regime é necessária e urgente»!!!
Um abraço
A. João Soares
João
Não ligue às críticas, preste o serviço que acha que tem de prestar. Embora não concorde muito com o silêncio tão prolongado de MFL devo dizer que achei o discurso muito sóbrio e bem sustentado. Realmente quem vende a imagem sai a ganhar, mas o país não avança e o povo continua a berrar por pão e emprego. É preciso mudar...
Abraço
Amaral,
Como diz, é preciso mudar. Mas tenho sempre muitas dúvidas que as mudanças sejam feitas no bom sentido para bem dos portugueses que não são políticos. Os partidos, armados em agências de emprego para os inúteis dos clãs tem uma inércia praticamente invencível, como se vê nas sucessivas tentativas do PSD na escolhe e rejeição dos líderes e como se viu na impossibilidade de Sócrates concretizar as suas lindas promessas. Confesso que tive muitas esperanças no actual Governo, mas cedo elas começaram a desaparecer. Vários ministros fracassaram deixando de olhar para os melhores objectivos do País para fitarem apenas o próprio umbigo e a manutenção do poder. Falta de pudor e de honra é o que mantém alguns ministros ainda no poleiro.
Enfim, para não termos de ir parar ao manicómio, vamos aceitando que isto é mesmo o verdadeiro Portugal do Fado e do Futebol.
Um abraço
João
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