A sede do Fundo Monetário Internacional,
situada no número 57 da Avenida da República, em Lisboa, está a ser vigiada por
polícias e cães, devido à ocorrência de alguns confrontos.
Gritos e algumas palavras de ordem têm vindo a ser pronunciadas pelos manifestantes em frente à sede do FMI. Foram ouvidos três petardos e pelos menos dois jovens foram detidos quando arremessavam tomates contra o edifício. Para além disso, um dos manifestantes atirou uma garrafa.
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Boas-Festas
Há 2 horas
3 comentários:
Caro A. João Soares,
Hoje foi um dia comprido e difícil.
O meu filho inundou a cozinha toda porque puxou para fora a máquina de lavar louça e ligou-a. Foi num ápice. Mas resolvemos a situação.
Portugal perdeu o jogo com a Espanha em hóquei em patins e lá se foi o título europeu que se jogou em território nacional.
Nos principais centros urbanos do país realizaram-se manifestações contra o governo, contra a baixa da TSU, contra o FMI, contra os cortes nos subsídios, contra o desemprego, contra tudo e contra todos.
Acho que se esqueceram de alguém que deve de ter assistido a isto tudo, via TV, num camarote, na cidade luz.
Enfim, a situação parece-me controlada em termos governativos mas não sei se ela se alterará na matéria discutida, a bem durante o dia, mas que, no final e em frente ao edifício da Assembleia da República, esteve por um fio.
Estive pouco ligado à TV e ao computador. A noite corre e vim saber como as notícias descrevem o dia.
Gostaria de saber o que achou deste dia e se alguma coisa mudará com as manifestações, em sua opinião.
Creio que a reunião do presidente com os seus consultores será muito importante uma vez que li que iria lá estar o ministro das finanças. O primeiro ministro tem assento por si. O assunto deverá ser escalpelizado.
O CDS declarou o que declarou. Uma situação pouco agradável para a sintonia da coligação governamental.
Já há muito que não me lembrava de ver cenas como as que descreve este seu post. Assim como as que se passaram em S. Bento.
Lamento. Portugal tem de encontrar soluções sem entrarmos na violência e na politização de movimentos anónimos que dizem ter nascido espontaneamente e sem ligações partidárias e sindicais.
No entanto, o que se passou no final, em S. Bento, faz-me pensar se não foi aproveitado por alguns. E na cidade do Porto, depois da manifestação dispersar, alguns jovens -há quem diga que foram conotados com uma área política- sentaram-se no meio das vias de trânsito impedindo a circulação automóvel. O que estragou aquilo que se tinha passado de tarde.
Enfim, a situação parece-me que foi bem controlada.
Lamento que tenhamos chegado aqui. Durante anos denunciei que um dia iriamos pagar caro o modo como se governou e se endividou o país. E como os portugueses se endividaram a torto e direito.
Creio que tudo se resolverá se houver uma melhoria na comunicação entre as partes sem que esqueçamos que sem a troika já não teriamos estado social e dinheiro para os vencimentos estatais, bem como para as reformas e pensões, há muito.
Esperemos que se encontre um ponto de equilíbrio e não caiamos num novo PREC.
Cumprimentos
Caro Mário Relvas,
Aquilo que penso a este respeito já consta abundantemente em posts e em comentários nestas páginas.
Não vi a TV, mas senti os acontecimentos e achei que, felizmente, ainda somos um povo pacífico, pois a lógica do fenómeno podia ter levado a grande gravidade, como tem acontecido em outros países por razões menores.
A conclusão é que o povo «piegas» está a despertar e, se o Governo continuar a brincar com a vida dos mais pobres, o caso pode assumir proporções dramáticas.
A solução não está no emprego da polícia, nem em explicações balofas, porque o povo já não tem confiança em palavras de políticos do governo.
Do CDS vieram ontem palavras muito ajustadas à realidade. O PM deve dar-lhes ouvidos e ajustar as medidas a adoptar. Numa coligação as responsabilidades são partilhadas e um parceiro não pode impor ao outro soluções loucas, dizer que não recua, e exigir que o outro o apoie.
A paz nacional só pode se obtida pelas acções sensatas do Governo. Está nas suas mãos. VALE MAIS UMA CRISE POLÍTICA PASSAGEIRA do que continuarmos indefinidamente em acelerado a correr para um buraco de onde, mais tarde, não poderemos sair.
O povo deve estar atento e reagir visivelmente, mostrando a sua força. Em democracia a soberania reside na Nação, no Povo, que delega nos seus eleitos. Estes não devem ser desleais ao mandato que o povo lhes dá. As palavras de que faz o que acha bem e nada vai alterar mostram no Passos a alma de um ditador descarado, arrogante, prepotente e sem bases de saber que lhe permitam impor a sua vontade pessoal, desprezando bons conselhos que lhe são dados por pessoas experientes da sua área política.
Cumprimentos
Caro A. João Soares,
Quase adivinhei quais seriam as suas palavras. Olhe que com demasiados diálogos e cedências demos no que demos com Guterres. O tal pântano que aqui nos trouxe. O tal país de tanga de Barroso. Os tais inúmeros PECs de Sócrates. Sei qual o caminho que tem de ser seguido. Assim tenham a coragem necessária para o seguirem.
Portugal não pode cair, agora, nem nos próximos anos, numa crise política. Tempo é dinheiro. Tempo é criação de emprego. Tempo é pagar o que se deve de modo a sairmos desta situação em que alguns parecem esquecer quem nos colocou nela. E fugiu.
E se o ministro e presidente do CDS sabia do corte da TSU, como disse o Nuno Melo, deveria ter argumentado a sua opinião e utilizado a sua força política em conselho de ministros, junto do MF e do PM. O CDS não pode estar com o governo quando a coisa corre bem e deixar de estar quando a situação é mais difícil. Hoje Portas falará. Dizem...
Quanto ao PS escuso de comentar porque já sabe o que penso uma vez que o António Seguro devria ter levantado a voz no tempo do governo do seu partido chefiado por Sócrates que reuniu o seu estado-maior num restaurante, às duas da manhã, na noite anterior à manifestação.
Recordo palavras de Mário Soares; "confio em pedro Passos Coelho". "Passos Coelho é um homem honesto". Mas isto nada interessa. O que interessa é que os portugueses se mentalizem que num mundo global as coisas serão cada vez mais diferentes.
António José Saraiva dizia que em visita a uma fábrica automóvel no japão perguntou a dada altura ao seu interlocutor se os trabalhadores não reinvindicavam melhores ordenados. Ao que o dito lhe respondeu que eles sabiam que estavam numa economia global e que se os seus salários aumentassem o automóvel sairia mais caro e por isso vender-se-ia menos ou não se venderia, pelo que perderiam o emprego.
Deixo-lhe esta reflexão e agora, a partir detsa segunda quinzena de Setembro, vou estar mais ausente por motivos pessoais.
Creia-me que foi um prazer trocar consigo opiniões neste canto. Muitas vezes concordantes e outras mais discordantes. Porque discordar é ter opinião. E trocá-las livremente é tentar encontrar a luz ao fundo do túnel.
Difícil agradar a gregos e a troianos. E é muito difícil dar a mão à palmatória entre as gentes de maior responsabilidade na vida nacional. O que não acontece só entre políticos.
Viva Portugal!
Cumprimentos
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