Tudo tem limites e já há super-ricos a pensar na crise e no escandaloso fosso entre os mais ricos e os mais pobres e que “se os ricos não fizerem nada agora, terão o antagonismo do público nos próximos anos”. Nessa ordem de ideias, Warren E. Buffett pediu “Parem de mimar os super-ricos”. Entretanto também George Soros considera que a Europa está em perigo. Depois 16 super-ricos franceses reúnem-se e concordam declarar que querem pagar mais impostos.
Aproveitando esta maré de vontade de melhorar a «justiça social», o primeiro-ministro da França, François Fillon, vai apresentar hoje um plano de austeridade que não poupará ninguém e deverá afectar sobretudo os mais ricos, na sequência do conhecido um apelo de 16 milionários franceses no sentido de os ricos contribuírem mais para as finanças públicas.
Sem fins publicitários mas apenas como homenagem a estes 16 franceses que quebraram todos os mitos da ambição imparável e deram um passo de inusitada generosidade, reproduz-se a lista destes pioneiros de uma nova era:
- Jean-Paul Agon, presidente executivo da L’Oréal;
- Liliane Bettencourt, accionista da L’Oréal;
- Antoine Frérot, presidente executivo da Veolia Environnement;
- Denis Hennequin, presidente executivo da Accor;
- Marc Ladreit de Lacharrière, presidente da Fimalac;
- Maurice Lévy, presidente executivo da Publicis;
- Christophe de Margerie, presidente executivo da Total;
- Frédéric Oudéa, presidente executivo do banco Société Générale;
- Claude Perdriel, presidente do conselho de supervisão do Nouvel Observateur;
- Jean Peyrelevade, presidente da Leonardo & Co France;
- Franck Riboud, presidente executivo da Danone;
- Stéphane Richard, presidente executivo da Orange;
- Louis Schweitzer, presidente da Volvo e da AstraZeneca;
- Marc Simoncini, presidente da Meetic e fundador da Jaïna Capital;
- Jean-Cyril Spinetta, presidente da Air France-KLM, e do conselho de supervisão da Areva;
- Philippe Varin, presidente da PSA Peugeot Citroën.
E por cá? O último sinal dos ricos foi a notícia Soares dos Santos defende redução do IRS e IRC e aumento do IVA que ainda não foi adaptada à corrente actual atrás referida.
Imagem do Google
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Super-ricos franceses querem pagar mais impostos
Posted by A. João Soares at 16:48
Labels: justiça social, patriotismo, sensatez
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2 comentários:
Caro João Soares
Fiquei comovido até às lágrimas. Tudo porque não há memória de os poderosos cederem um mínimo do seu poder sem ser à força (ia-me esquecendo de cedilha...).
Mas há um pequeno senão: essa gente tem o dinheiro a salvo e a maior parte do seu património está lá fora.
É tudo para inglês ver!
Varo Vouga,
Inteiramente de acordo, mas há um outro factor, de prevenção de evitar o mal maior.
Transcrevo um comentário que fiz noutro blog a este post:
Os ricos, salvo raríssimas excepções, não estão habituados a ser generosos, mas apenas a orientar as suas atitudes em função de mais lucro, mais acumulação de riqueza. Para isso, desenvolveram uma esperteza indomável.
Porquê então esta ostentação de caridade, de generosidade? A resposta parece simples: eles olham para o Norte de África e Médio Oriente e vêm que o povo começa a acordar, os escravos deixaram de ser ovelhas dóceis e a revolta está prestes a invadir a Europa, já tendo havido vários sinais que são avisos ou precursores. Nessas condições, pensam que “se os ricos não fizerem nada agora, terão o antagonismo do público nos próximos anos” e, depois, o seu prejuízo pode ser total ou, pelo menos, incomensuravelmente maior do que a actual pequena generosidade.
Estão a jogar em benefício próprio, como é seu timbre, para evitar males maiores.
Mas temos que reconhecer que Bill Gates e Warren Buffett, há poucos anos, doaram metade da sua fortuna a obras de caridade e apoio social. Ainda os há com bom coração...
Por cá, temos uns frutos degenerados que repudiam qualquer ética, moral ou vergonha. O mais rico de Portugal até argumenta que não é rico mas um simples trabalhador, bem pago!!!
Estão a merecê-las!!! Não aprendem com o Egipto, a Tunísia, a Líbia, etc. Depois pouco lhes restará, provavelmente, nem as fortunas no off-shore...
Um abraço
João
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