É inquestionável a necessidade de moralidade e seriedade na administração do dinheiro público, em qualquer circunstância, mas com maior e mais rigorosa justificação em situação de crise em que são exigidos enormes sacrifícios a grande maioria da população. Com quase um ano de exercício do actual Governo e depois das promessas feitas na campanha eleitoral, era de esperar que tivesse sido travada a descida para o abismo. Mas, apesar de palavras de fantasioso optimismo, a informação que chega, embora cautelosamente dissimulada, mostra que a descida continua embora, talvez, com velocidade menos acelerada.
Por exemplo, não pode passar despercebida a notícia de que A classe média também já vai buscar comida às cantinas sociais.
E perante os sinais de crise aguda, continuam os vícios de corrupção, compadrio, negociatas em favor de amigos, à custa de abusos imperdoáveis de mau emprego do dinheiro dos impostos, como diz a notícia de que o Estado gasta por mês 130 milhões de euros sem concurso o que, para mais, prejudica o bom funcionamento da economia que era suposto e desejável basear-se na livre concorrência e na iniciativa individual.
Mas os abusos vão muito mais além e, por exemplo, a notícia Aulas no privado dadas pelo chefe diz que a empresa «Estradas de Portugal (EP) pagou formação a, pelo menos, sete funcionários do departamento de informática numa universidade privada. O director do curso era o superior hierárquico dos trabalhadores em questão.» Há instituições públicas em que se usa o sistema «on the job training» e, no caso versado, isso até seria fácil porque ao superior hierárquico foi reconhecida capacidade para ministrar a instrução.
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A Decisão do TEDH (396)
Há 26 minutos
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