No meio das nuvens escuras que nos retiram as mínimas esperanças de um futuro melhor, surgem por vezes raios de luz que nos dão algum ânimo para não entrarmos em desespero fatal. Agora aparece a notícia de que a Comissão Europeia multa em 800 milhões de euros onze companhias aéreas por cartel, o que é um bom sinal e de que se espera repercussão noutros sectores como no caso das instituições financeiras causadoras da actual crise.
Mostra que a UE já passou a estar atenta à economia e aos seus abusos. Se tal atenção tivesse sido dada ao mau funcionamento do sistema financeiro, poderia ter sido evitada a crise. É forçoso que haja uma fiscalização eficiente de todas as actividades que afectem os consumidores e os contribuintes, para evitar abusos de todo e qualquer poder - político, económico, financeiro ou outro - e exigir responsabilidades pessoais aos prevaricadores. Não basta sancionar empresas e instituições, mas é imperioso ir ao bolso dos prevaricadores responsáveis para que deixe de haver actos imorais e impróprios de uma sociedade evoluída e pacífica.
Penalizações aplicadas aos que abusaram do seu cargo, ou prestaram menos dedicação ao desempenho das suas tarefas, constituirão um factor de dissuasão e uma garantia de que o sistema, que a todos afecta, passará a funcionar de forma mais consentânea, com uma vida social mais pacífica e produtiva para felicidade de todos e maior justiça social.
Esperemos que não seja um caso isolado e que o futuro seja mais justo e digno.
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