Maria José Morgado, directora do Departamento de Investigação de Acção Penal de Lisboa (DIAP), que há oito anos sugeriu publicamente "a eliminação dos paraísos fiscais", o que na altura foi um escândalo, voltou a fazer a mesma afirmação. Sublinhou que, agora, "até Durão Barroso defende o controlo ou o fim" da aplicação global do dinheiro sujo.
Segundo ela, os paraísos fiscais financiam o narcotráfico, o tráfico de pessoas, a pedofilia e a pornografia. São muitos e especializados. Em tais destinos, acrescentou Morgado, "depositam-se subornos, erguem-se fortunas ilícitas, lava-se dinheiro". Nessas "fortalezas o terrorismo usa as mesmas técnicas do crime económico".
As palavras de Maria José Morgado, não trazem novidades. Pergunto quem é que não concorda com ela? Quem se opõe ao que ela preconiza? Então, porque razão os políticos e economistas dos países ditos civilizados não estabeleceram normas que os eliminem?
O que dizem a este respeito políticos e os economistas honestos? O que têm feito para tornar a actividade financeira mais ética e mais segura, menos atreita a crises como a actual?
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
E o que dizem os economistas honestos?
Posted by A. João Soares at 18:03
Labels: crimes económicos, fugas ao fisco, paraísos fiscais
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5 comentários:
a eliminação dos paraísos fiscais? :) enfim
«Pergunto quem é que não concorda com ela?»
Caro João Soares
A resposta é simples: aqui em Portugal é o Dr. Alberto João Jardim.
Esclarecedor...
Caro Vouga,
Esse não concordará. Mas há muitos outros, por exemplo o Valentim, e os bancos, inclusive a CGD.
Se, como diz Maria José Morgado, esses negócios imorais e ilegítimos apoiam variados crimes, veja bem a «moralidade» dos nossos banqueiros, os tais que integram os causadores da actual crise, e que agora estão a ser premiados com dinheiro dos nossos impostos, de nós que temos sido as vítimas da exploração e dos abusos desses açambarcadores. Estamos numa sociedade desumanizada dominada por bandidos, alguns disfarçados com pele de cordeiro. Para eles, todos os valores e princípios de ética se resumem a querer mais dinheiro para os próprios bolsos, venha de não importa de onde.
Abraço
João
Caro JS,
os paraísos fiscais estão directamente ligados com as sujidades de cada país. Logo, estão interligados com as actividades que descreve, que a nível interno e externo. A criminalidade, hoje, é global e muitas vezes tem ramificações. Mas há mais. Há empresas que são meras cascas de banana para o sistema fiscal/judicial/policial dos países. Servem outros interesses e surgem ligadas a toda a porcaria que grassa por aí. Isto é assim há muitos anos...
E a lei não repercurte a criminalidade existente. Ela é lenta e branda. Por algum motivo assim é! O que nos leva a mais interrogações!!
Saudações
Beezz,
O meu aplauso para este seu post. É preciso que cada autor de post elimine sem demoras os comentários que aqui sejam colocados por comentadores duvidosos. Não me ofendo se algum meu for eliminado, porque esse Relvas está a utilizar o meu nome indevidamente.
Nos meus posts e nos meus blogs ele não entra a não ser por pouco tempo até eu o ver.
Parabéns por este post e um abraço
A. João Soares
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