Transcrição:
O País está a saque, e os traidores reaparecem das cinzas...
Publicado por Fernando Marques em Pulseira Electrónica em 8 de Maio de 2010
Não sou muito de escrever por escrever, não muito de praticar o maldizer, de falar por falar, e com o tema quente das presidenciais, apetece-me falar, apetece-me desmascarar certas individualidades bem conhecidas da nossa praça, figuras públicas, ex-deputados, ex-comunistas, enfim ex-qualquer coisa, desde que dê graveto e poder, e acumular de reformas chorudas. Chamemos-lhe o MA, abreviatura para se ler nas entrelinhas, e deixar a imaginação dos leitores chegar a onde a minha chegou ao ler e ter conhecimentos destes factos que me chegaram às mãos, ou seja, caíram-me na sopa! O candidato assumido da esquerda, não da minha, porque a minha é a verdadeira esquerda, mas o candidato que quer à força toda ser o candidato da esquerda, teve uma prestação lastimosa, vergonhosa e cobarde, aquando da guerra do Ultramar, abandonando mesmo o país, exilando-se em Argel, e provocando com as suas acções a partir daí, traições aos então soldados em combate. Não posso aceitar, que tal alma seja sequer candidato, muito menos presidente.
Extracto de uma troca de e-mails, entre gente bem informada.
"Caro MBC
Junto um texto do AJS que esclarece algumas das tuas dúvidas que - acho eu - o MA escamoteou naquela sessão e conseguiu enganar alguns dos presentes.
Eu também partilho da ideia que pode não ter sido "tecnicamente" desertor, mas foi garantidamente traidor, não somente em relação ao seu País, mas para com os seus concidadãos que lutavam com armas na mão - e alguns certamente morreram por culpa desse MA e seus apaniguados da Rádio Argel.
Mas há uma pergunta prévia: porque é que a PIDE o quis fora da guerra?
Porque houve muitos militantes do PC que foram para a guerra - como o MA - e até se portaram bem, havendo mesmo alguns com cruzes de guerra. E a PIDE, embora mantendo-os debaixo de olho, nunca os prendeu!
Eles cumpriam a sua parte da missão como militantes sintetizada na frase "quanto pior melhor" - querendo com isto dizer que quanto mais o regime se enredasse naquelas guerras, mais depressa cairia, como veio a acontecer.
Num aparte, direi que fala quem sabe pois, durante mais de dois anos (1970-1972), fui chefe da Secção de Contra-informação do QG/RMA e depois QG/CCFAA (quando as 2.ª e 3.ª REP foram transferidas para lá) e muitos processos dessa malta me passaram pela mão.
Outra pergunta é sobre as gravações dessas catilinárias da Rádio Argel. Será que foram destruídas? Por quem? Se não foram, onde estão? Gostava de saber e, se alguém puder informar-me, fico grato.
Outro aspecto é que o MA diz que morreu lá o seu melhor amigo - se calhar é o Sebastião de um dos seus livros. Mas esse não era amigo dele, era ele próprio, em termos literários, o seu alter ego. E também nunca disse qual era a Unidade a que pertenceu, quem era o comandante de Companhia e/ou de Batalhão, que poderíamos confrontar com algumas das suas histórias.
Abraço
RS"
"Caro Alberto,
Concordo com o espírito implícito neste texto e no comentário de Carlos Frade. Porém, segundo me informaram, o poeta não é desertor nos termos rigorosos do Código de Justiça Militar, porque fugiu para Argel depois der ter passado à disponibilidade, o que aconteceu prematuramente, por decisão do Exército para deixar a Pide agir mais à vontade em consequência de actos menos patrióticos por ele levados a cabo.
Porém, além de fugir da prisão, deixar o país daquela forma em período difícil para os seus amigos do mesmo grupo etário, pode permitir que se diga que desertou do País. Por outro lado e mais grave, foi para Argel lutar de microfone na mão contra os milhares de portugueses que estavam em guerra no Ultramar e muitos não teriam morrido se ele não tomasse tais atitudes. Logo, foi um traidor à Pátria, aos seus compatriotas, independentemente do regime da época.
Nenhum português (com dignidade) que teve familiares a combater no Ultramar, principalmente os familiares daqueles que lá perderam a vida, deve votar nele. É preferível entregar o voto em branco, se não gostar dos outros candidatos.
Um traidor não pode ocupar a cadeira de PR!!!
AJS
Sendo esta a qualidade de quem nos quer representar no mais alto cargo da nação, e eu que fui militar, ainda que não passei da escola de cabos e em período de paz, talvez não saiba o que é a guerra felizmente, tive gente na família, que viveu esse tempo, mobilizada para o Ultramar, que por sorte regressaram sãos e salvos, viram tombar em combate, amigos e companheiros de combate, jamais me passaria pela cabeça, após o juramento que prestei, trair o meu país e os meus compatriotas. Não posso, não podemos aceitar, que um traidor seja o comandante supremo das Forças Armadas.
@Pulseira Electrónica
Fernando Marques
Publicado por Fernando Marques em Pulseira Electrónica em 8 de Maio de 2010
Não sou muito de escrever por escrever, não muito de praticar o maldizer, de falar por falar, e com o tema quente das presidenciais, apetece-me falar, apetece-me desmascarar certas individualidades bem conhecidas da nossa praça, figuras públicas, ex-deputados, ex-comunistas, enfim ex-qualquer coisa, desde que dê graveto e poder, e acumular de reformas chorudas. Chamemos-lhe o MA, abreviatura para se ler nas entrelinhas, e deixar a imaginação dos leitores chegar a onde a minha chegou ao ler e ter conhecimentos destes factos que me chegaram às mãos, ou seja, caíram-me na sopa! O candidato assumido da esquerda, não da minha, porque a minha é a verdadeira esquerda, mas o candidato que quer à força toda ser o candidato da esquerda, teve uma prestação lastimosa, vergonhosa e cobarde, aquando da guerra do Ultramar, abandonando mesmo o país, exilando-se em Argel, e provocando com as suas acções a partir daí, traições aos então soldados em combate. Não posso aceitar, que tal alma seja sequer candidato, muito menos presidente.
Extracto de uma troca de e-mails, entre gente bem informada.
"Caro MBC
Junto um texto do AJS que esclarece algumas das tuas dúvidas que - acho eu - o MA escamoteou naquela sessão e conseguiu enganar alguns dos presentes.
Eu também partilho da ideia que pode não ter sido "tecnicamente" desertor, mas foi garantidamente traidor, não somente em relação ao seu País, mas para com os seus concidadãos que lutavam com armas na mão - e alguns certamente morreram por culpa desse MA e seus apaniguados da Rádio Argel.
Mas há uma pergunta prévia: porque é que a PIDE o quis fora da guerra?
Porque houve muitos militantes do PC que foram para a guerra - como o MA - e até se portaram bem, havendo mesmo alguns com cruzes de guerra. E a PIDE, embora mantendo-os debaixo de olho, nunca os prendeu!
Eles cumpriam a sua parte da missão como militantes sintetizada na frase "quanto pior melhor" - querendo com isto dizer que quanto mais o regime se enredasse naquelas guerras, mais depressa cairia, como veio a acontecer.
Num aparte, direi que fala quem sabe pois, durante mais de dois anos (1970-1972), fui chefe da Secção de Contra-informação do QG/RMA e depois QG/CCFAA (quando as 2.ª e 3.ª REP foram transferidas para lá) e muitos processos dessa malta me passaram pela mão.
Outra pergunta é sobre as gravações dessas catilinárias da Rádio Argel. Será que foram destruídas? Por quem? Se não foram, onde estão? Gostava de saber e, se alguém puder informar-me, fico grato.
Outro aspecto é que o MA diz que morreu lá o seu melhor amigo - se calhar é o Sebastião de um dos seus livros. Mas esse não era amigo dele, era ele próprio, em termos literários, o seu alter ego. E também nunca disse qual era a Unidade a que pertenceu, quem era o comandante de Companhia e/ou de Batalhão, que poderíamos confrontar com algumas das suas histórias.
Abraço
RS"
"Caro Alberto,
Concordo com o espírito implícito neste texto e no comentário de Carlos Frade. Porém, segundo me informaram, o poeta não é desertor nos termos rigorosos do Código de Justiça Militar, porque fugiu para Argel depois der ter passado à disponibilidade, o que aconteceu prematuramente, por decisão do Exército para deixar a Pide agir mais à vontade em consequência de actos menos patrióticos por ele levados a cabo.
Porém, além de fugir da prisão, deixar o país daquela forma em período difícil para os seus amigos do mesmo grupo etário, pode permitir que se diga que desertou do País. Por outro lado e mais grave, foi para Argel lutar de microfone na mão contra os milhares de portugueses que estavam em guerra no Ultramar e muitos não teriam morrido se ele não tomasse tais atitudes. Logo, foi um traidor à Pátria, aos seus compatriotas, independentemente do regime da época.
Nenhum português (com dignidade) que teve familiares a combater no Ultramar, principalmente os familiares daqueles que lá perderam a vida, deve votar nele. É preferível entregar o voto em branco, se não gostar dos outros candidatos.
Um traidor não pode ocupar a cadeira de PR!!!
AJS
Sendo esta a qualidade de quem nos quer representar no mais alto cargo da nação, e eu que fui militar, ainda que não passei da escola de cabos e em período de paz, talvez não saiba o que é a guerra felizmente, tive gente na família, que viveu esse tempo, mobilizada para o Ultramar, que por sorte regressaram sãos e salvos, viram tombar em combate, amigos e companheiros de combate, jamais me passaria pela cabeça, após o juramento que prestei, trair o meu país e os meus compatriotas. Não posso, não podemos aceitar, que um traidor seja o comandante supremo das Forças Armadas.
@Pulseira Electrónica
Fernando Marques
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