Transcreve-se este pequeno texto do Diário de Notícias, juntando uma nota final.
Fim da crise? Ça dépend!
DN. 090814. Por Ferreira Fernandes
O crescimento foi de 0,3%. Fui ouvir o Governo. Este garantiu que, depois de um ano de recessão, o país "saiu, enfim, da crise." Suspirei de alívio mas, prudente, fui ouvir a Oposição. Esta desmentiu a euforia: "Os 0,3% de crescimento não devem iludir-nos, a crise continua profunda e durável." Sempre pessimistas, estes socialistas... Aqui, soprou-me um leitor: "Desculpe, não quer dizer socialistas, pois não? Os socialistas estão no Governo, não na Oposição." Oh, peço desculpa pela confusão: eu não falava de Portugal!
Os 0,3% a que me referia eram os números de França. Quem anunciou, ontem, o fim da crise foi a ministra da Economia Christine Lagarde (do UMP, partido que corresponde ao nosso PSD); e quem foi pessimista foi Michel Sapin, do PS francês, na Oposição.
Em Portugal, com os mesmos 0,3% de crescimento, as opiniões foram as mesmas, invertendo o que há para inverter. Moral da história: um socialista francês é um PSD português, quando ambos na Oposição; e, quando no Governo, um socialista português é um PSD francês. Então, saímos ou não da crise? Depende. Ou ça dépend.
NOTA: Esta confusão enfatiza muitas dúvidas latentes e sem resposta. Onde estão as ideologias? Onde está a verdade? E o sentido de Estado? E os interesses nacionais? E as medidas que a população espera e merece?
Quando se trata de grandes interesses nacionais, os partidos esmeram-se a mostrar a diferença ‘fictícia’ e ‘forjada’ para iludir o povo mas, ao aprovar a lei do financiamento dos partidos estiveram todos unidos, tal como nas candidaturas de indivíduos sob suspeita e arguidos. Não podemos ter confiança em nenhum deles. Não merecem o nosso voto. Apoiado Rui Zinc pelo movimento que está a impulsionar.
Boas-Festas
Há 1 hora
2 comentários:
Caro João Soares
Isto de estatísticas é complicado. Dizem, e eu concordo, que é a arte de mentir com números.
Por coincidência curiosa, só os psíses que estão em época de eleições é que subiram no crescimento...
E esta hein?
Caro Fernando Vouga,
Nem nisso os nossos políticos foram inovadores!
Imitam as poucas vergonhas lá de fora. A conclusão é que quer se chame a isto democracia ou outra palavra qualquer, é sempre a mesma porcaria, o imperador governa-se sugando o sangue do povo. Os vampiros existem.
Um abraço
João Soares
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