O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, nomeou dois assessores com um estatuto remuneratório equiparado a director-geral, ou seja, irão receber um salário mensal bruto de 3.892,53 euros.
Estamos perante a certeza de que a bagunça continua, apesar de o ministro Álvaro ter mostrado consciência da conveniência de tornar a Administração Pública forte e eficaz.
Transcrevo um texto seu citado em Destruição Nacional 2ª vaga «o Estado [no Canadá] funciona tão bem porque têm uma administração pública muito forte. Não interessa qual é o governo que lá está, estão a servir o Estado. É o que temos que fazer em Portugal: acabar com o compadrio, o favoritismo político e a partidocracia. Defendo que todos os salários das pessoas que trabalham para empresas públicas, institutos, devem ser publicados na internet, deve haver o acesso total a essa informação. Transparência total para que as pessoas tenham menos suspeição em relação ao Estado.»
É mais um caso da contradição entre o que é dito na oposição e depois de estar na cadeira do poder. Será que o poder impede o discernimento e a actuação segundo os melhores princípios e valores?
Com este compadrio e amiguismo exageradamente remunerado aos «especialistas», «boys» ou «assessores» correm o risco de desmotivar os directores-gerais que subiram a pulso aos cargos de superior responsabilidade, pelo valor demonstrado no desempenho na carreira. E malbaratam o dinheiro público em benefício de amigos e compadres.
Continuam válidas as interrogações aqui deixadas há dias.
Agora os «boys» chamam-se «especialistas»?
PORTUGAL, para onde te levam???
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