Há situações escandalosas que vêm a público apenas ocasionalmente, o que deixa fora de vista o horizonte limite destas poucas vergonhas. Daí as suspeitas recaírem generalizadamente sobre todos os políticos, embora possa haver eventuais excepções.
Depois de um alto responsável pela ERSE se ter demitido e ficar com um ordenado fabuloso durante dois anos, da rápida promoção de um antigo empregado de balcão da CGD, ser nomeado administrador, passar para o BCP e, depois, ser promovido pela CGD a um escalão superior, assim como dos ordenados dos administradores do BdP aliados a regalias vitalícias mesmo que desempenhem as funções apenas algumas horas, aparece agora um caso não menos espantoso.
Um ex-chefe de gabinete de José Sócrates que é presidente do Instituto de Turismo de Portugal (ITP) desde Maio de 2006, ganhou, em 2008, como vogal do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da TAP, 98 mil euros, salário anual, referida no Mapa de Remunerações dos Órgãos Sociais. Este número representa que recebeu da TAP, durante 14 meses, um ordenado mensal fixo de sete mil euros, valor superior ao vencimento do próprio primeiro-ministro.
A justificar essa remuneração, no ano passado, teve o incómodo de assistir a 10 (dez) reuniões que a «comissão especializada de sustentabilidade e governo societário» realizou. Por cada comissão em média recebeu 9800 euros, equivalente a cerca de 22 salários mínimos nacionais, mensais (por uma reunião de poucas horas!!!).
Para conhecer melhor o assunto poderá ser lida a notícia no Correio da Manhã de hoje.
DOIS GALOS E UM SÓ POLEIRO
Há 46 minutos
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