Os domadores de outrora faziam largo uso do chicote e da cenoura para domesticarem os seus animais de trabalho ou de desporto. Hoje em que, para os menos eruditos, ainda o futebol é o modelo de organização e gestão de recursos humanos, continua a haver a chicotada psicológica para os treinadores que não consigam vitórias, os prémios para os goleadores e os «rebuçados» para as claques.
Dada a elevação intelectual da generalidade dos políticos, esses métodos são também usados na governação. Houve o uso do chicote por parte de Margarida Moreira contra o professor Charrua, pelo simples facto de em conversa com colegas ter usado uma palavra menos cortês referida ao PM, e a mesma senhora não tardou muito a receber a cenoura de prémio.
Agora repetiu-se no mesmo ministério a aplicação do mesmo método de premiar a dedicação canina ao sumo líder: Amandina Soares aderiu com muita força e oportunidade à intenção da ministra, contra os seus colegas professores no polémico caso das avaliações e já recebeu o merecido prémio, tendo sido nomeada pelo Governo para integrar o Conselho Nacional de Educação (CNE) , recompensa que está a gerar polémica entre os professores (Ver aqui e aqui).
O CNE é um órgão consultivo, instituído nos anos 80 com o objectivo de ajudar o Governo a tomar decisões. Inclui dezenas de representantes de várias instituições e sete membros nomeados directamente pelo Governo. Armandina Soares está entre os sete novos conselheiros, designados a 14 de Dezembro para um mandato de quatro anos.
Já um autarca de Penalva do Castelo, há alguns anos, dizia: quem está com o Governo come, quem não está com o Governo apenas cheira. O Governo sabe disso e constitui a equipa de apoio, a claque, com os elementos mais submissos, cegamente obedientes, e caninamente fieis.
Porém, seria melhor apoiado se estivesse rodeado de pessoas com personalidade bem definida, inteligentes, que aconselhassem as melhores soluções e alertassem para qualquer má tendência de desvio para soluções perigosas ou menos ajustadas aos objectivos mais consentâneos com os interesses nacionais.
O regresso de Seguro
Há 45 minutos
3 comentários:
Olá, amigo!
Estive ausente uns dias,
por isso passo para deixar cumprimentos.
Um abraço
Querido amigo João,
Esta é a tácita mais vulgar, usada vulgarmente para todos os burros.
Infelizmente tem dado resultado e continuará até que acabem as cenouras e as chicotadas já não façam doer...
Há situações inconcebíveis, impensáveis, mas enquanto resultar vamos ter que assistir a este circo.
Parabéns pelo texto,
Beijos
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