domingo, 28 de junho de 2009

Sua Excelência traído pelo seu discurso

Tal como o rebanho deve ter os olhos no seu pastor, também a Nação deve prestar muita atenção ao indivíduo que escolheu para seu líder e representante. Não é chamar carneiros aos portugueses, embora alguém os tenha considerado burros, ao serem debatidas as datas das eleições, e embora os governantes só pensem neles quando lhes querem sacar o voto.

Os cidadãos devem observar tudo o que se passa com os candidatos e nada deve ser deixado passar sem ser analisado. Em época dedicada à reflexão cuidadosa para a tarefa de votar responsavelmente, nenhum pormenor deve ser desprezado. Um gesto falhado, uma afirmação fora de cena, pode revelar a verdade que os candidatos pretendem manter oculta, por detrás da máscara ensaiada. Por isso aqui se transcrevem dois pequenos trechos de uma longa carta de um socialista de longa data. Para ler tudo basta clicar no título.

Carta aberta ao primeiro ministro


(…) Permita-me Vossa Excelência duvidar das suas intenções. A minha dúvida tem raiz no discurso de Vossa Excelência.

Nunca fala a favor do povo português, antes debita argumentos mesquinhos, insultuosos, como se lhe tivéssemos passado um cheque em branco.

Sempre um discurso de defesa, nunca a favor de ninguém. O discurso de Vossa Excelência é o que nos faz desconfiar de Vossa Excelência.

(…) Todos temos Vossa Excelência em boa conta, como um homem honesto. Vossa Excelência falha, quando não abona a seu favor.

Quando discursa a promover medidas grosseiras do governo, marketing político para inglês ver (não devia ter dito isto assim, soa a Serious Fraud Office), quando o discurso de Vossa Excelência é um discurso de defesa do seu lugar, da sua posição, do seu poder. Vossa Excelência NUNCA DIRIGIU UMA PALAVRA AO POVO PORTUGUÊS! O seu discurso é reactivo, defende-se afanosamente do que é indefensável.(…)

texto de José M. Barbosa
Publicada por Luis em A Tulha do Atílio.

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