quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cravinho Sócrates Investimentos Corrupção

João Cravinho considera que “o efeito Sócrates só por si já não chega”
10.06.2009 - 12h12 público

Declarações do ex-deputado socialista à Rádio Renascença

O ex-deputado socialista João Cravinho disse hoje à Rádio Renascença que, depois do resultado das eleições europeias, “o efeito Sócrates só por si já não chega” e que este não é o momento para o país se lançar nos grandes investimentos.

Cravinho interpreta que o resultado se explica por uma “vontade de castigar o governo, uma vontade de assinalar um cartão que, nalguns casos é amarelo e noutros pode ser muito vermelho”.

“O efeito Sócrates só por si já não chega. isto é talvez a lição do ponto de vista do PS mais importante”, considerou. “Sócrates sozinho já não chega. tem que estar com mais alguém, vários que dêem a noção de que a política que se vai seguir na próxima legislatura não é a política de um homem só”, afirmou.

Até Outubro, o PS tem de “mudar, de alterar, de ajustar, de modo a não dar a imagem de que, de facto, tudo se resume a Sócrates dentro do Partido Socialista”.

Cravinho alerta para os grandes investimentos

Cravinho defendeu que “o Governo deve reflectir muito profundamente sobre quais são os grandes projectos que deve seguir nos próximos quatro anos”. tudo porque, disse, “não é altura de comprometer definitivamente o país por dois ou três meses de pura ânsia e sofreguidão num caminho que depois pode ser muito difícil”.

Em causa estão obras públicas como auto-estradas, TGV e o novo aeroporto.

“Um governo num país democrático não pode fazer quero, posso e mando. Dizer «eu tenho a minha vontade e porque tenho maioria e dentro de duas semanas já não a tenho, vou usá-la hoje para criar obrigações contratualizadas» que, no fundo, se o futuro governo ou se o país quiser desfazê-las então paga um balúrdio tal que, aí sim, coloca o país de tanga”.

1 comentário:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

O dito "efeito Sócrates" nunca existiu. Era uma mera encenação criada pelas famosas sondagens encomendadas pelo próprio.