O objectivo para o défice orçamental de 2012 era de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas no primeiro semestre atingiu 6,9%, quase 7%, o que revela "falhanço colossal" do Governo e deixa país a "afundar-se".
Perante este quadro negro, a sabedoria salomónica de Cavaco Silva leva-o a afirmar que a Troika deve rever "previsões que falharam", como se coubesse à Troika o acompanhamento diário e o controlo das parcelas das despesas e receitas do Estado.
Afinal quem tem a responsabilidade de gerir as contas do País, de o governar, de corresponder ao juramento feito na tomada de posse. Qual é a missão assumida pelos órgãos de soberania? Em quem deve o povo depositar confiança e esperança? A quem deve o povo atribuir as culpas deste «falhanço colossal»?
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Mensagem de fim de semana
Há 38 minutos
2 comentários:
Quanto à crise, à inapetência do Governo e à incapacidade da Troika, eis um excerto da crónica de Viriato Soromenho Marques no DN de hoje:
«Portugal está no caminho da Grécia, mas sem anarquistas na rua, e com um Governo fiel e obediente ao programa do directório europeu e do FMI. Um governo que resolveu abdicar de ter ideias ou vontade próprias, numa deliberada estratégia de quem assume não só a fraqueza, mas também a culpa: "fingir de morto."
A Europa é hoje uma grande e dolorosa experiência de engenharia social, um gigantesco laboratório do ultraliberalismo económico com o seu cortejo de desprezo pelo sofrimento humano. Portugal é a prova veemente de que os examinadores da troika estão enganados. Na sua estratégia está a raiz do mal que devora os alicerces da União. O veredicto da realidade não tem instância superior de apelo. A troika já "chumbou" na prova de fogo da vida. Mas ainda não se deu conta disso.»
Para ensinar o Professor Cavaco Silva, sobre a responsabilidade do Governo e a da Troika, é muito interessante a notícia:
Comissão Europeia: plano de ajustamento é do Governo, não da troika
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