quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bons Gestores precisam-se


Transcrição de texto recebido por e-mail do amigo DRF seguido de um seu comentário e de uma NOTA:

A fuga das galinhas
Por Joana Amaral Dias em Abril de 2010

Um gestor vale mais do que quem salva vidas e cria (vários tipos) de riqueza como um médico ou um cientista? Qual é o dom especial que possuem para que ganhem muito mais que todos os outros? Não se sabe. Mas essa ignorância não altera os rendimentos.

Mesmo que os resultados empresariais derivem de uma extensa cadeia. Mesmo que todas as empresas devam ter um papel social. Pois é. Os nossos trabalhadores são dos mais mal pagos da Europa, mas os gestores são dos mais bem pagos.

Um gestor alemão recebe dez vezes mais que o trabalhador com o salário mais baixo na sua empresa. O britânico 14. O português 32.

Mas, segundo um estudo da Mckinsey, Portugal tem dos piores gestores. Logo, quando se fala em reduzir direitos e salários, a quem nos devemos referir? Lógico? Não. Dizem que os bons gestores escasseiam e é necessário recompensá-los. Senão, fogem do país. Ok. Então, é simples. Se são assim tão poucos, ide. Não serão significativos na crescente percentagem de fuga dos cérebros que estavam desempregados/explorados.

Depois, contratem-se gestores alemães ou ingleses. Por lá, não rareia tanto a qualidade. Estão habituados a discutir não só ordenados mínimos como ordenados máximos. E sempre são mais baratinhos.

Joana Amaral Dias, Docente universitária

Comentário:
(…) Infelizmente não vejo que seja possível, no momento actual em Portugal, repôr justiça nos ganhos dos gestores, sem recurso à violência.


Particularmente no caso daqueles que estão lá, não por mérito ou competência, mas apenas por amizades e cumplicidades políticas. E tudo leva a crer que são muitos...


Um "bravo" ao texto da Joana Amaral Dias. E um forte desejo de que apareçam as pessoas certas para, exclusivamente por via democrática, salvarem Portugal que está tão mal entregue e a atravessar uma fase tão difícil.
DRF

NOTA: O ideal será que tudo decorra de forma pacífica, o que se apresenta pouco provável e, nesse caso, seria preferível pequenas operações cirúrgicas individuais do tipo Indira Gandhi para que os outros mudem de rumo, seguindo normas mais consentâneas com a ética da cidadania em benefício dos interesses nacionais. Oxalá tudo se resolva depressa para bem de Portugal a caminho do desenvolvimento em todos os aspectos.


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