A notícia « A fábrica anunciada por três ministros e que nunca saiu do papel » mostra que, em vez de inaugurações de obras concluídas, têm sido festejadas ideias e esboços de projectos, que muitas vezes acabam por não ver a concretização.
A notícia, nesta data em que se enfrenta o perigo de epidemia da gripe A (conhecida como mexicana ou suína), recorda que, em Janeiro de 2006, foi anunciado por três ministros e um secretário de Estado um investimento da Medinfar, numa fábrica em Condeixa-a-Nova no Distrito de Coimbra, para produzir vacinas contra a gripe podendo ser vendidas para outros países do mundo. A assinatura do protocolo de entendimento entre a Medinfar e a Agência Portuguesa para o Investimento), apesar do elevado grau de adesão do Governo (estiveram Correia de Campos, Manuel Pinho e Mariano Gago a assistir), não passou de uma das muitas promessas a que nos têm habituado e não garantiu a eficácia do anúncio.
Se o investimento tivesse sido concretizado, Portugal pertenceria hoje ao restrito número de países do mundo com capacidade para produzir vender vacinas antigripais, nesta altura em que a epidemia de gripe A ameaça o mundo. Dois anos e meio volvidos, nada do que foi anunciado saiu do papel.
Miguel Sousa Tavares - Uma opinião corajosa
Há 3 horas
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