domingo, 27 de maio de 2012

Como reagiram ao desemprego

Sem dúvida que «a necessidade aguça o engenho», isto é, numa situação desconfortável, como o desemprego, é preciso procurar soluções, aproveitar oportunidades. Eis um caso exemplar que merece ser divulgado e seguido.

«Isabel Moreira e Tânia Dias decidiram montar, durante três meses, um projecto de voluntariado em que oferecem à comunidade os seus serviços, como a medição de tensão arterial, diabetes, acompanhamento a consultas, apoio na medicação ou na execução de pensos, por exemplo. Findo o prazo, esperam um contrato.
Os sonhos de trabalhar num hospital ou centro de saúde, foram-se desvanecendo à medida que os dias em casa se iam transformando em desespero. Isabel Moreira, de 39 anos, natural da Mêda, na Guarda, trocou uma carreira como gerente hoteleira pelo sonho de tratar dos outros. Um dia, desafiou a colega de curso Tânia Dias, de 22 anos, de Seia, também no distrito da Guarda, e com o mesmo sonho, a embrenharem-se no Planalto Mirandês e darem a conhecer o Laços, um projecto de apoio à comunidade em regime de voluntariado, para já, com a esperança de lançar a semente que no Verão lhes possa trazer o ordenado.»


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Há duas enfermeiras que trabalham a troco de casa, comida e roupa lavada

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2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro João Soares

Voltando à vaca fria...

Parece-me que se está a escolher o caminho errado e as pessoas fazem como os brasileiros que, perante as dificuldades dizem: "a gente se vira". E começa o desenrascanço.
Se por perda de rendimentos dos contribuintes o Estado cobra menos impostos, como se está a ver, por outro lado perde dinheiro com uma economia paralela crescente e cada vez mais furtiva. É o barbeiro que fecha a porta e vai a casa, é o pequeno comerciante que se "esquece" do talão e ninguém se importa, é o biscateiro que nos faz as reparações e não passa recibo.
É que há um limite para tudo. Quando se aperta demasiado a tarraxa, as pessoas, sentindo-se injustiçadas, estão-se nas tintas e não se importam de serem apanhadas, já que a Justiça não consegurirá dar vazão a tantos processos.
Sensatez precisa-se.
Estou certo ou estou errado?

A. João Soares disse...

Caro Vouga,

Claro que está certo, em teoria, mas num país em que impera impunemente a corrupção e os maus exemplos dos políticos, e, por outro lado a Justiça pune pequenas faltas mas ignora os grandes prevaricadores, sejam Isaltinos ou Limas ou Loureiros, não se pode esperar que sejam moralizados os comportamentos dos portugueses em geral.
O PM manda emigrar, agora o PR desaconselha a emigração. Quando se refere a Portugal, Cavaco espera que troika concilie agora austeridade com crescimento económico, mas quando se refere à Grécia, Cavaco diz que são os gregos que vão decidir se ficam no euro. Afinal, onde está sedeada a soberania? No Governo ou na Troika? Ou depende ser em Portugal ou na Grécia?
Com estas hesitações e contradições, e a Justiça a ser demorada e frouxa não vejo forma de injectar ética e racionalidade no sistema. E então impera a oportunidade preconizada por Passos, tirando benefício do «coiso», como foi designado o desemprego!!!

Abraço
João