sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vontade do povo resiste às armas

É antigo o dito «querer é poder» e os acontecimentos das últimas décadas mostram bem que o povo, quando tem vontade partilhada colectivamente e quando está estruturado com uma organização social assumida na generalidade, consegue sobreviver a acções militares de grande intensidade. Aconteceu no Vietname, em grande parte das antigas colónias, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e estará prestes a concretizar-se na Síria e no Iémene.

A notícia «Ao fim de dez anos de guerra afegãos já não duvidam do regresso dos taliban»" em que é afirmado que «a única maneira de pôr fim à luta contra os taliban é trazê-los para o poder e mandar os estrangeiros embora", insiste Muttawa (kilWakil Ahmad Muttawakil, ex-braço direito do líder dos taliban, mullah Omar) numa entrevista à Reuters na sua casa de Cabul. Além disso, acrescenta, a insegurança e a imoralidade floresceram desde que as tropas lideradas pelos Estados Unidos derrubaram o regime dos "estudantes de teologia" em Cabul.

Este e outros casos deveriam ser bem meditados pelas grandes potências antes de decidirem a guerra, que muitas vezes surge por pressão dos magnates do «complexo industrial militar» a que se referiu Eisenhower depois de sair da Presidência dos EUA..

Imagem do Google

4 comentários:

Anónimo disse...

E em Portugal?

"O Estado decidiu multar em 2,8 milhões de euros o Hospital de Braga. É a maior sanção de sempre desde o início da parceria público-privada. As sucessivas coimas aplicadas por incumprimento do contrato de gestão já ultrapassam os 4,5 milhões de euros.

A multa resulta da soma de várias irregularidades detectadas no segundo trimestre de 2011. Essas falhas, noticiadas pelo JN no início de Setembro, dão agora origem a nove coimas num total de 2, 8 milhões de euros. Antes, o Hospital já tinha sido alvo de quatro multas no total de 1,7 milhões. Ainda nenhuma foi paga. O litígio está a ser moderado pela Entidade Reguladora de Saúde."

Vamos bem
Cumprimentos

A. João Soares disse...

Caro anónimo,

Este comentário traz o aspecto positivo de ver que o Poder está a sancionar os erros cometidos na gestão pública. É um bom passo em frente se vier a ser julgado seriamente em tribunal, mas nisso já não podemos ter tanto optimismo como se tem visto em casos como as declarações falsas sobre as habilitações académicas do antigo PM, o Freeport, o Aterro Sanitário da Cova da Beira, as facturas falsas, a Face Oculta, o BPN, o BCP, o Isaltino, o Vara, o Jardim.
Há muita imunidade e impunidade.
Precisamos de Justiça como a da Islândia

E não podemos menorizar o aspecto negativo naquilo que relata de o dinheiro público e os interesses dos cidadãos estarem a ser mal geridos e descontrolados ao ponto de alcançarem tantos milhões de euros quando a maioria dos beneficiários do Hospital e contribuintes se debatem a contar os cêntimos na sua vida diária.

Neste momento em que os responsáveis políticos não podem errar, o povo tem que os alertar das suas responsabilidades e denunciar as fraquezas a fim de serem remediadas e de evitarem insistir nos vícios e manhas do passado, que nos arrastaram para a actual crise não apenas financeira mas, principalmente, moral e social.

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Caro João Soares,

pela primeira vez a RTP virá contemplada no OE. Porque a RTP, sorvedora de dinheiros públicos, nunva veio no OE? Estranho?!...

«O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, disse ontem que as reduções de custos na RTP “são actos de gestão corrente” que cabem à administração da TV pública. Relvas realça que, na segunda-feira, as contas da RTP estarão, “pela primeira vez, incluídas no Orçamento do Estado [OE]”.»

Cumprimentos

A. João Soares disse...

Anónimo,

A notícia que aqui traz é muito agradável e oxalá que corresponda a uma séria vontade de criar transparência acerca da gestão de todos os dinheiros públicos.

Temos que evitar mais buracos como o da Madeira das empresas públicas, das autarquias e empresas municipais e de todos os serviços públicos.

Dinheiro e interesses públicos não são dos políticos, mas de todos os cidadãos e, por isso, devem deixar de fazer caixinha, devem mostrar claramente as contas.
E o povo deve deixar de andar calado e deve denunciar todos os erros que lesam o património nacional, em todos os aspectos, com a intenção de ajudar os governantes a não errarem.

Cumprimentos
João