Mostrar mensagens com a etiqueta decoro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta decoro. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PS não é virtual é real

Temos vivido momentos em que se coloca a dúvida se os políticos são seres humanos sensíveis ao que se passa na realidade nacional, com os cinco sentidos em bom estado de funcionamento. Mas agora chega a noticia «PS apoia ofensa de candidato a deputado» que nos mostra que o PS tem os pés bem assentes no chão e conhece o que são os políticos portugueses.

O deputado, além de apoiado, poderá vir a ser elogiado por ter dito uma expressão ("filho da p...") definidora a esse adversário como representante de todos os outros candidatos. Será? Aliás, mesmo dentro da AR têm sido ouvidas acusações menos elogiosas do que aquela. É a realidade partidária a que o PS (tal como os outros partidos) não escapa. Existe, é real!

Eles conhecem-se muito bem e sabem o que dizem quando chamam nomes feios uns aos outros. Porém, não sabem o que é respeito nem mesmo aquele que é estritamente protocolar e institucional. Insultam órgãos que devem ser respeitados por todos os portugueses, como a Presidência da República, a própria AR, o Tribunal de Contas, o Tribunal Constitucional, o Procurador Geral da República, etc, etc.

Perante isso, alguém tem autoridade moral para exigir respeito dos portugueses seja ao que for?

E como estamos em vésperas de eleições, alguém pode conscientemente exercer o direito de soberania votando naquele candidato a quem o deputado João Galamba: chamou "filho da p..."? Ou no João Galamba? Ou em qualquer dos outros candidatos que uma vez ou outra mereceu tal epíteto ou outro mais pessoalmente ofensivo? Ou numa lista que tem no seu seio arguidos, suspeitos ou «filhos da p…»?

E perante estas provas de falta de civismo, de credibilidade e de merecimento do nosso respeito e da nossa confiança, perante as próximas eleições, ficamos como o tolo no meio da ponte sem saber para que lado avançar, que escolha fazer, quem eleger e resta a atracção lógica, racional e com muita ética (palavra que alguns líderes utilizam sem lhe saber o sentido pois as decisões que tomam assim o demonstram) reduzir a opção do voto ou pata o branco ou para o nulo.

Ler mais...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Manuel Pinho o rufião do bairro

Não é fácil deixar de publicar a foto que vem em todos os jornais, mas não ocuparei espaço com ela, por tais porcarias «insólitas e lastimáveis não merecerem demasiada atenção. Porém não se pode deixar de reflectir sobre o que representa a atitude indecorosa de um membro do Governo (terceiro órgão de soberania) na sede do Parlamento (segundo órgão de soberania) e num momento de grande solenidae e interesse para o País e para o Governo por estar a ser analisado o «Estado da Nação». Se os governantes não respeitam quem está acima de si na hierarquia do Estado democrático, mesmo em acto oficial, protocolar, como pode querer que alguém o respeite?

Manuel Pinho comportou-se em local que lhe exigia respeito, como um vulgar carroceiro entre iguais, como o rufião que quer mostrar que é o «gajo mais valentão» do seu bairro. Ele que aconselhou um chefe de bancada da oposição a tomar muita «papa maizena» precisa de um espelho para ver que ele é que precisa de muita papa de farinha amparo, para ser amparado de cometer criancices despropositadas e inoportunas. Mas cada um usa e mostra o que tem, cada um diz o que sabe e age conforme a sua educação, cultura e saber.

Porém, segundo as notícias, isto é apenas a ponta do iceberg, pois os políticos não primam pela cortesia pela compostura nas palavras e nos gestos entre si, em actos oficiais públicos.
Mas este caso, embora de características mais visíveis, não é invulgar, pois a sessão legislativa prestes a terminar foi fértil em cenas de trocas de insultos e até de palavrões. José Sócrates disse a um chefe de bancada: "Senhor deputado, esteja caladinho e ouça", (repito: um deputado é elemento do órgão de soberania de hierarquia superior à do Governo). José Sócrates, em desrespeito pela organização e funcionamento do Parlamento, disse à deputada do PEV: «o seu partido é um embuste». O PM ainda ontem chamou «mentiroso e intelectualmente desonesto» a um líder partidário. Um dia disse ao mesmo líder : «o Sr deputado não tem experiência nem currículo e, no dia seguinte, circulou por e-mail o currículo do referido líder que é o infinito ao lado do zero de Sócrates. Em Março, o deputado José Eduardo Martins disse ao deputado Afonso Candal: "Vai para o c...".

Mas a lista , incluindo palavras mais ofensivas, pode tornar-se muito mais extensa, o que nos leva a perder todo o respeito pelos políticos, os tais que deixam muitos problemas graves do País sem solução mas que se unem todos para votarem a vergonhosa lei do financiamento dos partidos com «dinheiro vivo», felizmente vetada pelo PR. Perante isto o único voto que realmente merecem é o VOTO EM BRANCO.

Seguem-se links para artigos de jornal sobre este caso:

Manuel Pinho demitido em pleno debate
Manuel Pinho demite-se
Episódio não é "insólito" no Parlamento
Imagem do Governo sai afectada
As reacções à demissão de Manuel Pinho

Ler mais...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ministro, publicidade, dinheiro vivo!!!!

Segundo notícia de hoje, o ministro Manuel Pinho afirmou que o deputado e cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, tem de «comer muita papa (…) para chegar aos calcanhares de Basílio Horta». Não sei em que critério de avaliação do desempenho se baseou para fazer tal comparação. Poderá ou não ser semelhante aos dos professores!

Mas, independentemente do critério usado para a comparação dos dois políticos, é desprimorosa a forma como se refere a um deputado, representante dos eleitores, e constitui um mau exemplo para os cidadãos se referirem aos políticos que, protocolarmente, deviam ser tratados com muito respeito e deferência.

Por outro lado, o ministro não sai prestigiado ao fazer publicidade a uma marca de alimentos para bebés. E, como «não há almoços grátis» como diz o professor de economia Doutor João César das Neves, a marca referida pelo ministro está autorizada a oferecer, em dinheiro vivo, uma importância que pode ir até 55 vezes o limite que estava em vigor até há poucos dias (ver aqui). Assim, ninguém se compromete, como dizia a artista de teatro ligeiro já falecida, Ivone Silva, acerca do seu vestido preto.

Ler mais...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Embuste é ofensivo, coveiro não

Os políticos mostram carecer de civismo e de ética e, por vezes, abusam na forma descortês, como se tratam quando se sentem num palco com o apoio da plateia, ou perante a televisão vista por todo o País.

Hoje almocei com um socialista ferrenho que sente a necessidade de ostentar esse defeito (ferrenho) por pensar servir assim melhor de apoio ao filho que é deputado. Estava muito ácido por a líder do PSD ter dito que o PM é o coveiro da Pátria.

Durante a conversa houve concordância em que tais palavras foram muito duras e foi levantada a comparação da palavra «coveiro» com a palavra «embuste» com que o PM invectivou a deputada do PEV, em plena Assembleia da República.

Houve quem dissesse com ironia que a líder do PSD não teve razão porque o coveiro actua mais depressa e com mais competência. E quanto a esta última qualidade reportava-se ao anúncio na pág. 26922 do DR, oriundo da Câmara Municipal de Lisboa relativo ao concurso externo de ingresso para coveiro, cujo vencimento anda à roda de 450 euros mensais, sendo o método de selecção baseado numa prova sobre variados conhecimento relacionados com as funções. O coveiro assim seleccionado é, sem dúvida, competente e conhecedor do ofício.

Por outro lado, o embuste (mentira artificiosa, patranha, ardil, engano, enredo) a que o PM se referiu constitui uma ofensa para todos os partidos com assento na AR pois se trata de uma situação legal, à luz do pacote de regulamentações da AR, subordinadas à Constituição da República, da responsabilidade de todos os partidos.
Certamente que, apesar da liberdade de linguagem com que os políticos se mimoseiam, o PM não teria pensado nessa palavra antes de a pronunciar. Errar é humano.

Por outro lado, o PM encontrava-se numa posição de subordinação em relação à AR, aos partidos, aos deputados, pois a AR é o 2º órgão de soberania e o Governo é o 3º, e vai a S. Bento prestar esclarecimentos à AR sobre os actos da governação, carecendo de autoridade para hostilizar os partidos e os deputados da oposição. Ofensas aos juízes da parte de arguidos só têm sido vistas nos julgamentos de Avelino Ferreira Torres.

Parece, portanto não haver razões para repudiar a comparação ao coveiro por parte de quem acha natural a ofensa em plena AR a todos os partidos que aprovaram a legislação vigente que foi qualificada de embuste.

Como o País seria mais civilizado se os políticos dessem exemplos de mais civilidade, urbanidade e decoro nas suas relações em público!!!

Ler mais...