Estamos próximos daquele dia de primavera em que as ruas se encheram de cravos a festejar uma mudança na vida nacional, 25 de Abril. Porém, os resultados não foram os mais desejados por não terem sido acautelados todos os pormenores de um necessário planeamento para o «depois».
O PREC (processo revolucionário em curso) deu à palavra liberdade o significado de libertinagem e foi esquecido que a nossa liberdade só existe quando respeitamos a dos outros. E isso teve como efeito que o PREC se tem prolongado, com a designação de PRAEC (processo revolucionário ainda em curso).
A bagunça que se sucedeu e se foi agravando ao ponto de, ainda hoje, a dívida pública aumenta 131 milhões de euros por mês.
À confusão em que temos vivido aplica-se a quadra do popular poeta algarvio António Aleixo:
em homens de inteligência,
que às vezes fico pensando,
se a burrice não será uma ciência.
Agora, levantam-se vozes e anunciam-se projectos, como o incentivo à reflexão apresentado pela Associação 25 de Abril que quer “vencer o medo e construir o futuro”. Realmente, deve ser pensado o futuro das pessoas, vivas e vindouras, pois os estragos produzidos por más políticas vão ser sentidos por vários anos. Trata-se de atitudes individuais mas que terão de ser sincretizadas e orientadas para um grande objectivo comum – o crescimento de Portugal». Para isso serefectivo, tem que haver patriotismo, sentido de Estado e sentido de responsabilidade servido por indomável coragem.
E aqui cito mais uma quadra de um conhecido poeta algarvio, o contemporâneo José Rolita Correia Caniné:
Com Alma grande, com Fé;
Nem sempre ela será tua,
Mas, de rastos, nunca é!
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