Segundo notícias de hoje, parece não haver sentido de responsabilidade na forma como os dinheiros públicos são geridos. Se o povo é soberano, se é o patrão da empresa chamada Estado, os seus eleitos devem ter em conta os interesses da Nação [conjunto dos indivíduos que constituem ou constituíram uma sociedade política autónoma (Estado) ou que, pelo menos, estão ligados por uma cultura de comunhão e de tradições (em que a identidade da língua, de religião ou de raça são importantes, mas não imprescindíveis) que condicionam ou fazem desejar essa autonomia] e o dinheiro dos impostos deve ser utilizado para aumentar a sua qualidade de vida. A fracção que fica à disposição dos governantes, em bens materiais pagos pelo "patrão" soberano, deve ser apenas o necessário para que possam cumprir, com dignidade, as suas funções.
Segundo o JN o «Governo dá ao INEM três helicópteros que o INEM diz não precisar». Assim se esbanjam recursos financeiros que fazem falta em serviços essenciais à Nação. Um estudo elaborado no ano passado pelo gabinete de planeamento e controlo de gestão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) concluíra que o investimento económico era questionável.
Mas há outras despesas de ostentação, de fachada, mostrando riqueza de que o País não dispõe e das quais não resulta efeito positivo para o aumento do bem-estar da população (Nação), nem directamente nem através do desenvolvimento da economia, como é o caso muito polémico do TGV Lisboa-Porto e do aumento da rede de auto-estradas, em prejuízo da boa manutenção da rede de estradas nacionais e municipais essenciais à vida local quotidiana.
Em contrapartida, não há dinheiro para reparar as estradas que já existem como é o caso noticiado pelo DN «'Crateras' no IP4 obrigam a manobras perigosas». Os buracos no piso lançam o perigo no IP4. Obrigam os automobilistas a manobras perigosas e já causaram danos.
Parece que o dinheiro público serve para despesas fortuitas, por impulsos caprichosos, irresponsáveis como se de brincadeiras se tratasse. É preciso pensar antes de decidir.
Portugal, principalmente em momento de crise, precisa de gestores públicos sérios, responsáveis, competentes e verdadeiramente dedicados à causa pública.
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