Há pessoas muito atentas, com bons arquivos e com bom sentido das oportunidades. Depois dos suicídios de um aluno em Mirandela e de um professor em Rio de Moura, o problema da indisciplina nas escolas veio à conversa.
No jornal de Notícias a notícia «Professores não sabem lidar com indisciplina» mostra que a gestão de conflitos nas aulas está nas mãos do docente e que há cada vez mais professores a procurar formação para aprender a lidar com a indisciplina.
Assiste-se a uma "mudança social no relacionamento das pessoas". Perdeu-se a solidariedade e a empatia, a comunicação na sala de aula complicou-se. Nem sempre é assertiva e positiva como deveria ser. No entanto a estrutura escolar não funciona devidamente e «a gestão da disciplina na sala de aulas está nas mãos de quem ensina».
Mas o que queria salientar é a oportunidade com que me foi enviado o seguinte texto, já conhecido de há muito, mas que com interesse:
Educadores mais do que professores – Duas histórias
1ª história
Num liceu no Porto estava a acontecer uma coisa muito fora do comum. Um "bando" de miúdas andava a pôr batom nos lábios, todos os dias, e para remover o excesso beijavam o espelho da casa de banho.
O Conselho Executivo andava bastante preocupado, porque a funcionária da limpeza tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao fim do dia e, no dia seguinte, lá estavam outra vez as marcas de batom.
Um dia, um professor juntou as miúdas e a funcionária na casa de banho e explicou que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam e, para demonstrar a dificuldade, pediu à empregada para mostrar como é que ela fazia para limpar o espelho.
A empregada pegou numa "esfregona", molhou-a na sanita e passou-a repetidamente no espelho até as marcas desaparecerem.
Nunca mais houve marcas no espelho...
2ª história
Numa dada noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste do dia seguinte.
Na manhã seguinte, desenharam um plano para se safarem. Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo. Então, foram ter com o professor da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento na noite anterior e no seu regresso um pneu do carro que conduziam rebentou. Tiveram que empurrar o carro todo o caminho e portanto não estavam em condições de fazer aquele teste.
O professor, que era uma pessoa justa, disse-lhes que fariam um teste-substituição dentro de três dias, e que para esse não havia desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados.
No terceiro dia, apresentaram-se para o teste e o professor disse-lhes com ar compenetrado que, como aquele era um teste sob condições especiais, os três teriam que o fazer em salas diferentes. Os três, dado que tinham estudado bem e estavam preparados, concordaram de imediato.
O teste tinha 6 perguntas e a cotação de 20 valores.
Q .1. Escreva o seu nome ----- ( 0.5 valores). Q.2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste há quatro dias atràs ---(5 valores ). Q.3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou.--( 5 valores). Q.4. Qual das 4 rodas rebentou ------- ( 5 valores ). Q.5. Qual era a marca da roda que rebentou ---- (2 valores). Q.6. Quem ia a conduzir? ------ (2.5 valores).
Há professores e educadores...
Blogue da Semana
Há 2 horas
2 comentários:
Li tudinho e.... amei. O que falta em sala de aula é mestres na arte de amar o que fazem. Precisa saber ser sensível ao apelo do aluno, negociar e sobretudo sabê-lo amar. Abraços criativos
Agradeço as palavras de uma professora que fala com o saber da sua experiência. Porém, admito que tenha de haver da parte do professor autoridade para impor disciplina, condições de ordem que permitam a transmissão de saber. Se os alunos são pessoas em formação, é preciso corrigir o que não contribua para uma boa formação do adulto para que todos caminham.
Por outro lado, a sociedade actual está enferma de vários vícios um dos quais é notado nas escolas e nas famílias, como mostra o post
Pais e filhos ontem e hoje
Cumprimentos
João
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