Segundo notícia de hoje, o ministro Manuel Pinho afirmou que o deputado e cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, tem de «comer muita papa (…) para chegar aos calcanhares de Basílio Horta». Não sei em que critério de avaliação do desempenho se baseou para fazer tal comparação. Poderá ou não ser semelhante aos dos professores!
Mas, independentemente do critério usado para a comparação dos dois políticos, é desprimorosa a forma como se refere a um deputado, representante dos eleitores, e constitui um mau exemplo para os cidadãos se referirem aos políticos que, protocolarmente, deviam ser tratados com muito respeito e deferência.
Por outro lado, o ministro não sai prestigiado ao fazer publicidade a uma marca de alimentos para bebés. E, como «não há almoços grátis» como diz o professor de economia Doutor João César das Neves, a marca referida pelo ministro está autorizada a oferecer, em dinheiro vivo, uma importância que pode ir até 55 vezes o limite que estava em vigor até há poucos dias (ver aqui). Assim, ninguém se compromete, como dizia a artista de teatro ligeiro já falecida, Ivone Silva, acerca do seu vestido preto.
CONCORRÊNCIA DESLEAL
Há 1 hora
4 comentários:
João
Este ministro é perito em dizer disparates. Este foi mais um. Ele sim, devia não comer dessa farinh, mas tomar mais chá.
A democracia também passa por aí.
Abraço
Amaral,
ÉR espantoso que o PM não tenha feito uma remodelação, substituindo, pelo menos, este, o Jamé, o da Justiça, o MAI...
Provavelmente não encontraria quem os substituísse, por ninguém querer colaborar com o permanente show propagandístico sem sumo.
Abraço
João
Caro João Soares
O cidadão Pinto de Sousa faz-me lembar aquelas meninas de rua que só se fazem acompanhar de "colegas" mais feias...
Se ele demitir algum dos seus ministros, para lá de correr o risco de tal imprudência poder rebentar a barragem, faz com que no elenco governativo entre algém melhor do que ele próprio. Porque pior não há...
Caro Vouga,
Bem observado! Não lhe convém ter ao lado referências que o prejudiquem nas comparações.
Este ministro teve mesmo azar. Chegam críticas de todos os sectores. O próprio Vital Moreira, apesar de ter sido beneficiado com o «elogio» do Pinho, demarca-se dele como consta na notícia do Público http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1379266&idCanal=12
Até dentro do partido condenam as broncas de Sua Excelência o ministro. A escolha do Vital Moreira, como isto mostra, pode ter sido um erro do PM, de acordo com a sua tese das «meninas de rua». Uma máquina falante de cabeça oca não pode dominar o professor Vital tal como não conseguiu dominar o Manuel Alegre, nem o José Seguro, nem o Henrique Neto, nem o António Vitorino nem o João Cravinho... e fico por aqui senão esgoto o espaço do comentário. Aquilo pelo partido não parece sólido!
É de louvar a liberdade de opinião que alguns ousam usar, mas é lamentável que um tal ministro continue a ocupar um lugar de responsabilidade. Descredibiliza o Governo, que devia ser uma Instituição respeitável e respeitada.
Abraço
João Soares
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