Porém, José Lello, presidente do Conselho de Administração da ‘empresa’, garante que não será um lugar de "enjeitados". Segundo ele, "será uma sala com qualidade, um espaço com luz e com tratamento de ar. Um lugar agradável em que os fumadores não se sintam ali como uns enjeitados". Ou "uns segregados".
Enfim, será apenas um lugar luxuoso para VICIADOS ricos à custa dos contribuintes. Somos um país rico! Dizia o miúdo, mau aluno: quando for grande quero ser deputado e vou ser fumador!!!
E, depois do fumo, até podem aparecer outros vícios de gente sem grandes preocupações sobre assuntos elevados. Mas entretanto vão se ocupando com «as calhandrices» a que se refere o cronista do Jornal de Notícias de hoje. Tricas e conluios e preparação de palavras vazias de sentido mas com efeito sonoro para atrair os distraídos, como a explicação recente do défice com muitas contradições e ausência de lógica.
E, nesse espaço «com qualidade» e «agradável», retardam a receber as «notícias do naufrágio», reforçam a sua ignorância de que há milhares de cidadãos eleitores que não só não têm sala de fumo como nem sequer têm um recanto decente onde descansar o corpo depois de um dia fatigante de procura de trabalho ou de esmola ou de um cigarrito, por favor.
Como podemos esperar boas decisões vindas dos nossos eleitos, se eles são o o que são? Só nos resta a esperança de que o naufrágio a que o Manuel António Pina se refere não seja como o do Titanic, mas sim selectivo, poupando a vida dos que não têm «sala de fumo» e lhes dê melhores perspectivas de vida para o resto da vida.
Senhores deputados, não se esqueçam que os «sem-abrigo» têm uma sala de fumo muito mais ampla e com ornamentação mais variada e natural do que a vossa. Tenho mais respeito e afecto por eles.
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