Em referência ao exercício fiscal de 2007, o Tribunal de Contas, que tem dado provas de rectidão e seriedade, acusa cinco empresas públicas de reterem impostos que deveriam ter sido entregues aos cofres do Estado, atingindo a considerável soma de 47,40 milhões de euros, como se infere da notícia «Empresas públicas devem milhões em IRS, IVA e segurança social». A entidade fiscalizadora refere as empresas ANA, NAV, TAP, RTP e Metro do Mondego, cujas dívidas não foram contestadas em sede de contraditório.
Segundo a notícia «Empresas públicas endividam-se para pagar contas», a situação económica de 20 empresas públicas analisadas pelo Tribunal de Contas é tão má que só pagam a fornecedores com dinheiro de empréstimos. Parte da culpa é do Estado, que não as financia a tempo e horas.
O Tribunal liderado por Guilherme d' Oliveira Martins chama a atenção para o facto de que, hoje, o Estado "não constitui um bom exemplo" e para as "consequências perniciosas" que os atrasos públicos têm para os credores e a economia nacional.
Para um cidadão independente e distante dos interesses destas empresas, mas atento à Comunicação Social, surge a dúvida, fortificada pelo caso da Gebalis (CML) recentemente objecto de notícias, sobre quanto gastam estas empresas com remunerações e outras regalias dos administradores e gestores do topo da estrutura empresarial. E, também, quais os pormenores dos concursos públicos que levaram á selecção dos administradores das empresa públicas ou se, pelo contrário, foram nomeados por critérios puramente político-partidários, por compadrio, troca de favores ou conluio. Estas dúvidas devem ser esclarecidas para que os cidadãos tenham confiança na Administração Pública e nos Órgãos de Soberania, tal como têm no Tribunal de Contas.
A Decisão do TEDH (398)
Há 6 horas
7 comentários:
Já não há volta a dar...o próprio TC visita as EP´s e nada veem de anormal!
Alguém vê?
Os amigos dos poderosos têm alguma coisa a ver com a administração das EP´s?
Se sim, srá mera coincidência?
Talvez sim...Talvez não!
Cara Luísa,
Creio que nas empresas públicas todo0s os administradores são de nomeação do Governo e as empresas privadas com capital público, o Governo tem uma importante palavra a dizer. A nível autárquico, as empresas municipais têm administradores nomeados pelas Câmaras.
Uma salada muito tóxica para os dinheiros dos nossos impostos!
Cumprimentos
João
Também fiz uma posta sobre este tema. Realmente, quando empresas públicas geridas por gente incapaz dão exemplos deste calibre, que credibilidade pode ser incutida ao cidadão e que ilações poderá este tirar, enquanto cumpridor das suas obrigações fiscais?
Grande varredela que este país está a precisar!
Saudações revoltadas do Marreta.
Pois vejamos na realidade, quem designa, nomeia, convida, ..., os administradores dos Hospitais EPE´s (por exemplo). E depois, vejamos ainda a influência, ou não, do mesmo poder autárquico, nessas designações...Será, que há qualidade nesta gestão? ou haverá tão somente empregabilidade para os amigos?
Uma salada muito tóxica mesmo, que para desintoxicar, faria rolar muito desinfectante!
Caro Marreta,
Está tardar uma grande varredela e depois uma boa barrela seguida de desinfestação.
Os gestores são ali colocados pelos amigos do Poder, num acto de trroca de favores, nada tendo a ver com a capacidade de gestão. Depois a administração da empresa elabora um regulamento tornando legais as tropelias de dinheiro a correr para os bolsos dos gestores, sem ninguém estranho à empresa controlar. É o caso do vencimento e das regalias dos administradores do BdP e da ERSE; estes os casos mais falados, mas é suposto que haja muitos outros.
Um abraço
João
Cara Luísa,
Já aqui ficaram muitas dicas. Não é impossível dar a volta a isto, mas quem tem poder para mandar fazer a reforma do sistema não tem nisso o menor interesse, para manter disponível a teta onde ele e os amigos possam continuar a mamar.Beijos
João
Beijos!
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