quinta-feira, 17 de março de 2011

Confissão do saque aos portugueses

Como é noticiado, o Governo gaba-se de que Governo atinge superavit histórico de 836 milhões de euros até Fevereiro à custa de saque, por formas diversas, ao bolso dos contribuintes e aos beneficiários da segurança social e de outros serviços públicos como saúde, ensino, etc.

Se o Excelentíssimo Governo desejar, poderá elevar esse superavit a valores muito mais altos. Imaginemos que decide expropriar todas as contas bancárias dos portugueses e todos os seus haveres, a contabilidade mostrará de imediato que o superavit ultrapassa todas as expectativas orçamentais. E o PM poderá gabar-se junto da UE ou do tão citado «mercado» da sua alta competência de ter ultrapassado a crise.

No entanto, passados poucos dias, morrerão à fome todos os portugueses e se algum teimar em sobreviver com água e ervas, ser-lhe á aplicada a eutanásia referida por Almeida Santos no congresso partidário em Espinho. Ficará apenas o PM e o seu bando, o todo poderoso Rei do deserto. Senhor de tudo e de nada. Mas não se iludam com os vossos sonhos fantasiosos e irreais, porque deixarão de ter motoristas, secretárias, empregadas da limpeza e de quem lhes trate da roupa, da alimentação e da TV que lhes permita fazer discursos de auto-elogio e de culpabilização da oposição. Definharão durante poucos dias vítimas da vossa sede de grandeza e do desprezo com que trataram os portugueses.

Na medida em que continuam a existir os cancros referidos em dezenas de institutos públicos que podem ser extintos ou alvo de fusões, e tendo o superavit sido devido principalmente ao esforço compulsivo dos portugueses acima das suas possibilidades, o que está a entravar a evolução positiva da economia, não pode realmente esperar-se uma subida sustentada do superavit, sem que haja um colapso irremediável da vida em Portugal.

Já que o Governo não se mostra atento e interessado no que se passa no País real, mas apenas aos números frios da contabilidade, será oportuno que a oposição se una para salvar o País, com um protocolo que permita a união de esforços para reorientar a vida nacional no sentido mais positivo.

Imagem do Google

2 comentários:

Magno disse...

Um país que trata mal o seu povo!
Um País de memoria curta, pois já não se lembra de quem lhe faz mal...
Soluções sempre as tivemos apenas temos medo de perder previlégios que não existem...
Antes trabalhar no estado e ter um cargo hierarquico era um voto de responsabilidade e seriedade, e visto como um serviço público...
Hoje trabalhar no estádo com cargos de responsabiliade é visto como uma boa forma de ganhar dinheiro e ter estabilidade financeira não interessando sobre quem se pisa e quais os meios ao dispor para se alcançar determinado objectivo...
Os resultados estão à vista....

A. João Soares disse...

Caro Magno,

Há muita promiscuidade entre os empresários que têm negócios com o Estado e os governantes e autarquias, não só os que negoceiam e assinam os contratos, mas também os traficantes de influências que ajudam a preparar as decisões. Não foi por acaso que João Cravinho tentou criar legislação para reduzir a burocracia e o enriquecimento ilícito. Já se passaram anos e ainda não se viram resultados. Nenhum, salvo eventuais excepções, se mostra interessado em tal legislação. Porquê? Provavelmente porque já é corrupto ou espera vir a sê-lo!!!

As instituições a que se refere o segundo link do texto continuam a existir e, para as alimentar, são exigidos mais sacrifícios aos portugueses e já está na calha o PEC IV. E outros PECs terão de vir porque a ambição dos «boys e girls» é insaciável. E ninguém está com coragem e vontade para sanear esta podridão.

Um abraço
João
Do Miradouro