Em reacção a provocação de Manuel Alegre, Fernando Nobre disse várias ideias com muito interesse, em entrevista à Agência Lusa:
"Eu sei que uma certa ou possível candidatura quer lançar um barulho, sobre o qual eu me vou pronunciar pela última vez".
"Embora o meu nome nunca tenha sido citado, é evidente que como só há um candidato assumido, que sou eu, as críticas só podem ser para mim, eu gosto das críticas frontais, directas, porque é assim que trato com as pessoas (...) eu não sou pessoa para ser influenciada por ninguém, penso pela minha cabeça", vincou.
Fez questão de enfatizar que até hoje foi "a única pessoa que se afirmou como candidato" e que "quis fazê-lo às claras".
Fernando Nobre citou "um provérbio africano" que considera "muito instrutivo": "Mais vale ser a cabeça do rato, do que o rabo do elefante".
"Eu sou a cabeça do meu rato, ninguém pensa por mim, desde os 15 anos que conduzo a minha vida, fui sozinho para Bruxelas com 15 anos, num apartamento que o meu pai alugou para mim e assumi o meu destino, não sou pessoa para ser influenciado".
"O povo português saberá julgar quem está aqui para falar de Portugal e quem está aqui naquela postura péssima, de maledicência, eu não vou por aí".
A sua candidatura "não é cheque em branco nenhum" e recomendou a "quem diz que nunca ouviu nenhuma ideia" sua a ler os seus livros. "Estão lá ideias muito bem expressas quanto às causas nacionais", acrescentou.
Disse ter um "pensamento político apartidário, porque quem se ocupa de questões sociais e humanísticas é evidente que faz política, não faz é política partidária".
A noção de "direita, centro ou esquerda" não tem "qualquer cabimento" e esse é um "debate esgotado".
"Eu não me enfeudarei a nenhum partido, vou para Belém livre de qualquer compromisso, a minha candidatura é transversal, é apartidária, eu vou procurar votos em todos os quadrantes da classe política portuguesa, à direita, ao centro e à esquerda".
Sócrates de novo
Há 1 hora
4 comentários:
Querido amigo João,
Já conhece a minha opinião sobre este candidato, para mim o único.
Eu já o conheço, como humanista e não costumo enganar-me muito nas minhas primeiras impressões. Estamos perante o Candidato Nobre.
Oxalá ele consiga, por mim ele será o nosso próximo Presidente.
Beijinhos
Ná
Querida Ná,
Compreendo a sua afeição por ele. Mas, como não é um cidadão conhecido como político, precisa de mostrar valor que o imponha ao comum dos eleitores. Tem muito tempo à frente para dar a conhecer as suas qualidades de cidadão patriota.
À primeira vista, tem qualidades importantes: não está viciado nas manhas da luta inter-partidária, tem mostrado bom senso e, por outro lado, está habituado a pensar nas pessoas, na sua qualidade de vida e na justiça social.
É um individuo que pode dar um impulso para uma nova era da política portuguesa: governar com o povo para o povo, em vez da actual bandalhice de se governarem à custa do povo.
Portugal precisa de responsáveis que não estejam viciados na corrupção, no compadrio, nas cumplicidades, gente nova sem os defeitos que actualmente estão demasiado generalizados.
Veremos o que vai acontecer.
Beijos
João
Admiro Fernando Nobre e respeito-o imenso, mas deve ser mais explicito.
Boa noite.
Amiga São,
Totalmente de acordo. Deve dizer claramente a ideia que faz do cargo a que se candidata, do destino que deseja para Portugal, da vida que os portugueses deverão ter e daquilo que espera poder fazer no melhor sentido.
Sem isso será um voto por simpatia, sem a mínima racionalidade. E desses votos pouco conscientes estamos fartos pelo muito que temos sofrido.
Não basta ser bem intencionado, para ganhar votos também precisa parecê-lo, como acontecia com a mulher de César!
Beijos
João
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