Transcrição:
Marcelo acusa Passos de só ser “concreto para o mexilhão”
PÚBLICO. 09-09-2012 - 22:00
Marcelo considera que comunicação de Passos ficou entre o descuidado e o desastroso.
Marcelo Rebelo de Sousa acusou neste domingo Passos Coelho de ser um primeiro-ministro “impreparado” e de ter feito um discurso ao país “no mínimo descuidado e no máximo desastroso”. E diz que há um aumento de impostos.Com vídeo.
No habitual comentário da TVI, o antigo presidente do PSD e actual conselheiro de Estado não poupou palavras críticas em relação ao actual líder “laranja” e primeiro-ministro, por causa da intervenção que este último fez na sexta-feira em que anunciou mais medidas de austeridade.
Para já, Marcelo diz não ter ainda todos os dados para considerar se as medidas são ou não constitucionais. Para o também conselheiro de Estado de Cavaco Silva, o discurso de Passos teve uma parte concreta e outra vaga.
A concreta foi a parte em que anunciou os cortes de salários para a função pública, pensionistas e privados. Já a vaga foi a que não explicou como vai tributar o capital, como vai cortar nas fundações, nas Parcerias Público Privadas.
“Para o mexilhão foi concreto, para outras espécies mais sofisticadas foi vago”, concluiu Marcelo. "Fiquei gélido" por ouvir Passos Coelho só "contar uma parte da história", acrescentou.
O antigo presidente social-democrata criticou também a mensagem que Passos Coelho colocou no Facebook, na madrugada deste domingo, afirmando que Passos devia ter tido aquelas palavras dirigidas aos portugueses na sua intervenção.
Para Marcelo, o primeiro-ministro deixou tudo por explicar, nomeadamente por que diz que não vai haver um aumento de impostos. “Ficou a ideia de que para agradar ao PP diz que não é um aumento de impostos quando é”, acrescentou.
Para o professor de direito, o aumento dos descontos para a segurança social de 11% para 18% vai levar à baixa de consumo, “especialmente das pessoas mais carenciadas”, e ao encerramento de empresas.
E para Marcelo a intervenção “desastrada” fica a dever-se “à impreparação” de Passos Coelho.
Marcelo espera agora que o Presidente da República peça esclarecimentos ao Governo sobre o que não foi explicado e que, se tudo se mantiver como está, espera que o Presidente diga ao Executivo que tem de as mudar.
O antigo presidente do PSD tinha ainda mais dois recados para Passos Coelho: devia ter anunciado uma remodelação logo após o seu discurso e “não lhe ficou bem falar antes do jogo da selecção para ver se passava despercebido”.
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Boas-Festas
Há 2 horas
20 comentários:
Este sr jamais chegará à presidência da República... Um catavento ao sabor dos seus interesses. Não perdoa Portas por não lhe ter aparado o jogo na tal AD que quis fazer mas não soube. Não conseguiu a câmara de Lisboa. Mas afinal o que o move? Gostava de o ver no governo nesta altura. Seria o bom e o bonito...
Um populista de todo o tamanho. Um mero palrador.
Caro João Soares
Faço minhas as palavras do comentador anónimo.
Caro Vouga,
O anónimo pode estar correcto mas não analisa minimamente aquilo que MRS disse a propósito das medidas anunciadas pelo PM.
Tenho aqui dito repetidas vezes que não aprecio pessoas mas sim as suas palavras e actos, e das pessoas mais insignificantes podem vir palavras de elevada sabedoria. Não é o caso do anónimo que ataca a pessoa mas não se refere ao mérito ou demérito das palavras que são referidas no artigo transcrito.
Como quem cala consente, temos de concluir que o anónimo concorda com os aspectos que o MRS refere. Aliás ele está em consonância com as opiniões de
Cavaco Silva mais sacrifícios devem ser para os que ainda não os suportam,
Freitas do Amaral Freitas do Amaral sugere imposto acrescido sobre os melhores salários
e Adriano Moreira “A fome não é um dever constitucional”
Abraço
João
Caro A João Soares,
Permita-me dizer que, concordo em parte com as palavras de MRS, mas ele esquece-se dum ponto muito importante, que também já se sabia na 6ª feira, que é o de que, o PSD eo CDS, portanto a maioria parlamentar, recua no sentido de que quando se entrega a casa ao banco, a dívida ficar saldada, como aconteceu com aquela senhora em Portalegre.
Um ponto para mim, fundamental nesta análise às palavras de Passos, ou seja, anda o governo, e a elite de direita, a proteger sempre os mesmos.
Quanto à análise de MRS, está em conformidade com a análise dos restantes simpatizantes e militantes destacados de direita, que tem vindo a dizer que estas medidas são o funeral anunciado de Portugal.
Um Abraço
Carlos Rocha
Caro João Soares
Não concordo consigo mais uma vez. Uma determinada afirmação, por mais que nos agrade ou concordemos com ela, só tem peso se for proferida por alguém acreditado, com provas dadas e não por um cata-vento ou uma caixa de ressonância, como é Rebelo de Sousa.
Se ensinarmos o padre-nosso a um papagaio, ele, ao recitá-lo, não está a rezar. Está apenas a emitir sons (caso do Marcelo).
Ao contrário, as asneiras recentemente proferidas por Passos Coelho, essas sim, têm um peso enormíssimo, embora pela negativa.
Quanto às outras personalidades que menciona, quanto a mim falaram verdade, mas o que disseram caiu no saco roto do Governo, como sempre. Cavaco, o único que tem poder, está descredibilizado, porque costuma afirmar uma coisa e fazer outra. Já sabemos que se vai ficar pelas palavras.
Caro carlos Rocha,
Toca num ponto importante que não podemos esquecer. Há um factor de poder, ou o todo do Poder de que pouco se fala, mas que está sempre presente: é que o poder reside nos donos do dinheiro (bancos, Grande empresas multinacionais ou nacionais e especuladores financeiros). Os políticos são os lacaios desses poderosos. Repare no post
Justiça Social ???
Ali alertava-se contra a manobra de um milionário a puxar a brasa à sua sardinha contra os interesses da quase totalidade dos portugueses. O tempo passou e dois anos depois vê-se que o governo de então deixaram-se ir na cantiga do Poder real, o do dinheiro. Estava em causa aumentar o IVA ou, por outro lado, o IRS e o IRC. Decidiram fazer a vontade ao milionário e aumentar o IVA e evitar mexer nos interesses dos grandes capitalistas.
O IVA, além de não ter escalões ligados ao poder do contribuinte, actua sobre todo o salário do pobre e de médio salário, enquanto só actua numa pequena fracção do rico que coloca a maior parte do seu rendimento em reinvestimento financeiro e nos offshores.
Este é um caso que merece ser bem analisado. Os políticos agem segundo a vontade dos muito ricos.
Por isso Passos diz «que se lixem as eleições» e por isso não precisa de conquistar os votos dos pobres e faz a vontade dos ricos que lhe retribuirão o favor com tachos á sua escolha. Resta saber como reage o PSD a esta distracção em relação à próxima ida às urnas. Certamente nem todos os seus companheiros se estejam nas tintas para os votos. E a JSD já está a afastar-se do Passos.
Um abraço
João
Caro Fernando Vouga,
Compreendo o seu pragmatismo que corresponde ao «politicamente correcto». Realmente só têm valor as opiniões dos que têm poder de as concretizar no imediato.
Mas esquece que as opiniões contrárias vindas de quem de imediato não tem poder, podem ser a pequena bola de neve que vai aumentando e ganhando poder para derrubar qualquer obstáculo que lhes oponha. As grandes mudanças na história da humanidade foram originadas por palavras de pessoas que não tinham poder operacional, mas que por serem sensatas e aceitáveis atraíram aderentes e serviram de ponto de apoio dando força a grandes alavancas.
Por isso é que devemos pegar em palavras que possam servir se incentivo a reflexões úteis para a construção de um futuro melhor.
Isto não impede a sua opinião de que será muito melhor se as boas ideias vierem de pessoas com poder realizador. Mas isso seria um milagre, porque tais pessoas são demasiado calculistas e politicamente correctas para não arriscarem a comodidade do seu tacho.
Veja o primeiro link do comentário anterior. O capitalista, sem ter poder politico visível, formal, aparente, conseguiu levar a água aos seu moinho. E os cidadãos não se lhe opuseram com uma campanha poderosa e dinâmica vencedora.
Imagine que um grupo de pessoas conseguisse que nas próximas eleições houvesse 2 ou 3 milhões de votos em branco isto é, eleitores que foram às urnas declarar que nenhum candidato lhes merece confiança. Acha que o partido vencedor, mesmo que tivesse a maioria absoluta teria coragem de dizer que era o governo legítimo de todos os portugueses? Teria coragem de ser um palrador de promessas ou um vendedor de banha da cobra?
O povo anónimo tem muita força desde que queira usá-la e, para isso, não pode estar à espera de palavras dos governantes, antes pelo contrário, nem sequer deve dar-lhes prioridade sobre as de pessoas simples mas bem intencionadas.
Abraço
João
A esquerda é tão ou mais catavento do que o professor Martelo... A ela devemos muito do mal que se passa no nosso país. Otelo... bora que afinal disseste que o Salazar era um homem honesto e se soubesses o que sabes hoje não terias participado na abrilada. E, há poucos anos, já com o país a definhar, as gentes da esquerda discutiram o aborto, o casamento homossexual, entre tantas outras coisas que não eram prioritárias enquanto Sócrates, os amigos, o PS, e os sindicatos agregados ao PCP, afundavam isto tudo. Agora paguemos todos... Mas será que alguém se entenderá? Duvido...
Que imagem podemos fazer da idoneidade e de outros valores éticos e profissionais dos nossos governantes que tomam medidas sujeitas a comentários como este?
Medidas são flagrante violação da Constituição, diz Sindicato magistrados do MP
O anónimo das 17h00
tem razão, pois estamos num regime em que nenhum político, salvo eventuais excepções merece a confiança de cidadãos sérios que se preocupam com Portugal, isto é, com os portugueses em geral.
O conceito de esquerda e de direita não são garantia de eficiência para bem de Portugal. O mesmo se passa com a forma como a «DEMOCRACIA» tem sido praticada pelos sucessivos Governos.
Parece que Alberto João Jardim está dentro da razão quando diz que regime político deve ser substituído porque não resolve problemas de Portugal.
Qual será a solução para Portugal???
Apareça alguém, mesmo anónimo mas sério e bem intencionado, que dê sugestões. Parece que para começar, seria de acabar com os partidos fazer nova Constituição e criar autoridades provisórias formadas por gente s,de reconhecida idoneidade, sem vícios da política real.
Vender os submarinos, os F 16 e oferecer como bónus as viaturas inops anfíbias Pandur. Os senhores acessores militares fizeram um péssimo trabalho ao país ao convencerem o ministro que nunca foi militar a comprar banha da cobra. E ele assume como se a culpa ou o virtuosismo fosse só dele. Era o chefe e não foge com o rabo à seringa como alguns. Valha-lhe isso. Ou pelo menos isso.
Anónimo das 18:16,
Seria uma solução, acabar com os militares e entregar a defesa da soberania aos nossos vizinhos espanhóis. Isso certamente agradaria a muita gente, menos aos veneradores do 1º de Dezembro e aos heróis da Restauração e das glórias da nossa História, que temos razões para nos orgulharmos.
Já assim acaba-se também com os juízes seus carros e tribunais, principalmente o TC que tem uma fortuna em carros apesar de os juízes não precisarem de se deslocar para o desempenho das suas funções.
E há muita coisa na máquina do Estado que suga os nossos impostos apenas para que os «boys» e as «girls» do regime tenham um bruto salário mensal e mordomias incontáveis.
Realmente isto precisa de uma higienização sistemática e rigorosa, mas eles, como interessados não têm «tomates» para a fazer. Tem de ser o povo, com os seus varapaus e ovos...
Continue atento e ajude a despertar este povo adormecido.
Ajustar as FA à realidade nacional. Unir todas as dispersas FS e órgãos de polícia.
Não de pode, hoje em dia, separar a SE da SI. É preciso acabar com as quintinhas e com o compadrio.
É preciso racionalizar e optimizar!
Ai a Espanha. Coitados têm de resolver os seus problemas que são bem piores do que os de Portugal.
E aquela família real está mesmo no final da monarquia se não se cuidam...
Anónimo das 12:09
A solução que propõe para os aspectos sociais referidos deverá ser colocada para discussão, a par de outras hipóteses de solução a fim de ser escolhida a melhor, como se defende em Pensar antes de decidir.
Segundo esta metodologia da preparação da decisão, não se deve deixar de analisar qualquer hipótese com alguma viabilidade.
Ora nem mais. Se o PCP e os sindicatos do mesmo deixarem trabalhar quem quer colocar isto nos eixos. Quanto à seguarança das altas entidades, estas estão bem entregues. Não são sindicalistas. Muito menos membros da ANS... São profissionais que honram a corporação policial que servem!
Anónimo das 22:18,
Quanto à segurança, o desejável será que os agentes sejam eficazes e, certamente, serão pois a quantidade insinuada nas notícias, mostra que os atiradores não podem aproximar-se de forma a poderem acertar com o ovo!!! e um tiro acabará por ser absorvido pela barreira humana fortificada, constituída pelos agentes!!!
Mas, nos casos de Indira Gandhi, de Anuar Al Sadat e provavelmente de John Kennedy, o projéctil veio da mão de gente da elite de confiança.
Quanto à aversão por comunistas e sindicalistas, cheira-me aos piores argumentos do Estado Novo, «quem não está connosco está contranosco». É preciso não desprezar nenhum português, conversar com os que mostram ter problemas ou estarem mais sensíveis a abusos do poder e, de tal diálogo, será bom que surjam benefícios para os comportamentos de ambas as partes dialogantes. É essa a melhor concretização da DEMOCRACIA. Pior do que eles é um governante que diz que o povo o elegeu para ele fazer o que pretende e atira para frente com soluções mal pensadas e teimosamente diz que não recua. Não quer ouvir comentários e detesta oposições de parceiros ou de particulares. Será que se julga no direito de ser ditador???
Não deveria pensar que foi eleito para fazer o que prometeu e defender os interesses dos cidadãos, principalmente, daqueles que são sempre «o pião das nicas»?
Nunca vi nenhum político ser eleito para fazer o que prometeu. Em país nenhum do mundo. Mas este governo parece que rubricou o acordo com a "troika" e que foi preparado, negociado e assinado pelo governo do partido do Sr. Seguro... E, parece, que quando lá chegou viu que a nau estava totalmente rota e a ir ao fundo se não apelasse ao esforço de todos os portugueses. Métodos? Cada um terá os seus. No entanto creio que o sr Seguro não faria de outra maneira. Ou melhor, era capaz de aumentar a TSU, as empresas começarem a aumentar os encerramentos, a mudar de país fiscal e despedir trabalhadores. A austeridade, seja de que forma for atinge duramente todos os cidadãos. Mas os mais ricos clicam numas teclas e pôem o seu dinheiro fora do país e fecham as suas tascas e vão para o desemprego TODOS os TRABALHADORES. E o sr Seguro parece que é adepto de se aumentar os impostos, o tempo do resgate financeiro e quiçá pedir ainda mais dinheiro. Uma coisa é certa; a "troika" a ele, com o comportamento incendiário que tem tido não lhe emprestaria nem mais um Cêntimo nem lhe daria mais um dia sequer para pagar o que deve. E certamente que o crédito de Portugal seria o mesmo que o da Grécia.
O governo explicará no Conselho de Estado a sua posição. O Presidente da República e os conselheiros (alguns parecem agora umas baratas tontas)analizarão e discutirão.
E o PR ouvirá na prsidência os parceiros sociais e comunicará com o Priemiro Ministro. este também disse estar aberto a todos os encontros com os parceiros sociais. Mas há uma máquina poderosa, desde sempre, a máquina do PC que cobre as estruturas quase todas sindicais. Um perigo...
Se tivessemos o escudo como moeda independente desvalorizariamos o mesmo. Os portugueses perderiam imenso poder de compra mas até podiam aumentar os vencimentos em 5% desde que desvalorizassem a moeda em 20 ou 25%. Lembra-se de Mário Soares? Não foi isto que fez nos anos 80?... E agora explode...Será da idade? Será do intersse partidário? O que move este indivíduo que se fartou de fazer mal a Portugal e aos portugueses?
Anónimo das 19:24,
Como porta-voz do governo não tem a lição mal estudada! Mas duvido que as suas simpatias estejam orientadas para os partidos da coligação ou para o PCP, dado o relevo que dá ao poder real deste minúsculo partido. O certo é que tem liberdade de ter as suas secretas convicções, tão secretas que se mantém como anónimo.
Porta-voz de livres convicções e de poucas certezas depois do que vi hoje em frente ao Parlamento. Uma coisa sabemos, quem nos conduziua isto e que métodos foram utilizados. Hoje não foi diferente. Realça-se a calma e o profissionalismo da Polícia de Segurança Pública em especial os membros do CI da UEP.
Com outro governo, se calhar da ideologia dos cabecilhas incógnitos, para muitos, dos que estavam a incendiar a manif, teria a Polícia carregado sem apelo nem agravo.
Boa noite
Mais uma opinião convergente com a de Marcelo surgiu no PÚBLICO de 26-09-2012, na notícia
3João Salgueiro diz que Passos Coelho não estava preparado para tomar conta do poder
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