As nuvens negras não permitem vislumbrar a luz ao fim do túnel e há quem duvide que ele tenha fim. Com efeito, as notícias são preocupantes.
- Recessão deixa meta do défice orçamental cada vez mais longe
- Défice do Estado subiu para 3 mil milhões de euros
- Encargos públicos crescem 28,8% e atingem 323,8 milhões de euros no primeiro trimestre
- Défice do Estado a subir e receitas fiscais a descer
Em qualquer actividade, a avaliação do desempenho deve assentar, principalmente, nos resultados obtidos, na obra acabada. Não bastam palavras de «custe o que custar», «garanto que…», «asseguro que…», «emigrem», «piegas», «oportunidades», «tenho fé que…», etc. Não é por acaso que uns dizem que se «está a afundar o país» e outros temem «graves riscos de espiral recessiva».
A Austeridade, tal como foi aplicada, parece ter sido uma vacina mais letal do que preventiva.
«O défice do Estado subiu para 3,05 mil milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, revelam os dados da Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
Este valor representa um agravamento em relação aos números verificados em igual período do ano passado quanto atingiu 2,45 mil milhões de euros.»
Este é o resultado de 10 meses de exercício. Qual tem sido a estratégia? Com pequenos deslises permanentes qual o resultado esperado para o fim do mandato do Governo?
Era suposto que as gorduras do Estado fossem cortadas!!! Mas, das instituições consideradas desnecessárias, poucas foram encerradas assim como fundações, comissões e observatórios. Afinal, não resistiram à tentação de continuar a beneficiar os coniventes e cúmplices. Os boys e afilhados continuam a pesar cada vez mais nos cofres públicos. São impressionantes as listas que circulam por e-mail, sem aparecer quem esclareça, justifique ou contradiga.
Imagem de arquivo
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Até quando a crise ?
Posted by A. João Soares at 15:51
Labels: austeridade, défice, despesas
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2 comentários:
Caro João Soares
Como sabe, não sou economista. E tem sido por essa razão que evito comentar tal matéria.
De qualquer forma, esta receita para o resgate sempre me pareceu absurda. Nunca me fez sentido mandar um devedor para o desemprego para assim pagar a dívida.
Afinal, parece que tenho razão. Sem produzirmos mais do que gastamos não conseguimos pagar nada. E tal desiderato só se consegue pondo toda a gente a trabalhar.
Ou será que estou enganado?
Amigo Fernando Vouga,
Ainda bem que esta opinião não vem de um economista, porque, assim, tem mais credibilidade !!!
Veja que todos eles nos dizem que a crise era previsível desde há anos, mas nenhum deles teve amor a Portugal e aos portugueses, para não dizer aos Europeus e a todos os humanos, ao ponto de sugerir formas de a evitar. E, depois de ela eclodir, ainda não houve um «sábio» economista que dissesse qual é a melhor acção para a resolver e reinstalar a felicidade dos povos.
E olhando para os governos, vê-se um deserto de capacidades sem um oásis de saber e de coragem para dizer e aplicar as correctas decisões. Cada governante procura enriquecer o máximo, de qualquer forma, e agarrar-se à cadeira «custe o que custar». Apesar de repetidos escândalos e de provas de incapacidade para a função, nenhum foi substituído, mesmo que as sua promessas se resumam a ter fè, a esperar, a se referir ao «coiso», ou à arrogância de nos chamar piegas, de «assegura que...», de «garantir que...» ou de dizer que o coiso é uma «oportunidade».
Por isso, a sua opinião sai mais valorizada por não ser economista nem governante. Acima dos interesse dos cidadãos, colocam os daqueles que dão emprego aos seus familiares e protegidos e a eles próprios quando deixarem a política activa, aqueles que lhes puxam os cordelinhos e os comandam por detrás da cortina.
E a saída desta crise, se não me engano muito será resultado de inúmeras opiniões de cidadãos simples que hão-de assumir que a SOBERANIA RESIDE NOS CIDADÃOS e, depois, se decidam a exercer o seu poder contra sanguessugas e parasitas que se governam à custa dos sacrifícios de quem já não pode dar maus.
Abraço
João
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