A notícia A geração dos políticos profissionais chegou ao poder e isso tem riscos foca de maneira alargada o teme enunciado no título, principalmente nas citações de opiniões dos investigadores André Freire, do Centro de Investigação e Estudos Sociológicos do ISCTE, e António Costa Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Transcrevem-se algumas frases como aperitivo para quem desejar ler a extensa notícia:
Carreiras baseadas em cargos de nomeação política, pouca experiência profissional e fraca autonomia face aos partidos são perversos, dizem os analistas.
Portugal está a assistir às primeiras gerações de políticos profissionais no poder, oriundos das juventudes partidárias e com reduzida experiência profissional fora da política. José Sócrates, anterior primeiro-ministro socialista, Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, e Passos Coelho, actual chefe de governo, todos iniciaram a vida política na Juventude Social-Democrata (JSD). A JS serviu como alavanca para António José Seguro, actual secretário-geral do PS, ou António Costa, presidente da Câmara de Lisboa.
As «jotas» são fonte de carreiras focadas exclusivamente na política. …os perigos do carreirismo político, que Costa Pinto considera contribuir para “uma profissionalização acéfala e dependente das direcções dos partidos”.
Os políticos de carreira desenvolvem um “autismo” relativamente aos problemas da sociedade. “As pessoas sem experiência profissional revelam um handicap de conhecimento da sociedade e não podem funcionar como um elo de ligação entre esta, a decisão política e o Estado”
Este processo “afasta a decisão política da realidade da sociedade civil”, ressalva o investigador António Costa Pinto, que sublinha a diferença entre as realidades nacional e internacional: “A falta de instrução e formação dos políticos portugueses face ao panorama internacional, como em França ou na Alemanha.”
A escassa experiência profissional demonstrada por alguns políticos assume contornos alarmantes, quando “só serve para enfeitar o currículo”
.As nomeações para gabinetes ministeriais e para empresas da administração local são os casos mais comuns no preenchimento do currículo dos militantes das “jotas”. Com a agravante de que a dependência da vida política “gera um problema de autonomia e independência face aos partidos”.
Curiosamente, esta notícia aparece pouco tempo depois da notícia Ministros com carreira partidária licenciam-se mais tarde que os independentes que refere um estudo dos politólogos António Costa Pinto e Pedro Tavares de Almeida sobre o perfil dos ministros portugueses entre 1976 e 2012, de Carreira política e de Como obter currículo na política.
É por estas e por outras que muitos eleitores preferem o voto em branco, como demonstração de que nenhum candidato lhes merece confiança.
Imagem de arquivo
Transcrevem-se algumas frases como aperitivo para quem desejar ler a extensa notícia:
Carreiras baseadas em cargos de nomeação política, pouca experiência profissional e fraca autonomia face aos partidos são perversos, dizem os analistas.
Portugal está a assistir às primeiras gerações de políticos profissionais no poder, oriundos das juventudes partidárias e com reduzida experiência profissional fora da política. José Sócrates, anterior primeiro-ministro socialista, Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, e Passos Coelho, actual chefe de governo, todos iniciaram a vida política na Juventude Social-Democrata (JSD). A JS serviu como alavanca para António José Seguro, actual secretário-geral do PS, ou António Costa, presidente da Câmara de Lisboa.
As «jotas» são fonte de carreiras focadas exclusivamente na política. …os perigos do carreirismo político, que Costa Pinto considera contribuir para “uma profissionalização acéfala e dependente das direcções dos partidos”.
Os políticos de carreira desenvolvem um “autismo” relativamente aos problemas da sociedade. “As pessoas sem experiência profissional revelam um handicap de conhecimento da sociedade e não podem funcionar como um elo de ligação entre esta, a decisão política e o Estado”
Este processo “afasta a decisão política da realidade da sociedade civil”, ressalva o investigador António Costa Pinto, que sublinha a diferença entre as realidades nacional e internacional: “A falta de instrução e formação dos políticos portugueses face ao panorama internacional, como em França ou na Alemanha.”
A escassa experiência profissional demonstrada por alguns políticos assume contornos alarmantes, quando “só serve para enfeitar o currículo”
.As nomeações para gabinetes ministeriais e para empresas da administração local são os casos mais comuns no preenchimento do currículo dos militantes das “jotas”. Com a agravante de que a dependência da vida política “gera um problema de autonomia e independência face aos partidos”.
Curiosamente, esta notícia aparece pouco tempo depois da notícia Ministros com carreira partidária licenciam-se mais tarde que os independentes que refere um estudo dos politólogos António Costa Pinto e Pedro Tavares de Almeida sobre o perfil dos ministros portugueses entre 1976 e 2012, de Carreira política e de Como obter currículo na política.
É por estas e por outras que muitos eleitores preferem o voto em branco, como demonstração de que nenhum candidato lhes merece confiança.
Imagem de arquivo
8 comentários:
Não gosto de psicólogos. Muitos têm a mania que sabem o que os outros pensam por causa do canudo. Gosto de falar com alguns e depois dizer-lhes -já aconteceu- que deveriam ir ao psiquiatra. Dois chegaram a perguntar-me; mas nota-se assim tanto? É que realmente eu não me sinto bem...
Coisas de análise fácil quando confronto uma pessoa olhos nos olhos e converso com eles algumas vezes seja onde for...
Mas é uma verdade que muitos políticos, desde há muito, começaram a sua vida nos jotas dos partidos. Reparará que existem vários membros do actual Governo que são independentes. São os que levam mais pancada do povo...
E, já agora, o que fizeram os dirigentes sindicais a nível particular desde o 25 de Abril e desde que se tornaram dirigentes nacionais? Zero... E não começaram nos partidos?
Este tema dava pano para mangas... Deixo aqui claro que tenho vários amigos pessoais que são psicólogos!
PS: Peço desculpa mas apaguei o anterior comentário porque não escrevo com corrector automático e não tinha revisto o texto pelo que apresentava vários erros ortográficos.
Cumprimentos
Caro Mário Relvas,
Errar é humano e não se pode exigir que numa sociedade mal formada e informada haja um sector totalmente perfeito. Para sermos coerentes não podemos, olhar apenas para um sector restricto e considerá-lo perfeito, nem para outros e só lhes ver erros. Como num jardim, a variedade de pontos de vista, enriquece o conjunto, e não devemos esquecer aquilo que consta na alínea 3) de Pensar antes de decidir. Todas as opiniões, de psicólogos e de outros - mesmo de políticos carreiristas - devem ser apreciadas, embora no fim tenha de ser escolhida uma modalidade de acção que seja a mais adequada ao objectivo pré-definido, quanto aos resultados previsíveis e aos custos da sua implementação.
Cabe ao decisor, ao responsável pelo Governo, fazer a escolha e apresentá-la aos que dele esperam as melhores acções para melhorar a vida do povo. Para isso não pode desviar um só momento os olhos das condições em que o povo se encontra. Essa visão do povo - pessoas e pequenas e médias empresas - não se aprende nas «jotas» e parece não abundar nos políticos que se dedicam prioritariamente às guerrilhas interpartidárias com o objectivo de conquistar o poder e de o manter depois de lá estar.
Cumprimentos
João
Caro Jorge Soares
A profissionalização tem vantagens e tem inconvenientes. Por um lado, as pessoas estarão, à partida, melhor preparadas; por outro, cria-se o espírito de classe que acaba por se sobrepor ao espírito de missã0.
É assim com os políticos, com os militares, com os sacerdotes, com os médicos e por aí fora.
Caro Fernando Vouga,
Concordo com as vantagens que aponta para o profissionalismo, quando existem princípios de honra, dignidade, ética, moral, generosidade ao País, espírito de missão quando esta está bem definida com clareza transparente.
Mas é um perigo quando a estes valores se sobrepõe o espírito de bando, de clã, de conivência, de cumplicidades, de trocas de favores, etc, etc. Quando acima de tudo se trocam atenções com ROUBalos e ALHEIRAS.
Abraço
João
Caro A. João Soares,
cá de mais longe e de férias venho agradecer-lhe o seu comentário e dizer que infelizmente há bons e maus "profissonais" em todo o lado. Em todas as profissões. E todas elas são nobres desde que exercidas com fervor, com justiça, o melhor que se sabe, quer e pode... Infelizmente há quem não seja dotado para determinadas profissões que escolheram. Penso que isso terá a ver mais com a educação e o carácter de cada um do que onde nasceu ou se formou para esta ou aquela actividade.
Cumprimentos e boas férias
Caro Mário Relvas,
Absolutamente, em teoria...
Mas, na prática, seria interessante fazer uma lista de decisões do Governo tornadas realidade, para benefício dos «interesses nacionais» e dos portugueses em geral, sem propensão para beneficiar privilegiados.
Por exemplo, vejamos o caso do aumento do IVA em:
Soares dos Santos defende redução do IRS e IRC e aumento do IVA
e em:
Justiça Social ???
E depois veja-se as decisões sobre o IVA e os outros impostos e a projecção dada pelos políticos aos principais colaboradores do indivíduo referido.
Cumprimentos
João
Soares dos Santos perdeu a sua credibilidade enquanto cidadão ao mudar a sede fiscal da empresa para a Holanda. Gostava de o ouvir. Perdi-lhe o rasto e evito as lojas do cidadão que reconheço, apenas, como o merceeiro de um grupo económico estrangeiro...
Sobre o resto, sem meter tudo no mesmo saco, deixo uma frase do velho das botas que amava Portugal (inteiro):
«As discussões têm revelado o equívoco, mas não esclarecido o problema; já nem mesmo se sabe o que há-de entender-se por democracia».
Caro Mário Relvas,
Colocando de lado as frases de sábios de outras circunstâncias, convém que se procure esclarecer a banha da cobra que agora nos pretendem vender quando empregam palavras antigas agora encobertas com outras roupagens, como democracia, igualdade, oportunidades, crescimento sustentado (de quê? para quem?), corrupção, etc, etc.
Cumprimentos
João
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