quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Equidade fiscal é imposição ética

Transcrição de notícia que vem ao encontro de posts recentes aqui publicados:

Cavaco Silva: corte dos subsídios é a “violação de um princípio de equidade fiscal”
Público. 19.10.2011 - 10:52 Por Ana Rita Faria

Corte salarial para grupos específicos é “um imposto”

“Mudou o Governo, mas eu não mudei de opinião”, afirmou hoje o Presidente da República, contestando a eliminação dos subsídios de férias e de Natal para funcionários públicos e pensionistas, que vê como a “violação de um princípio de equidade fiscal”.

Cavaco Silva avisou ainda que o Governo já está no limite dos sacrifícios que pode pedir aos portugueses e que pode mesmo já ter pisado o risco no caso dos pensionistas.

Em declarações à imprensa à saída do 4º Congresso Nacional dos Economistas, que começou hoje em Lisboa, Cavaco Silva respondeu às questões dos jornalistas sobre como via a eliminação dos subsídios de férias e Natal, nos próximos dois anos, para funcionários públicos e pensionistas, dizendo: “Mudou o Governo mas eu não mudei de opinião.”

Para Cavaco Silva, esta medida é uma “violação de um princípio básico de equidade fiscal”, ou seja, a mesma opinião que o Presidente exprimiu quando o anterior Governo socialista decidiu cortar os vencimentos da função pública entre 3,5% e 10%, este ano.

“Os livros ensinam quais são os princípios básicos de equidade fiscal”, ironizou Cavaco Silva, dizendo que um corte salarial para grupos específicos é “um imposto”.

“Há limites para os sacrifícios que podem ser pedidos”

O Presidente da República voltou hoje a reiterar uma ideia que já tinha expressado durante o anterior Governo, dizendo que “há limites para os sacrifícios que podem ser pedidos aos portugueses” e admitindo mesmo que, “neste momento, pelas situações dramáticas que nos chegam à Presidência da República todos os dias, receio que possamos estar no limite e, no caso dos pensionistas, não sei mesmo se já não foi ultrapassado”.

Cavaco Silva apelou, por isso, a que haja “um debate aprofundado” sobre as propostas do Governo para o Orçamento do Estado de 2012 na Assembleia da República, e que os deputados possam dar o seu contributo para melhorar o orçamento do próximo ano.

Imagem de arquivo

3 comentários:

A. João Soares disse...

Sobre este tema tem interesse a notícia seguinte:

Cavaco Silva: é preciso evitar que a sociedade sinta que a distribuição dos sacrifícios é “injusta”

Anónimo disse...

Ah ah ah! o comentário anterior é uma anedota?Dito por aquele que gerou as diferenças só pode ser para rir. quem foi que aumentou a sua banda governamental em 51%? Então o que se passou também com a riqueza do seu traste que tem uma reforma de €800 e milhões em contas bancárias.. Vieram-lhes dos ordenados de professores honestos? Então a pndilha da sua banda governamental, não enriqueceu toda do roubo dos fundos de coesão e não passaram a ter ordenados escandalosos? Que engula os seus próprios conselhos.

A. João Soares disse...

Anónimo,

Há quem defenda a actuação dos tribunais contra ex-políticos, à semelhança de países mais evoluídos em aspectos éticos. A crise não nasceu agora inesperadamente. Vem desde 25 de Abril. Onde estão as toneladas de ouro então existentes nas caves do Banco de Portugal? Que foi dfeito com os dinheiros que vieram da CEE? quem começou a gerar buracos por todo o lado, quem apoiou o Jardim cobrindo os seus sucessivos défices?, quem foi conivente com BCP, BPN, BPP, CGD? Quem permite que o administrador da CGD receba mais do que a Chistine Lagarde do FMI? Quem permite que o Presidente do BdP receba mais do que o seu congénere dos EUA?, etc. etc.