domingo, 22 de agosto de 2010

Lobo Antunes teme os militares que ofendeu

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

António Lobo Antunes falta a iniciativa em Tomar por "razões de segurança"
Expresso. 21.08.2010


Tomar, Santarém, 21 ago (Lusa) - O escritor António Lobo Antunes faltou hoje a uma iniciativa onde estava prevista a sua presença, alegando "razões de segurança" depois de ter sido publicamente ameaçado de violência física por um grupo de militares reformados, explicou fonte da organização.

Segundo Manuel Faria, vice-presidente executivo da entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e um dos promotores do iniciativa, o escritor cancelou hoje a sua vinda a Tomar onde estava previsto passar um fim de semana de férias e estar presente hoje à noite numa conversa com leitores num café da cidade.

Lobo Antunes terá justificado a ausência com o facto de temer pela sua segurança após ter lido hoje uma notícia do semanário Expresso em que o referido grupo de oficiais reformados admite "dar um par de murros em público" e "ir ao focinho" do escritor.

NOTA: A violência física entre pessoas é coisa a evitar em ambiente civilizado. Porém, a violência da calúnia, da mentira, das fantasias de ficção apresentadas como verdades que, usando um discutível conceito de «liberdade literária», deturpam a boa imagem, a honra e o sentido de civismo dos indivíduos que cumpriam um dever que lhes foi imposto para defesa de populações e do País, não pode ser um acto violento a aceitar impavidamente e que fique sem castigo.

E o castigo, num País onde a Justiça é de tal forma ineficaz que os próprios agentes superiores se debatem publicamente, sobre o seu mau funcionamento, só pode ser levado a cabo por indivíduos que não queiram morrer amordaçados e ter de aceitar injúrias de indivíduos sem escrúpulos como é tal escritor.

A ele só resta a confissão pública de que aquilo que escreveu em livro contra os militares com quem esteve em Angola era mera fantasia e não correspondeu minimamente à realidade, e que não quer de qualquer forma prejudicar a memória do falecido Ernesto Melo Antunes e dos militares que com ele serviam.

Imagem da Net.

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Esta criatura, que escreve livros chatos que ninguém percebe (para se armar em intelectual), anda sempre atrás do seu rival Saramago. E escreveu um livro bombástico para criar polémica e assim vender os livrinhos. Porém, para parecer original, em vez de atacar a religião, atacou as F.Armadas, porque que sabe que elas não têm voz nem ninguém que as defenda. Enfim, uma "cobardice" reles.
Sou contra a violência (escrita ou física), mas que merece ums tabefes, merece!

A. João Soares disse...

Caro Fernando Vouga

Gosto da segunda metade do comentário. A Instituição FA não tem quem a defenda, nem na sua cúpula nem no patrão Estado. Por isso uns tabefes ficarão bem «Como dizia o actual MDN, «é preciso malhar» nestes tipos atrevidos, O povo tem que aprender a defender-se de tantos «inimigos» e lá dizia o sábio antigo «o ataque é a melhor defesa».

No Sempre Jovens, por motivo do terceiro aniversário, há um vídeo que contém o seu nome. Será muito apreciado um comentário seu.

Abraço
João
Sempre Jovens