Transcrição de dois artigos de Dinheiro Vivo:
António Barreto: «Não fosse a Troika alguns números das contas públicas não eram conhecidos»
14/09/2011 | 09:46 | Dinheiro Vivo
"Não fosse a Troika alguns dos números das contas públicas não eram conhecidos."
A afirmação é de António Barreto ontem durante o debate promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), sobre a Sociedade do Conhecimento em Portugal. Um retrato social.
Numa defesa do acesso à informação, o sociólogo, que lidera actualmente a Fundação Francisco Manuel dos Santos, considera que "a informação é a alma do negócio. A partilha da informação é a alma do negócio. Quem pensa que o segredo ainda é a alma do negócio está enganado", afirma. "Se até com o analfabetismo estamos a acabar. Até com a tuberculose estamos a acabar. Por que é que não se acaba com o segredo de Estado?"
Para o sociólogo, os casos do TGV e do novo aeroporto são exemplos da "opacidade do Estado", uma vez que "se os estudos [destes projectos] tivessem sido conhecidos desde o início" não se tinha assistido a tantos reveses nas decisões políticas.
Barreto também não se mostrou particularmente entusiasmado com o projecto Magalhães que, mais do que um factor de promoção do conhecimento, classificou de um "desígnio político".
Francisco Pinto Balsemão, que à margem do encontro optou por não falar com os jornalistas, despoletou a discussão em torno do papel dos media e do serviço público e, já agora, sobre a privatização da RTP.
"Pessoalmente sou favorável a um serviço público de televisão" foi a declaração de intenções inicial de António Barreto e, embora, considere que o actual serviço público não cumpre na íntegra as suas obrigações, "não gostaria que a RTP fosse no banho com o bebé", numa alusão à privatização.
António Barreto: "Acordo com troika deveria durar seis anos"
03/09/2011 | 15:17 | Dinheiro Vivo
O sociólogo considera que o memorando de entendimento entre Portugal e a troika "foi excessivo no prazo"
António Barreto afirmou esta tarde que o programa de ajustamento da troika deveria ter um prazo mais longo de aplicação, de forma a torná-lo "menos violento" para a sociedade portuguesa.
"O acordo entre Portugal e a troika foi excessivo no prazo. Poderia ter sido feito em cinco ou seis anos. O programa teria efeito e seria menos violento para a sociedade se fosse aplicado com mais tempo", afirmou o sociólogo, na Universidade de Verão do PSD.
António Barreto avisou também que a possibilidade de convulsões sociais é uma realidade. "Não é para amanhã, mas essa possibilidade existe", defendeu, argumentando que isso só ainda não aconteceu porque "as pessoas estão com medo de perderem o emprego e perderem o pão."
NOTA: A acção da Troika também veio levantar o véu das contas escondidas da Mdeira , como se pode ler no seguinte artigo (linK)
Alberto João Jardim arrisca multa máxima de 25 mil euros
17/09/2011 | 00:14 | Dinheiro Vivo
«Governo Regional “omitiu” 1,68 mil milhões de euros, mas as multas máximas aplicáveis aos responsáveis são uma fracção mínima desse valor» (...)
sábado, 17 de setembro de 2011
Sem a troika, nunca se saberia
Posted by A. João Soares at 11:09
Labels: dúvidas, segredo, transparência
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3 comentários:
Um vídeo que merece a nossa atenção. Em particular de quem cursa economia.
cumprimentos
Recado de Maria da Conceição Tavares para os jovens economistas
http://www.youtube.com/watch?v=FebPPRNtBAU
Apesar de anónimo que não deixou uma pista para o identificar, agradeço a atenção do envio do endereço do vídeo que já coloquei ao dispor dos visitantes deste espaço.
É uma lição clara e objectiva para os governantes que se preocupam com os euros e esquecem as pessoas. Colocam a vil matemática com os tais 400 modelos que nunca acertam, acima das pessoas, da preocupação em tornar o país mais homogéneo, mais justo e mais igualitário.
Gostava que os nossos políticos nos dissessem o que pensam da democracia, além das eleições em que o voto é igual.
Cumprimentos
João
Caro João Soares,
os políticos são produto da sociedade actual. Consumista. Interesseira. Com falta de humanismo e verdadeira solidariedade apesar de falarem muito.
Eu sou o mesmo de sempre.
Cumprimentos
MR
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