O consumismo aparece com muitas roupagens desde o cidadão vulgar até aos mais poderosos estadistas, se lhes faltar capacidade de discernimento quanto aos factores a ter em conta antes de qualquer decisão. Não deviam esquecer-se de que é indispensável Pensar antes de decidir. Muita gente corre a comprar um artigo que acaba de ser lançado no mercado, sem ver se lhe é minimamente útil, outras vão ao supermercado para comprar arroz e vêm de lá com um carro de compras cheio de coisas que acabam por, alguns dias depois, ir para o lixo por não terem o mínimo interesse.
Agora a notícia Maioria dos radares em Lisboa só serve para assustar diz que «(…)O sistema de detecção de veículos em excesso de velocidade instalado na cidade de Lisboa, em 2007, está reduzido, há mais de um ano, às suas funções dissuasoras. A componente repressiva que lhe estava associada, através da aplicação das multas previstas no Código da Estrada, foi posta de parte pela Câmara de Lisboa, por incapacidade material de tratar a informação recolhida pelos radares.»
Para quem é incompetente é fácil decidir esbanjar o dinheiro público em maquinarias modernas mesmo que não venham a ter utilidade para o bem comum, mas é muito mais difícil organizar um sistema simples mas eficaz, para o fim em vista. Parece que, ao comprarem os radares, não faziam a mínima ideia da utilidade que iriam ter, como iriam ser utilizados, com realismo e eficácia, mas, provavelmente, tinham a atenção apenas centrada no negócio inovador e, eventualmente, na «atenção» do fornecedor!
O Radar é uma peça de um conjunto de factores cujo funcionamento devidamente conjugado iria proporcionar um resultado para uma finalidade que deveria estar previamente bem definida. Tudo leva a crer que os gestores do dinheiro público, não resistiram à oferta publicitada de um aparelho inovador com que iriam obter fins pouco definidos e inconfessados, mas sem fazerem ideia do sistema que viria a ser necessário organizar para utilizar com eficácia a nova ferramenta.
Este facto não será provavelmente filho único e haverá muitos outros exemplos de incapacidade para organizar e gerir, de forma racional e económica, os recursos nacionais, o dinheiro dos impostos (cada vez mais elevados, para fazer face a tanto desperdício).
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