As duas grandes centrais sindicais emitiram opinião sobre um mesmo tema, que parece estar a ser encarado pelo Governo com vaidade e teimosia, sem uma análise cuidada do binómio custos/benefício.
João Proença, líder da UGT, à margem do encontro «Que Segurança, Higiene e Saúde no trabalho no início do novo século?» na Praia do Carvoeiro, no Algarve, manifestou satisfação pela vontade do Governo em fazer investimentos públicos, mas pediu que se faça «uma avaliação rigorosa da contas públicas». «Portugal está a crescer pouco, porque não são feitos investimentos públicos e privados, nem há essa política de investimentos», admitiu.
Por seu lado, a CGTP alertou o primeiro-ministro para que as obras não se foquem apenas no «cimento», «betão armado» e «rotundas». O seu líder, Carvalho da Silva, reforçou a ideia da necessidade de ser mantido o investimento público, tal como fes o da UGT. No entanto alertou para a necessidade de ser seguido um critério adequado e critica o Governo por esquecer o «tecido empresarial» e as «pequenas obras», favorecendo o «alcatrão», «cimento armado» e «rotundas».
É bom sinal ver que os portugueses se unem para analisar os grandes problemas nacionais. E, neste caso do «rigor das contas», os sindicatos dispõem de ferraments úteis e eficazes para detectar atempadamente qualquer desvio nessas contas e alertar para evitar o pior. Casos como o da Gebális haverá em catadupa,por este País fora. E é preciso cortar o mal pela raiz, antes que esta se torne difícl de cortar por demasiado grossa.
Boas-Festas
Há 2 horas
2 comentários:
João
Este governo que tanto quer avaliar não olha para o seu trabalho; para os seus gastos desnecessários, para as suas derrapagens, para os seus investimentos comprometedores. POrque?
Boa semana
Abraço
Amaral,
A seguir à Bíblia a melhor fonte de conhecimento são os ditados populares. «É fácil ver o cisco no olho do vizinho, mas é difícil ver o argueiro no nosso». O Governo tudo quer controlar e encara cada cidadão como um potencial criminoso, mas vive sob virtual camuflagem, numa real impunidade em que tudo lhe é permitido. A única solução é os cidadãos denunciarem as irregularidades de que tenham conhecimento e fazê-lo da forma mais visível para levantar o escândalo. Parece que foi assim que os três administradores da Gebális caíram sob o alçado da Justiça. Mas isso não basta porque os criminosos de colarinho branco costumam ficar impunes. A solução tem de ficar pelo escândalo público mas este deve ser bem denunciado, de forma bem orquestrada, pelos cidadãos porque não podem contar, para isso, com os jornais!
Abraço
João
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