Mostrar mensagens com a etiqueta ambição. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ambição. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 5 de julho de 2013

MAU E INDESEJÁVEL ESPECTÁCULO


Transcrevem se dois artigos de Nicolau Santos e de Henrique Monteiro que se completam e dão uma visão interessante da actual crise política que não é fácil de compreender e que muitos atribuem a «infantilidade», «impreparação», arrogância, teimosia, ambição e falta de sensibilidade para o grande problema que devia ser solucionado, de «fedelhos» a brincar com coisa muito séria e perigosa para milhões de pessoas. Um líder não precisa de arrastar pessoas, pois são elas que o seguem espontaneamente atraídas pelas suas qualidades e pela sua capacidade de informar e comunicar com verdade, clareza e transparência.

Grande combate de boxe: em exibição por mais uns dias!
Expresso. 10:46 Quinta feira, 4 de julho de 2013 Nicolau Santos

Num canto, Pedro Passos Coelho, 1,85, 90 quilos. No outro, Paulo Portas, 1,78, 87 quilos. Passos é o campeão em título. Portas acaba de afastar Vítor Gaspar, por desistência deste, após um duro combate em que o isolou junto às cordas e o golpeou sucessivamente no dorso e no rosto.

O combate começa. Passos atira um golpe baixo e violento contra Portas, chamado Maria Luís, porque antes já tinha sido atingido com um golpe baixo e violento chamado TSU dos pensionistas. Portas responde dizendo que assim não combate e sai do ringue.

Passos diz-lhe para não fazer isso e que não aplicará mais golpes baixos ao seu adversário.

Portas é obrigado pelos seus apoiantes e treinadores a voltar ao ringue. Mas impõe condições: as regras têm de mudar, as cordas têm de ser de outra cor, a iluminação tem de ser alterada, se não vai-se embora. Portas aceita desde que combinem tudo muito bem combinado.

A noite passada ensaiaram um treino à porta fechada. Sem público. Agora o público aguarda ansiosamente o que se vai passar.

Será que Passos aceita as mudanças?
Será que Portas continua a combater mesmo que não haja mudanças?
Será que fazem de conta que está tudo bem só para poderem continuar no ringue?
Será que o público se dará conta de que o combate tem o resultado combinado ou faz de conta que se trata de um combate leal?
Será que Passos e Portas conseguem enganar o público?
Será que o público é estúpido?
Será que o árbitro vai finalmente chamar os jogadores e denunciar que o resultado está combinado?
Ou será que prefere não tomar qualquer decisão e que o público continue entretido com um combate simulado?
Em qualquer caso, não perca o combate: não se sabe quantos dias mais estará em exibição.

Só mais um favor: saiam de cena!
Expresso. 8:34 Quinta feira, 4 de julho de 2013 Henrique Monteiro

Parece que Portas e Passos ficaram admirados com a explosão dos juros e a queda da bolsa. E que sendo assim, vão tentar chegar a acordo.

Parece que Passos e Portas se estão a tentar entender na base de um novo Governo.

Parece que Portas e Passos já têm ideias sobre como deve ser esse novo Governo de coligação entre o PSD e o CDS, mas que essas ideias são diferentes.

Parece que Passos e Portas não se entendem também sobre a ideia de o líder do CDS ficar fora do Governo a fazer campanha sub-reptícia, enquanto o do PSD fica dentro a queimar-se em lume brando.

Várias coisas parecem sobre Portas e Passos.

O que é estranho é que nenhum consiga perceber que o país já não tem paciência para eles. Que deviam ir os dois para casa por uns tempos e deixar que alguém crescido tomasse, agora, conta do país.

Será que o avô Cavaco consegue dizer-lhes isto na cara? Ou saem de cena e dão campo a um Governo onde sequer a sombra de um deles seja visível, ou temos mesmo de ir para eleições já, com os prejuízos adicionais que isso acarreta? Será que Passos e Portas perceberam que só ontem o país perdeu muitos milhões de euros por causa deles? Será que ainda não perceberam que, caso não saiam já, vários milhões se perderão mais?

Ler mais...

sábado, 29 de junho de 2013

É MUITO CEDO PARA ARRISCAR TANTO


Muitos observadores estranharam que, após dois anos de governação difícil, em constante espiral recessiva e austeridade sucessivamente agravada, Passos Coelho declarasse querer mais seis anos à frente do Governo e que, para isso, quer dar a cara em 2015. Era demasiado cedo para mostrar tal desejo e isso atraiu sobre ele as atenções para todo e qualquer pequeno deslize nas suas palavras e nos seus actos. Seria de esperar a adopção de uma sensatez muito perfeita e vigiada no sentido de pensar previamente ao pormenor cada afirmação.

Por acaso e referente a problema de autarca, José Augusto Rodrigues dos Santos escreveu as seguintes considerações acerca da ética dos políticos: «São raros os homens que encaram a política como missão patriótica, a vivem plenamente em acertos e desacertos e que regressam à sua vida anterior como o guerreiro regressa a casa depois de muitas guerras» Na generalidade, com casos mais ou menos agudos, trata-se de indivíduos ambiciosos de poder e de visibilidade que «não sabem, nem ninguém lhes disse, que não existem políticos providenciais tal como não existem homens insubstituíveis»… «Custa-lhes regressar ao anonimato pois, quais viciados em mediatismo, não conseguem ser felizes sem as luzes da ribalta a iluminar-lhes os passos».

E, curiosamente, ao invés da sensatez acima referida e das qualidades desejáveis num político conforme expressa Rodrigues dos Santos, Passos Coelho atirou para os cidadãos menos atentos e mais avessos à filtragem das mensagens que lhes chegam, as seguintes atoardas semelhantes a muitas outras que, nos passados dois anos, o desacreditaram por virem a ser contraditadas pelas realidades advindas. Disse que a recessão em Portugal está a abrandar e que meta do défice é perfeitamente alcançável.

Não parece prudente dar esta «informação», devido ao perigo de a meta não poder ser alcançada, e se isso acontecer que desculpa espera dar ao povo de modo a que ele a aceite? E quais serão os efeitos na sua desejada corrida aos mais seis anos?

Tais afirmações feitas com intenção de gerar confiança e atrair adeptos, embora contra a seriedade, a moral e a ética, são frequentes em campanha eleitoral, em que possivelmente Passos Coelho já se sente, mas, no seu caso real, a campanha está muito distante e entretanto pode ser destruído pela «nudez crua da verdade» a que pode vir a estar exposto

Não convém arriscar demasiado quando não for o momento correcto nem previsível a utilidade.

Imagem de arquivo

Ler mais...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

APEGO AO PODER


Governo não se demite porque "tem apego ao poder" 

O presidente do executivo madeirense, Alberto João Jardim, afirmou que o actual Governo se manterá em funções no caso de um eventual chumbo do Tribunal Constitucional a normas do Orçamento de Estado...
29 de Março de 2013

Sendo ele a dizer isto, devemos acreditar pois ele sabe bem daquilo de que está a falar, ciência em que é doutorado e com muita experiência!!!

Imagem de arquivo

Ler mais...

Coreia pode ser detonador


Onde está o homem está o perigo. Sem dúvida, mas a imprudência aumenta o risco. Brincar com objectos perigosos exige prudência. Mas, mesmo assim, pode acontecer ultrapassar o «ponto de não retorno». Toda a guerra é precedida de actos de ameaça, de «bluff», destinados a levar o adversário a um jogo de cedências e benefícios, para chegar a um acordo em que ambos fiquem satisfeitos, sem necessidade de recorrer ao conflito armado.

Neste jogo de sinais e das suas interpretações é indispensável eficiência e prudência, porque um erro pode desencadear o drama bélico, com as piores consequências. Será que os interessados na resolução da situação na província coreana possuem a serenidade, a maturidade, que os leve a obter o máximo benefício com menores cedências sem caírem na desgraça da perda de muitas vidas e património?

Ao meditar neste tema, recordo que a guerra do Iraque iniciada em 20 de Março de 2003 foi desencadeada devido a um sinal perturbador, provavelmente inconsciente, que levou Saddam Hussein a excesso de optimismo e a alterar a sua postura de cedências. Perante a volumosa esquadra americana, nas suas vizinhanças, Saddam estava disposto a abandonar o poder e a ser exilado em palácio luxuoso com capacidade para a sua corte de mais duas centenas de amigos e colaboradores, e a escolha estava já limitada à República Árabe Unida ou à Líbia.

Mas, de repente, apesar de o espaço aéreo estar encerrado, chegaram de avião empresários franceses de explorações petrolíferas para firmar negócios, o que levou Saddam a concluir que a atitude americana não passaria de apenas «buff», pois, se o não fosse, os franceses não estariam interessados em consolidar negócios para os anos seguintes. Entretanto, o prazo de espera dos americanos esgotou-se e a guerra eclodiu. Será que na actual situação coreana, o arrogante e inexperiente líder norte-coreano que não ouve ninguém, nem de dentro nem do estrangeiro, terá a sensatez e a sensibilidade necessárias para não esticar demasiado a corda e para evitar chegar ao ponto crítico?

Perante isto, é legítimo recear que ocorra o pior e estar atento aos sinais dos poderes mundiais e regionais, aos seus interesses e às trocas de cedências e benefícios de uns em relação aos outros e aos possíveis resultados do desfecho, para prever o desenrolar desta situação explosiva quer seja com o esvaziamento das tensões e da consolidação de acordos, quer dê início ao uso de armas de destruição massiva. A dar-se a pior hipótese, com as poderosas armas disponíveis e em sobreposição à crise económica e financeira já em curso, os resultados finais poderão ser demasiado dramáticos, em todos os aspectos e para toda a humanidade.

Imagem de arquivo

Ler mais...

sábado, 23 de março de 2013

Patriotas competentes e sérios???


«A reprodução está sujeita a restrições em determinados sites». 




Não devemos esquecer a história recente.
SE QUISEREM SABER MAIS UMAS VERDADES,VEJAM OUTROS VIDEOS SOBRETUDO, O DO CATROGA,QUE HÁ 2 OU 3 DIAS AFIRMOU NA TV QUE NÃO TINHA NADA A VER COM O MEMORANDO.TENHO PENA QUE ISTO TENHA ACONTECIDO.

Ele vem aí, de peito aberto, sem medo...Afinal quem é que o receia, e porquê?
Só tenho um entendimento: é que "QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME" e, aparentemente não é ele quem teme...
Vejam, oiçam, e depois tirem as vossas conclusões, sem esquecer o jeito que tem dado a quem nos governa, com estes resultados, e o porquê da pressa de chegarem ao poder, recorrendo ao bode expiatório que, curiosamente, não tem medo de vir esclarecer os portugueses, independentemente dos erros que, com certeza, cometeu. O medo, ao que parece, está do lado do governo e de quem o apoia; porque será?...

Recebido por e-mail de correspondente atento.

Ler mais...

sábado, 4 de agosto de 2012

Euromilhões e a insensatez nacional

Notícia de relevo de hoje diz que no sorteio do Euromilhões de ontem os portugueses arriscaram mais de 15,5 milhões, o que faz pensar na mentalidade de quem quer resolver a crise queimando o pouco de que dispõe.

Isto demonstra a falta de conhecimentos e de racionalidade dos portugueses. Há poucos anos na TV, o administrador do Casino do Estoril dizia com toda a franqueza e honestidade, ultrapassando o esperado das suas funções, que as pessoas não devem jogar, com doentia esperança de que vão ganhar, pois o ganhador é sempre o Casino. Jogar para diversão com quantidades moderadas que não fazem falta ao essencial da vida, desportivamente, pode ser compreendido, mas jogar com o desejo de enriquecer não é sensato. O cálculo das probabilidades mostra que a possibilidade de se ganhar é muito pequena e aconselha a não se arriscar demasiado.

É certo que uma vez, entre muitas, há um jogador que ganha elevada quantia. Mas, mesmo esse, por falta de preparação e de sensibilidade para analisar a dimensão a gerir, só raramente altera a sua vida. Isto foi demonstrado numa pesquisa feita há anos por um órgão da Comunicação Social em que foi evidenciado que alguns bafejados pela «sorte» passaram a ter uma vida mais preocupada, menos feliz do que anteriormente e houve quem fizesse desaparecer todo o «bolo» rapidamente em futilidades acabando por ficar como antes com o inconveniente de ter de abandonar hábitos de consumo entretanto adquiridos. Não foram encontrados casos de significativas melhorias de vida, de forma sustentada. Faz lembrar o ditado popular «dinheiro mal ganho, a água o dá, a água o leva».

E com tal doentia fé na riqueza (o dinheiro é uma droga) Portugal empobreceu ontem de muitos milhões que foram parar à organização do Euromilhões.

Imagem de arquivo

Ler mais...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quais as motivações dos políticos?

Antes de referis as duas notícias que suscitaram esta reflexão, cito uma frase do filósofo Sir Francis Bacon (1561-1626): "Não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para reflectir e avaliar".

Segundo a notícia Polémica sobre currículo do candidato aquece campanha eleitoral à concelhia do PSD-Porto uma competição eleitoral interna gerou um lavar de roupa suja de tal maneira que saltou para fora da muralha do partido, mostrando uma faceta, que talvez esteja demasiado generalizada na política nacional, mas que mina, nos cidadãos pensantes, a confiança que gostariam de ter nos plíticos.

Destas e de outras, conclui-se que, na corrida à liderança, o que está em causa, para os profissionais da política, é tão valioso para os candidatos que lhes justifica arriscar tudo!!! A vitória permite-lhes alcançar os objectivos que parecem ser a possibilidade de nomeações futuras para instituições e empresas públicas, ou grandes empresas como GALP, Telecom, EDP, Ongoing, as nomeações para assessor, consultor, secretário de Estado, ministro, etc., tudo com remunerações, mordomias, regalias e possibilidades de tráfico de influências e de receber uns «robalos» ou umas «alheiras», além da possibilidade de conduzir, impunemente, a velocidades próprias da Fórmula 1 !!!.

Realmente, seria injusto considerá-los tão estúpidos que se arriscassem aos «sacrifícios» das campanhas eleitorais se não estivesse em jogo um enorme «jackpot». E, por isso, nesta feira de vaidades e ambições, não faltam vendedores de banha de cobra.

Relacionada com estes discutíveis conceitos éticos e de serviço público aos interesses nacionais, há a notícia Paulo Rangel pede cuidado redobrado nas nomeações para cargos dirigentes, o que mostra que, depois de numa Universidade de Verão do seu partido em Castelo de Vide ter reconhecido que política e ética não se acasalam, mostra agora com oportunidade que é preciso lembrar aos ocupantes do poder que os valores da moral não devem ser esquecidos nas decisões governativas.

Imagem do PÚBLICO

Ler mais...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A guerra do futuro ???

O general Eisenhower alertou para o perigo representado pela sobrevivência do complexo industrial militar surgido durante a II Guerra Mundial, o qual, para ter cada vez maiores lucros, iria criar novas armas e novas formas de fazer a guerra.

Notícia de todos os conflitos mais ou menos sofisticados, declarados ou de pequena intensidade, ocorridos desde então, mostram como o General estava certo na sua previsão. E a isto acresce a pressão dominadora exercida sobre os governantes dos países mais influentes na vida internacional, levando-os a desencadear conflitos sem uma justificação minimamente credível.

O perigo generalizou-se e os métodos estão a chegar a grupos «terroristas», levados a ser clientes de tal complexo industrial e há mais de oito anos assistiu-se ao derrube das Torres Gémeas de Nova Iorque e aos recentes atentados, casualmente falhados, em aviões que se dirigiam à América.

Uma das últimas inovações de material de guerra consiste no lançamento de mísseis por drones (aviões sem piloto) controlados com todo o pormenor a partir de «escritórios» em local secreto dos EUA, através da Internet, e que no Afeganistão e no Paquistão (com possibilidade de actuarem em qualquer ponto do mundo) podem fazer ataques com mísseis com uma precisão cirúrgica.



Por exemplo, notícia de hoje diz que «Um disparo de um míssil efectuado por um avião sem piloto norte-americano matou hoje pelo menos dois combatentes talibãs no Waziristão do Norte, zona tribal do noroeste do Paquistão». É uma guerra feita com comodidade sem risco de perdas de efectivos, e que colocam as vítimas indefesas sem poderem evitar, prever ou defender-se. É puro terrorismo.

Em contrapartida a isto, ou em complemento destes actos, e como tal complexo não olha a cliente desde que este pague, outra notícia referente às recentes tentativas de atentados em aviões diz que «Os atentados futuros serão ainda mais difíceis de neutralizar porque a Al-Qaïda conhece cada vez melhor os sistemas norte-americanos de defesa e vai empenhar-se em contorná-los, declarou quinta-feira o director da informação norte-americana (DNI), Dennis Blair.

Portanto, apesar dos desejos de paz de toda a gente de boa vontade e dos sucessivos apelos e sugestões surgidos de todo o lado mentalmente são, como tem sido o caso deste blogue, a PAZ continua a ser uma solução adiada, porque as ambições daqueles que vivem da construção e venda dos materiais bélicos se sobrepõem à humanidade, aos desejos de vida pacífica e em harmonia da generalidade das pessoas.

No entanto, não devemos esmorecer em campanhas de esclarecimento, com a esperança imortal de que um dia esses cérebros do mal acabarão por ser iluminados por uma réstia de bondade

Ler mais...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ambição sem ética

É preocupante a quantidade e diversidade de notícias que nos chegam a denunciar a força da atracção do dinheiro e da ânsia do enriquecimento rápido, por qualquer meio, com total desprezo pela ética.

Em 3 de Julho de 2008, o Instituto de Aperfeiçoamento Técnico Acelerado (IATA) de Lisboa, Porto e Funchal. Fechou as portas que nunca mais abriram, deixando para cima de 300 alunos sem concluir a sua formação profissional, ficando sem qualquer certificado dos módulos concluídos, nem reembolso das mensalidades já pagas. Desde então, não há qualquer tipo de informação fornecida pelo IATA ou pelos seus responsáveis. Segundo consta, na origem do encerramento estariam problemas financeiros e de gestão danosa.

Há declarações sigilosas de alunos de que lhes teriam sido passados certificados falsos antes do término do curso. "Há alunos com certificados de curso, assinados pelo assistente da direcção pedagógica, quando eu não dei notas a ninguém", relevou, ao JN, Maximiano Miguel, formador do IATA. "Percebi, então, a razão por que os alunos deixaram de frequentar as aulas: compravam os certificados".

Uma aluna que preferiu não ser identificada confirmou: "Recebi um e-mail que o assistente do director pedagógico me enviou, em que se disponibilizou a entregar-me um certificado mesmo sem ter notas válidas".

Parece uma história feita à imagem da Universidade Independente! Quantos mais casos haverá de diplomas sem equivalência a saber neste pequeno rectângulo?

Quanto à desordem que assolou, esta semana no Bairro da Quinta da Princesa, no Seixal, a PSP já identificou os líderes do motim. São quatro indivíduos que estarão relacionados com o tráfico de armas e associados a roubos à mão armada.

Recorde-se que a polícia foi recebida a tiro e com cocktails molotov, numa cenário a fazer lembrar os recentes confrontos no Bairro da Bela Vista, em Setúbal. No entanto, o bairro parecia ontem ter regressado à normalidade, após duas madrugadas de confrontos com a PSP. Tudo começou na noite de domingo 23, quando a PSP foi recebida com violência, na sequência de um furto de uma moto.

Os primeiros sinais de violência já se fizeram sentir há cerca de 20 dias, quando elementos da PSP do Seixal apreenderam, na imediações da Quinta da Princesa, uma carrinha que continha no seu interior cerca de 20 cocktail molotov, duas espingardas caçadeiras e um revólver.

Por trás de grandes convulsões há sempre indivíduos metidos em grandes negócios ilegais que dão muito dinheiro. Aqui a actividade mais saliente era o tráfico de armas.

Outra notícia refere-se ao advogado Ricardo Cunha que exerceu funções de administrador e de chefe de gabinete no STJ e que foi acusado de peculato e falsificação de documento por presumível apropriação de 344 299 euros, através da aquisição de quadros de pintores consagrados que acabaram nas mãos de um administrador e chefe de gabinete de dois presidentes do mais alto tribunal. O pagamento de tais objectos era feito pelo Supremo Tribunal de Justiça e também pelo Gabinete do Ministro da República, o conselheiro José Mesquita.

Em Braga, de 2002 a 2005, sete indivíduos (agora constituídos arguidos, após conclusão de inquérito desenvolvido pelo Departamento de Investigação Criminal de Braga, da Polícia Judiciária) conseguiram avultado enriquecimento ilegítimo, lesando o Estado num valor superior a cinco milhões de euros.

A ilegalidade passava por movimentos fictícios que visavam obter o reembolso do IVA, por actividades de empresas que nem existiam. As autoridades entendem que este tipo de crimes sempre existiu, só que a máquina fiscal está mais eficaz e, ao nível das Finanças, são detectáveis.

Há mais casos chocantes a alto nível, com raízes na política, o que vêm mostrar a realidade actual que, à imagem do que afirmou Paulo Rangel acerca de Maquiavel (que fazia a comparação entre o que devia ser a política e a bagunça como ela é na realidade), e que mostram que Portugal não está a trilhar um bom caminho, em que os exemplos de cima não são para seguir.

O móbil mais forte da sociedade, incluindo a Quinta da Princesa ou a Quinta da Bela Vista e indo até às mais altas esferas, é o dinheiro, o enriquecimento ilícito, a ostentação despudorada e os sinais exteriores de uma riqueza que não conseguem explicar, tujdo isto à margem da ética. Para fazer face a esta situação nada lisonjeira, como a restauração do civismo e da ética é demorada haverá que tornar a Justiça mais rápida e rigorosa, aliviando a burocracia que a emperra a favor dos criminosos.

Ler mais...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O saque ao erário não tem limites

Há situações escandalosas que vêm a público apenas ocasionalmente, o que deixa fora de vista o horizonte limite destas poucas vergonhas. Daí as suspeitas recaírem generalizadamente sobre todos os políticos, embora possa haver eventuais excepções.

Depois de um alto responsável pela ERSE se ter demitido e ficar com um ordenado fabuloso durante dois anos, da rápida promoção de um antigo empregado de balcão da CGD, ser nomeado administrador, passar para o BCP e, depois, ser promovido pela CGD a um escalão superior, assim como dos ordenados dos administradores do BdP aliados a regalias vitalícias mesmo que desempenhem as funções apenas algumas horas, aparece agora um caso não menos espantoso.

Um ex-chefe de gabinete de José Sócrates que é presidente do Instituto de Turismo de Portugal (ITP) desde Maio de 2006, ganhou, em 2008, como vogal do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da TAP, 98 mil euros, salário anual, referida no Mapa de Remunerações dos Órgãos Sociais. Este número representa que recebeu da TAP, durante 14 meses, um ordenado mensal fixo de sete mil euros, valor superior ao vencimento do próprio primeiro-ministro.

A justificar essa remuneração, no ano passado, teve o incómodo de assistir a 10 (dez) reuniões que a «comissão especializada de sustentabilidade e governo societário» realizou. Por cada comissão em média recebeu 9800 euros, equivalente a cerca de 22 salários mínimos nacionais, mensais (por uma reunião de poucas horas!!!).

Para conhecer melhor o assunto poderá ser lida a notícia no Correio da Manhã de hoje.

Ler mais...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mais um modelo para o Governo

Aquilo que estudamos nas escolas de qualquer nível de ensino é resultado de trabalho de cientistas de não importa que nacionalidade. Cada um de nós não tem necessidade de ignorar o que já foi inventado e não é obrigado a descobrir, por si a lei da gravidade, e a energia cinética.

Da mesma forma, os governantes não precisam de se meter em aventuras e fazer experiências caras e provavelmente nocivas, devem aproveitar as lições que vêm de países que dão provas de eficiência nos vários sectores da governação. Devem estudar nos melhores manuais das experiências bem sucedidas e adaptar as soluções às circunstâncias do seu País.

Agora a notícia «Barack Obama congela salários de colaboradores» é mais uma lição a seguir, porque se neste momento de dificuldades económicas, as famílias são obrigadas a apertar o cinto, é também o que os governantes e a sua corte devem fazer.

Mas, infelizmente, os nossos políticos (salvo eventuais honrosas excepções) preferem pensar no bem-estar daqueles que os envolvem, esquecendo a maioria da população que não só não beneficia do bem-estar deles como é vítima disso porque tem de pagar para luxos injustificáveis e despesas exageradas. Preferem seguir exemplos estranhos que não se adaptam ao nosso modo de vida como a peregrina ideia de ir buscar ao Chile o modelo para a avaliação dos professores.

E democracia, os governos devem evitar impor ao povo condicionalismos desnecessários, mas podem e devem impor aos que estão nos seus gabinetes limites que permitam servir de bom exemplo ao comum dos cidadãos.

Ler mais...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A crise financeira terminou?

Do muito que foi dito e escrito sobre a crise podem tirar-se várias conclusões, das quais, embora não seja especialista, mas como vítima dos erros dos decisores, penso poder salientar que ela resultou de erros sucessivos de particulares, empresas e instituições financeiras que, chegaram ao ponto de rotura, com a apatia dos poderes governamentais. O ponto comum de todos esses erros está na ausência de valores éticos, morais, cívicos e sociais, que podem integrar-se no conceito alargado de civismo. Ambição, endeusamento do dinheiro foram além dos limites do possível, graças à indiferença do poder controlador do Estado.

Viveu-se de ilusões e ingenuidades. Agora que surgiu um remendo heterodoxo com governos capitalistas defensores da economia de mercado, a intervir nessa mesma economia, com o dinheiro dos contribuintes, como se fosse dirigida pelo Estado Central. Um sinal de viragem nas ideologias de economia política?

Deu como resultado imediato: a alteração da ilusão dos agentes económicos mais ligados à finança. E ela ficou visível na subida das bolsas ontem, 13, e que o PSI 20 subiu 10,2% e hoje subiu, mas muito menos, 4,46%. É a especulação, ávida de dinheiro fácil a seguir as suas tradições. E quem comprou e originou tais subidas, venderá amanhã para realizar as mais valias de que se alimenta, e a bolsa cairá. Se não for amanhã, será nos próximos dias. E a ficção continuará, indiferente aos receios que sentiu nas últimas semanas.

Mas, infelizmente, não há sinais de uma análise séria das causas do fenómeno, não surgem poderes fortes decididos a introduzir nas finanças mundiais alterações que criem uma nova gestão financeira ajustada às condições da globalização e que garanta segurança impeditiva de crises frequentes e graves. É preciso muito saber e muita coragem porque os viciados no sistema actual hão-de lutar para impedir alterar aquilo que lhes deu fortuna, hão-de evitar que lhes matem a galinha dos ovos de ouro. Mas, se tais alterações não forem incrementadas, os ricos serão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres até que surja a «revolta dos escravos».

Por isso, não se pode dizer que a crise está vencida, mas apenas, com muito optimismo, poderemos concordar com o título de notícia do JN de que o «Socorro à banca deixa a crise em suspenso», apenas em suspenso e por tempo não definido.

Ler mais...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Velho do Restelo disse

Depois do soneto de Camões publicado em post anterior, trago aqui o início do discurso do Velho do Restelo com que termina o canto quarto de Os Lusíadas, por nele encontrar motivos de meditação para compreender muito do que hoje ocorre em nosso redor. Quem tiver curiosidade, poderá consultar o poema épico e ler as restantes sete estrofes do Velho, que não trago aqui para não sobrecarregar com referências mitológicas e históricas, ficando por estas três que já dão estímulo para interessantes reflexões.

Estrofe 95

- «Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos fama!
Ó fraudulento gosto que se atiça
Cua aura popular que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!

Estrofe 96

«Dura inquietação d’alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios!
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!

Estrofe 97

«A que novos desastres determinas
De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

Ler mais...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Ecos das palavras de Marinho Pinto

As afirmações do bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto tiveram um efeito de terramoto, embora pouco mais dissessem do que o que tinha sido trazido a público pela iniciativa de João Cravinho ao propor legislação para combater a corrupção e o enriquecimento ilegítimo, e daquilo que se ouve nos transportes públicos e em qualquer grupo de pessoas nas filas de espera para atendimento nos serviços públicos.

Transcrevem-se quatro excertos de artigos (linkados) que abordam o assunto. É estranho que os políticos tentem manter o caso aceso em vez de procurarem que depressa caia no esquecimento, vendo-se que não tiveram o discernimento suficiente para aprender a lição do caso da «licenciatura» de José Pinto de Sousa que, depois da arrogância e fanfarronice de levar a queixa a tribunal, acabou por compreender que era melhor silenciar o caso!

Decidindo averiguar o caso em profundidade, acabam por matar a galinha dos ovos de ouro que segundo Cravinho e Marinho Pinto geram as tais riquezas ilegítimas, mas não chegarão a tal ponto pois, se não apagarem agora tal chama, acabarão mais tarde por apagar, de forma mais escandalosa, um fogo muito mais visível.

Eis os excertos atrás referidos, por ordem alfabética.

Transcrição de «Audição a Marinho Pinto fica em suspenso»
Marinho Pinto falou de um ministro das Obras Públicas que terá adjudicado obras a uma empresa à qual veio a presidir, bem como de "dois ministros recentes" que terão levado ao abate "do dia para a noite" de dois mil sobreiros. Sócrates disse desconhecer sobre quem podiam recair as insinuações e chutou a bola para o bastonário: "Eu nada sei sobre o que ele pretende dizer e, portanto, essa explicação é devida ao País e isso é com o sr. bastonário". O bastonário tinha dito que "existe em Portugal uma criminalidade que anda por aí impunemente a exibir benefícios e não há mecanismos para lhes tocar".

Transcrição de «Corrupção»
O que é que disse o bastonário dos advogados de tão extraordinário para causar tal estremecimento nacional? Que há negócios chorudos feitos com empresas por ministros que acabam nos respectivos conselhos de administração. Que há verbas a engrossar miraculosamente as contas de partidos, após certos e determinados governantes terem, alegadamente, feito manigâncias com o património do Estado. Que a confusão entre o Estado e os privados é total, sempre em prejuízo do primeiro, ou seja, nós, cidadãos, e a favor dos últimos. Enfim, que "a corrupção do Estado" é o cancro da nossa sociedade. (…) Não é por acaso que os políticos aparecem, numa sondagem da Gallup para o Fórum Económico e Mundial, como os mais desonestos e os menos sérios para governar. Salvam-se, curiosamente, os professores, como sendo a profissão mais fiável, justamente a classe mais atacada, mais rebaixada e mais empobrecida nos últimos anos pelo poder político. Por que será?

Transcrição de «O inquérito do costume»
O bastonário da Ordem dos Advogados provocou um pequeno terramoto na morna vida política portuguesa ao dizer em voz alta o que toda a gente diz em voz baixa, que há corrupção aos níveis mais altos do Estado, defendendo (disso é que já ninguém se lembraria, depois do risível inquérito parlamentar do "envelope 9") uma "investigação parlamentar às fortunas de alguns políticos". Segundo o bastonário, há "membros do Governo que fazem negócios com empresas privadas e depois, quando saem, vão para administradores dessas empresas", lembrando ainda, a propósito dos chorudos pareceres com que o Governo alimenta certos escritórios de advogados (e não só), que "se esbanjam milhões em pagamentos de serviços de utilidade duvidosa e depois não há dinheiro para necessidades básicas". No Governo e no Parlamento toda a gente assobiou, como é costume, para o ar, pedindo, como é costume, "provas", e o procurador-geral da República abriu o habitual inquérito, a lixívia com que em Portugal se lavam mais branco as nódoas até passarem ao esquecimento. Entretanto foi conhecido um estudo realizado pela Gallup para o Fórum Económico Mundial que revela que quase metade (48%) dos portugueses considera os políticos desonestos. Abra-se também um inquérito aos portugueses.

Transcrição de «Parem de brincar com as palavras»
Os partidos políticos não podem ajudar à farsa que é a exigência de que quem denuncia apresente logo as provas e o processo instruído ou que fique calado. Não é a um denunciante que compete fazer isso e esta artimanha tem servido a impunidade e é o fermento da corrupção. Com a morosidade e a ineficácia da justiça em Portugal, a probabilidade mais elevada é que o denunciante seja, ele próprio, punido por uma acção oportunistamente levantada por um prevaricador protegido por estratégias dilatórias que entre recursos e pareceres liquidam a justiça.

Ler mais...

domingo, 14 de outubro de 2007

A política e os cidadãos

Menezes fez uma análise rápida da situação da governação do País e referiu, entre outros, os seguintes aspectos:

- "desqualificação da democracia".
- alegada tentativa de controlo da comunicação social,
- cerceamento da liberdade de expressão dos funcionários públicos,
- "invasão de sedes de sindicatos".
- "Os sinais de arrogância são passados ao País e à administração",
- falta de credibilidade das promessas eleitorais do primeiro-ministro.
- Sócrates não disse com honestidade aos portugueses que ia subir todos os impostos, portajar as Scut e reduzir os subsídios.

Referiu, também, para uso interno do partido, o fim do privilégio das elites, a quem lembrou que "nunca estão disponíveis para os combates difíceis, sobretudo os eleitorais". Daqui se conclui que não exageram aqueles que, em diversos blogs, falam de interesses pessoais dos políticos que se sobrepõem aos interesses do partido e do País, o que desvirtua a importância dos partidos e que tem ficado evidenciado na quantidade de votos colhidos pelos candidatos independentes nas eleições autárquicas. Falta uma estratégia com sentido de Estado, uma filosofia em que sejam defendidos os valores que devem sustentar a evolução para um futuro melhor das pessoas.

Disse também "não consentirei que um movimento de fraccionamento e de vingança seja accionado no partido". Isto vem dar força aqueles que dizem que a ambição pessoal dos políticos, os leva a manobras emotivas e colocam de lado os interesses não só nacionais, mas também partidários.

Este líder partidário deixou claro que o partido não precisa de notáveis que não trabalhem, nem dêem a cara. A generalidade dos políticos são muito comedidos e cautelosos na aparição pública com ideias claras e bem comunicadas!

Em poucas palavras, mostra como o estofo moral e a cultura dos que estão chegados à frente, nada tem a ver com a séria ciência e arte de governar um País em que um dos principais objectivos devia ser a criação de emprego e o aumento da felicidade do povo e as suas condições de vida.

É mais um lindo discurso de líder político, que pode não ir além do discurso. Mas, mesmo assim, é vantajoso que quem conhece o regime por dentro elabore análises concretas e esclarecidas, que com o correr do tempo, poderão vir a constituir um manual de civismo e ciência política.

Paralelamente a este tema, convém ler os seguintes posts:
Mais Um, em Mentira
Não se resignar, em Do Miradouro

Ler mais...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Socialistas pouco saudáveis !

São superabundantes as notícias do mal que grassa na estrutura da Saúde em Portugal, com a acção do ministro colocada em causa a cada passo. Têm muita razão os deputados do PS em não querer que ele seja ouvido no Parlamento. Para vergonha do partido do governo já basta!

Hoje o Jornal de Notícias traz mais elementos de tricas partidárias, em que se gastam as energias do País, sem resultados práticos. Estes políticos estão mais interessados nestas tricas do que no bom desempenho do serviço de saúde em benefício das pessoas doentes. Há uma qualidade de gente para quem os interesses do País nada contam perante as ambições de visibilidade de elementos do partido do poder que tudo fazem para chamar a si aquilo que tem «interesse». Perde-se a noção da dignidade, do respeito, da sensatez, da honra, etc. Como se pode respeitar uma tal estrutura social? Dizia um amigo que temos o dever de respeitar a cadeira do poder, mas o que fazer quando a pessoa que nela se senta não nos merece o mínimo respeito? E isto está muito generalizado, o que traduz uma situação muito crítica.

Vejamos alguns apontamentos do JN (para ler todo o artigo clique aqui)

Mais casos em Braga

"Além do caso de Vieira do Minho, há no distrito de Braga uma partidarização por parte do PS de nomeações para cargos públicos, nomeadamente directores de centros de saúde". A convicção é do deputado João Semedo, do BE, ao garantir que "estão a substituir-se profissionais competentes e com provas dadas por outros cujo currículo desaconselha a nomeação". E, por isso, o BE exige a "imediata exoneração" do coordenador da sub-região de saúde de Braga, Castro Freitas.

João Semedo referiu-se, em particular, ao do centro de saúde de Braga em que o anterior director, o médico José Manuel Carvalho foi "pressionado a demitir-se" por ter denunciado irregularidades na gestão anterior, da responsabilidade de militantes do PS.

"Como não se assustou com as pressões, acabou por ver a sua comissão de serviço não renovada e foi substituído por uma conhecida militante socialista, Helena Albuquerque Pardal, cujo currículo está manchado por gestão desastrosa no centro de saúde da Póvoa do Lanhoso", onde a inspecção-geral de Saúde, em 1999, concluiu ter havido irregularidades, entre as quais a danificação do livro de reclamações, "por indicação da directora".

Este caso já havia sido denunciado nas páginas do JN, no passado dia 9, e fora alvo de pedidos de esclarecimento ao Ministério da Saúde, assinado por parlamentares comunistas. Ainda ontem, Honório Novo, do PCP, lembrou que foi feita uma inspecção ao centro de saúde de Braga sem que tivesse sido divulgado o resultado. "Há anomalias perversamente mantidas na Sub-região de saúde de Braga". Palavras peremptórias do deputado do PCP.

PS/Braga contra-ataca

O BE denunciou igualmente outro caso verificado no hospital de Barcelos, onde o conselho de administração foi substituído com o fundamento de "discordar da política do Ministério da Saúde". "Em sua substituição foram colocados novos administradores socialistas (entre os quais se conta Lino Mesquita Machado, irmão do presidente da Câmara) que acumulam a administração do hospital de Barcelos com a do hospital de Braga", referiu.

Às acusações de Semedo reagiu o deputado socialista eleito por Braga, Ricardo Gonçalves, membro da comissão parlamentar de Saúde. Depois de acusar o bloquista de recorrer à "demagogia e à mentira" falou em nome da directora do centro de saúde (que se mostrou indisponível para o JN), ao anunciar que Helena Albuquerque Pardal "irá instaurar-lhe um processo".

Também ontem, o PSD requereu a audição da ex-directora do centro de saúde de Vieira do Minho e do ex-director do Hospital de S. João da Madeira para darem a sua versão dos factos que levaram ao seu "saneamento político". "Queremos ouvir os factos concretos pela própria voz das vítimas", justificou a deputada Regina Bastos, citada pela Lusa.

"A Inspecção-Geral considerou excelente o meu desempenho"

"O ambiente é péssimo" - o director afastado do Centro de Saúde de Braga, com sede no Carandá, não hesita em classificar assim o mal-estar interno, desde o seu afastamento "incompreensível". "Tudo isto acaba por reflectir-se na resposta dada às populações, como é lógico. As pessoas estão concentradas noutras coisas que não a Saúde", atira José Manuel Araújo, que, actualmente, continua a fazer o seu trabalho como médico no mesmo espaço, "com muito orgulho e muita honra". O anterior director, afastado do cargo no último dia da comissão de serviço, e substituído por Helena Albuquerque, continua a sentir-se "injustiçado". "Não foi uma demissão. Foi uma não recondução, sem motivo. Nunca esteve em causa a gestão ou a capacidade técnica. O relatório da Inspecção-Geral de Saúde revelou isso mesmo, um desempenho considerado excelente", advoga, salvaguardando que não milita por nenhum partido, pelo que é alheio a todas as movimentações impulsionadas por cores políticas. "Sobre as opiniões dos partidos não me pronuncio", continua. Convidado a tomar uma posição sobre as declarações do deputado socialista Ricardo Gonçalves, o médico é cáustico "O senhor deputado disse, na ocasião, que eu não cumpri as directivas do Governo. Isso é falso e já o convidei para vir dirimir os seus argumentos comigo", remata.

No Centro de Saúde de Braga, o ambiente continua de "cortar à faca". Uma descrição de fontes internas, que dão conta de diligências de protesto, por parte de administrativos, médicos e enfermeiros. Recentemente, no próprio site do Sindicato Independente dos Médicos, a passagem conturbada de Helena Albuquerque pelo Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso é recordada com acidez. A médica é mesmo chamada de "especialista em conflitos". "A Simédicos fica na dúvida se Correia de Campos nomeia Helena Albuquerque para que se desencadeie um furacão em Braga ou se, lendo o currículo, leu a versão da autoria da própria", diz a mesma fonte, colocando-se ao dispor para revelar o "verdadeiro currículo". Documento esse a que o JN teve acesso e que critica, ponto por ponto a sinopse. Apesar das tentativas, não foi possível ouvir a actual directora.

Ler mais...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

CML. Carmona foi sincero?

Segundo o JN, a Manifestação de apoio a Carmona foi "flop"

Mais jornalistas do que apoiantes. A manifestação de apoio a Carmona Rodrigues, convocada para ontem, através de um e-mail enviado às redacções e de mensagens de telemóvel postas a circular na passada sexta-feira, foi um "fiasco". A meia dúzia de pessoas que compareceu, às 13 horas, frente aos Paços do Concelho - na maioria alertadas pelas notícias nos jornais e televisões - não escondeu a desilusão e a "decepção" pela falta de gente.

Da meia dúzia de participantes saía a convicção de que a ideia da manifestação foi uma manobra para o armadilhar. Mas, vistas bem as coisas, a população que não esteve para se deslocar ali prestou um grande apoio a António Carmona Rodrigues, dando-lhe força para ele concretizar as palavras que utilizou para informar que não está apegado ao poder. Essas palavras soavam a falso, perante as atitudes que demonstram estar grudado à cadeira de forma inelutável. Mas agora, se tinha sido sincero, não tem outro caminho senão dar realidade a essas palavras.

Claro que não sou tão ingénuo que pensasse que ele tinha falado verdade. Mesmo independente, ele é político e um político perde um dente sempre que diz uma verdade. Aos políticos como ao réu é permitido dizer o que achar mais favorável à sua causa. Já nos habituaram a esta convicção e, agora, temos que procurar perceber o que está para lá das aparências, do «buff», do engodo, da fumaça, das manobras de diversão. O site na Internet e esta manifestação devem ter saído da mente de Carmona e de alguns amigos, mas demonstram pouca habilidade. Deviam ter pedido explicações aos que se opuseram a Strada nas Filipinas que conseguiram os seus intentos, através de manifestações organizadas e convocadas por SMS.

Isto vem comprovar que os portugueses são muito fracos na arte de governar e nem sequer sabem fazer a baixa política em que passam o tempo, com prejuízo dos cidadãos, os tais que são para eles tão insignificantes como a relva os estádios é para os futebolistas. São pisados despreocupadamente, de qualquer maneira, sem dó nem piedade.

Ler mais...

Histórias do poder autárquico


No Jornal «Metro Portugal» de 7 de Maio, Nuno Rogeiro, sob o título «A Câmara invisível», diz, entre outras coisas, que «sobre a Câmara de Lisboa, a maior do país recai uma suspeição grave de que há uma espécie de câmara invisível ao lado da visível, bem como uma economia paralela. Esta é a história do Poder autárquico em Portugal. Podemos discutir se esse ónus que pesa sobre os autarcas deriva da actual estrutura do Poder local no nosso país, se tem que ver com a natureza humana, com as leis das finanças locais, ou outras questões.
São muitas as razões que se podem assacar, mas a verdade é que há autarquias com problemas nove autarcas estão, neste momento, em situação de arguidos, alguns deles de Câmaras importantes.»


Trata-se de um problema grave e preocupante e s há nove autarcas arguidos, isso pode significar que potencialmente haverá muitos mais sob suspeita. Fazem falta mais cidadãos com a coragem e o patriotismo de Sá Fernandes para ser levantada capa que, por esse país fora cobre muita miséria cívica. A corrupção alastra do fundo ao cimo da hierarquia das autarquias, sendo corrente que, quando se conversa sobre tal tema, não aparecer ninguém que não tenha para contar um mais casos passados com fiscais ou burocratas dos serviços.

E basta observar com um mínimo de atenção para verificar que nenhum autarca se candidata com intenção de se sacrificar pelo bem dos cidadãos mas sim pelo seu interesse pessoal, no mínimo, de vaidade, visibilidade, ostentação de poder. Só assim se compreende a luta renhida para ganharem eleições e o apego ao poder adquirido, que não largam, apesar de fortes suspeitas, insinuações, delações, denúncias, acusações que lhes conspurcam o nome e a fama. Nem é necessário indica nomes.

O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente; é um vício mais difícil de erradicar d que o tabagismo, o alcoolismo ou a toxicodependência e mais perigosos para terceiros, que são vítimas inocentes.

Ler mais...