O ministro das Finanças admite que os níveis do desemprego estão mais elevados do que se previa, o que justifica razões para os portugueses estarem preocupados com a pouca capacidade de análise e de previsão dos «sábios» que nos governam.
É mais um Vítor a estranhar o aumento do desemprego!!! Mas afinal o que é que se esperava com a tremenda austeridade que os mais sérios pensadores do sector não se cansam de criticar e de dizer que esse caminho não leva á solução da crise, antes a agravam. É isso que está a confirmar-se.
Não se pode dizer que haja razão para surpresa. Como escrevi noutro post, a exagerada austeridade retirou o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham (não têm para poupar e muito menos para investir em especulação financeira), e que, por isso, agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois, na sequência da redução das vendas resulta a diminuição da produção que leva muitas indústrias, devido à falta de procura, a fechar ou, no mínimo, a despedir pessoal. De tudo isto resulta o aumento do desemprego. Onde está o espanto dos nossos Vítores?
Sim, há motivo para espanto: eles vivem completamente preocupados com modelos matemáticos teóricos e abstractos e alheios às realidades dos portugueses, como se conclui das suas exclamações de surpresa. E daqui sai outra conclusão: Não se pode esperar que os portugueses tenham confiança em quem os governa e possam alimentar fundamentada esperança no devir.
Imagem de arquivo
Mais uma conquista para António Costa
Há 1 hora
2 comentários:
A mim o que me surpreende é que alguém,nomeadamente estas criaturas, se surpreendam com os resultados destas opções. Até porque, julgava eu, era exactamente este o resultado que se pretendia obter.
Caro Kruzes Kanhoto,
Custa-me a crer que isto tenha sido estruturado para chegar a estes objectivos, porque eles não conhecem objectivos, não sabem estruturar qualquer estratégia para chegar onde querem (nem sabem o que querem) e, se definissem objectivos e escolhessem estratégias não seriam capazes de as tornar efectivas.
Andam ao acaso, com tentativas sucessivas, e nem sequer descobrem os erros e, por isso, ficam espantados com o caos que criam.
Também pode acontecer que tudo isto seja teatro para nos próximos anos, antes das eleições, chamarem quem saiba um pouco para fazer uma maquilhagem a fim de atrair votos. Mas, mesmo assim, não deviam abusar porque, então, pode já não haver eleições ou nem sequer haver Estado soberano...
Os próximos tempos são uma grande incógnita, um grande X.
Abraço
João
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