Ao ler o artigo de João César das Neves «O terrível erro estratégico» que recomendo aos leitores, ressaltou-me um pequeno trecho que aqui trago porque não pode ser ignorado pelos responsáveis e pelos que sofrem as consequências das decisões.
Diz o autor que, com as obras faraónicas que não trazem benefícios na actividade económica, o Governo compromete a solidez estrutural das contas públicas e, tal como Guterres, irá bloquear com dívidas o próximo surto de crescimento económico.
O erro económico de José Sócrates está em acreditar que o investimento público é bom em si mesmo. O primeiro-ministro demonstra uma fé cega na virtualidade imperativa dos projectos: basta anunciá-los e gastar dinheiro para a economia arrancar. Esquece que todo o dinheiro que gasta vai tirá-lo ao bolso dos contribuintes. Tal como o investimento privado, os projectos do Estado têm de ter utilidade e justificação. Aliás até têm de ter mais, pois usam o dinheiro dos pobres. Apostar milhões em obras faraónicas nunca resolveu nenhuma crise.
Não quero ser longo para que a atenção se concentre nestas poucas palavras. Os interessados podem seguir o link para ir ao texto completo. E a quem queira ter uma ideia de como estes erros se podem evitar sugiro a visita ao post «Pensar antes de decidir».
Um mês e muitos pesadelos depois
Há 4 horas
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