Em plena época de fogos florestais, há inúmeras lamentações acerca da falta de limpeza das florestas, o que mostra a importância desta como factor preventivo da catástrofe que nos assola anualmente. Mas, infelizmente, não se vê uma medida eficaz para garantir uma limpeza adequada e evitar os dramáticos fogos.
Tal limpeza tem custos e muitos pequenos proprietários não possuem meios financeiros para a fazer e dar destino aos produtos retirados das matas. As autarquias também não olham para o problema com tanto sentido de responsabilidade como quando decidem fazer obras de ostentação como rotundas nem sempre vantajosas a não ser para construtores e corruptos.
Dizia há dias um amigo: «Ainda sou do tempo em que» as matas estavam sempre em estado de limpeza que se podia fazer nelas uma fogueira sem o risco de atear incêndio. E esses pequenos fogos eram realmente acesos sem perigo de alastramento quando o pessoal que nelas trabalhava aquecia o almoço que levava de casa em tachos ou marmitas.
Mas ninguém fazia algo com a finalidade de a s limpar, pois a limpeza resultava do aproveitamento de mato e caruma, feito periodicamente a fim de utilização em cama para o gado, amontoamento para decomposição (por vezes em ruas e caminhos) para futuro fertilizante das sementeiras. Por seu lado, os ramos inferiores dos pinheiros, mais propícios ao fogo eram cortados (esgalhados) a fim de obter lenha para a lareira e para o forno do pão e para empar videiras, feijão, ervilhas e tomates, etc.
Ao longo dos anos mais recentes, a modernidade dispensou a utilização de tal matéria-prima natural e recorre a outros meios do que resulta que a mata fica com tudo o que produz e torna-se vulnerável a qualquer descuido ou má intenção com meios igníferos. Perante isto, a limpeza das matas tem que ser feita determinadamente para esse fim e deve ser dado destino aos produtos dela resultantes, por exemplo, para produção de biomassa, com destino a fertilizantes, compactações em lâminas tipo tabopan, blocos para centrais de calor, energia, etc.
Para tais trabalhos de limpeza, as autarquias podem recorrer a desempregados, detidos de prisões com remuneração adequada. E, por outro lado, aos pirómanos, que entretanto continuem a agir, deve ser aplicada pena efectivamente dissuasora. As notícias de inúmeros fogos devastadores que têm afligido as pessoas, tornam urgente a determinação de medidas práticas eficazes, claras e motivadoras. O MAI tem que ir além das palavras simpáticas e das idas aos funerais de bombeiros vítimas do seu trabalho em favor da população e da paisagem nacional.
Segue-se uma lista de links de cartas publicadas em Jornais, desde 08-08-2002 e de posts em blogue.
- Fogos florestais. Helicópteros. Pilotos
- Fogos florestais, sem prevenção eficaz
- Mais vale prevenir do que remediar
- Fogo denuncia país dividido
- A época dos fogos florestais aproxima-se
- Definir a Protecção Civil
- Fogos florestais pertencem ao passado
- Prevenção de fogos florestais
- Fogos florestais e incapacidade dos políticos
- Fogos florestais. Prevenção e combate
- Fogos florestais. Problema a analisar com pormenor
- Fogos florestais. Problema a não esquecer
- Fogos Florestais - Enxurradas
- Mais vale prevenir do que remediar
- Prevenção de fogos florestais
- Prevenção nas florestas
- Vigilância das florestas pelo motoclube de Alcains
- Limpar Portugal em permanência
- Fogos Florestais 2010
- Fogos florestais. Mais vale prevenir!!!
- Os fogos acabam hoje ???
- Brincar aos planos de prevenção???
- Fogos testam capacidades de génios
- A floresta exige mais cuidados
- Políticos não são pessoas superiores
- Conhecer a floresta para a amar e preservar
Imagem de arquivo
Tal limpeza tem custos e muitos pequenos proprietários não possuem meios financeiros para a fazer e dar destino aos produtos retirados das matas. As autarquias também não olham para o problema com tanto sentido de responsabilidade como quando decidem fazer obras de ostentação como rotundas nem sempre vantajosas a não ser para construtores e corruptos.
Dizia há dias um amigo: «Ainda sou do tempo em que» as matas estavam sempre em estado de limpeza que se podia fazer nelas uma fogueira sem o risco de atear incêndio. E esses pequenos fogos eram realmente acesos sem perigo de alastramento quando o pessoal que nelas trabalhava aquecia o almoço que levava de casa em tachos ou marmitas.
Mas ninguém fazia algo com a finalidade de a s limpar, pois a limpeza resultava do aproveitamento de mato e caruma, feito periodicamente a fim de utilização em cama para o gado, amontoamento para decomposição (por vezes em ruas e caminhos) para futuro fertilizante das sementeiras. Por seu lado, os ramos inferiores dos pinheiros, mais propícios ao fogo eram cortados (esgalhados) a fim de obter lenha para a lareira e para o forno do pão e para empar videiras, feijão, ervilhas e tomates, etc.
Ao longo dos anos mais recentes, a modernidade dispensou a utilização de tal matéria-prima natural e recorre a outros meios do que resulta que a mata fica com tudo o que produz e torna-se vulnerável a qualquer descuido ou má intenção com meios igníferos. Perante isto, a limpeza das matas tem que ser feita determinadamente para esse fim e deve ser dado destino aos produtos dela resultantes, por exemplo, para produção de biomassa, com destino a fertilizantes, compactações em lâminas tipo tabopan, blocos para centrais de calor, energia, etc.
Para tais trabalhos de limpeza, as autarquias podem recorrer a desempregados, detidos de prisões com remuneração adequada. E, por outro lado, aos pirómanos, que entretanto continuem a agir, deve ser aplicada pena efectivamente dissuasora. As notícias de inúmeros fogos devastadores que têm afligido as pessoas, tornam urgente a determinação de medidas práticas eficazes, claras e motivadoras. O MAI tem que ir além das palavras simpáticas e das idas aos funerais de bombeiros vítimas do seu trabalho em favor da população e da paisagem nacional.
Segue-se uma lista de links de cartas publicadas em Jornais, desde 08-08-2002 e de posts em blogue.
- Fogos florestais. Helicópteros. Pilotos
- Fogos florestais, sem prevenção eficaz
- Mais vale prevenir do que remediar
- Fogo denuncia país dividido
- A época dos fogos florestais aproxima-se
- Definir a Protecção Civil
- Fogos florestais pertencem ao passado
- Prevenção de fogos florestais
- Fogos florestais e incapacidade dos políticos
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- Fogos florestais. Problema a analisar com pormenor
- Fogos florestais. Problema a não esquecer
- Fogos Florestais - Enxurradas
- Mais vale prevenir do que remediar
- Prevenção de fogos florestais
- Prevenção nas florestas
- Vigilância das florestas pelo motoclube de Alcains
- Limpar Portugal em permanência
- Fogos Florestais 2010
- Fogos florestais. Mais vale prevenir!!!
- Os fogos acabam hoje ???
- Brincar aos planos de prevenção???
- Fogos testam capacidades de génios
- A floresta exige mais cuidados
- Políticos não são pessoas superiores
- Conhecer a floresta para a amar e preservar
Imagem de arquivo
9 comentários:
Quando eu era menina, vivia entre um rio e um pinhal. E tem razão o meu pai andava sempre pelo pinhal apanhando a caruma e os ramos quebrados para o fogão que era a lenha. E nunca me lembro de ter visto um incêndio. Nem sequer uma ameaça.
Um abraço e uma boa semana
Cara Elvira
Agradeço a sua visita e o comentário. Realmente, a limpeza da floresta não exigia cuidados, pois ela resultava automaticamente das vantagens dadas pela utilização dos seus produtos. As tecnologias evoluíram e alteraram os hábitos, deixando de haver necessidade de tais produtos. Assim, veio a vulnerabilidade aos incêndios que encontram forma de se se alimentar e alastrar por grandes extensões colocando em perigo não só a floresta, mas também outros haveres e as próprias vidas de bombeiros, de residentes e seu gado.
Os próprio incêndios desenvolveram a tentação dos pirómanos incendiários a quem a justiça não está a aplicar penas que tornem tais crimes menos tentadores, que desencorajem os tarados ou ambiciosos, que teimam em obter benefícios com eles.
Beijo
João
Caro AJS,
Lá vai escrevendo umas coisas para as quais alerto à muito. A estrutura da Protecçao Civil é um conjunto de tachos para amigos. Uma rede caótica...
Saúde
Para além das razões para os fogos, apontadas no post, há outras que costumam ser desprezadas.
1. A limpeza das matas (bem mencionada no post) sofreu muito com o desaparecimentos das queimadas.
2. Se os fogos na natureza acontecem, mas são raros por serem apenas provocados por quedas de raios, a maioria é posta por falta de civismo, seja intencionalmente ou não.
Há muitos interesses envolvidos sob as mais diversas formas e de que pouco se fala, em que deitar fofo soluciona diferendos.
3. A substituição da floresta tradicional pelo eucalipto, árvore que cresce mais rapidamente e carece de menos cuidados, mas com cuja pouca folha produz menos sombra, o que faz nascer ainda mais mato.
4. A desorganização e a corrupção gerais que tudo afectam no país, não podiam ter deixado os bombeiros e a protecção civil indemnes. Vemos bem como eles trabalham sem organização adequada que venha de cima e até os horários são tomados ligeiramente como secundários, provocando acidentes e mortes.
O ministro da polícia ocupa-se mais com a espionagem do que com a organização. Já o conhecemos de quando ele ladrava na Lavandaria Nacional como um cão raivoso, soltando as ordinarices que o colocaram ao mais baixo nível de honestidade, de credibilidade e de competência. Foram, de certo, estas misérias humanas que lhe valeram a nomeação para ministro, devido às qualidades de sacana e de cão raivoso demonstradas. Se nos esquecermos somos ainda mais desmiolados do que os outros europeus nos têm em conta.
Muito recentemente pediu informações pessoais ao Facebook sobre portugueses lá inscritos. Sabe-se que, proporcionalmente ao número de habitantes do país e ao número de portugueses inscritos, esse miserável canalha pediu 213 informações pessoais em nome do país, uma proporção muito superior à larga maioria mundial.
Caro Amigo,
Obrigado por mais estes pontos de reflexão. Quem desejar analisar este problema não pode nem deve apressar-se a deitar mão a uma solução, porque isto exige um estudo profundo que só dará uma conclusão credível no fim, depois de obtar resposta a muitas dúvidas que devem ser levantadas a par-e-passo.
Quanto à Protecção Civil e ao ministro das polícias, não podemos esperar coisa muito diferente da mentalidade nacional, somos avessos à organização cuidada, ào culto da excelência na execução das tarefas, gostamos do improviso e do desenrascanço, do meia-bola e força. Queremos controlar tudo e acabamos por não controlar devidamente o que deve ser bem controlado a fim de injectar melhoramentos. O benefício de uma boa direcção, com racional preparação das decisões, bom controlo sempre que conveniente, correcções oportunas e correctas, estímulo ao pessoal que tem bom desempenho, etc. Isso produz sempre dividendos no desempenho das Instituições.
Abraço
João
O seu segundo parágrafo resume muito bem as causas do atraso nacional, da falta de preparação em toda a linha e de cima para baixo, da produção de baixa qualidade a preços elevados, a miséria mental na origem da miséria financeira, etc. A generalidade é uma calamidade.
O problema não pode ter remédio enquanto não for reconhecido e se façam esforços para o corrigir em lugar de bater ao lado e de o alimentar com o orgulho absurdo em ser atrasado e incapaz, disfarçado de auto-estima.
Caro Amigo,
O remédio para o problema não é fácil de equacionar. Ou é conduzido pelo Governo o que me parece impossível por falta de coragem e de vontade de enfrentar os lobis, que em grande parte estão dentro dos partidos o que dá razão ao Rui Machete quando refere a «podridão dos hábitos políticos». Não vejo o PM a mandar fazer uma correcta avaliação do desempenho das centenas de sanguessugas assessores, especilistas, dos observatórios, das PPP, das Fundações, das empresas públicas , eyc. etc. e ficar apenas com os melhores 10% e despedir todos os restantes.
Não sendo o Governo a fazer esta triagem o povo acaba por se cansar de ser explorado para suportar estes parasitas e pode decidir de forma explosiva imitar os egípcios ou os sírios, mas descomandado causará mais danos do que se nada fizer. Para encontrar a solução pelo povo, seria preciso organizar o povo para não cairmos no caos de violência e destruição.
Assim, não é fácil prever o fim disto. Mas ele virá e não tardará muitos anos. Oxalá haja disciplina e ordem na mudança.
Mas o ensino não está com eficiência para desenvolver trabalho de equipa com método.
Abraço
João
Não se pode organizar um povo desmiolado e sem capacidade de reflexão. Por outro lado, se não for a bem terá que ser a mal. No Séc. XIX foi quando se deu a maior guerra civil dos últimos 200 anos em Portugal, muito maior que a brincadeira do ultramar, e cá estamos.
Não se pode dizer «não se pode» nem tampouco «será pior», que o pior é o que se vive. Há começar por devolver o controlo dos governantes ao povo. Só isso resolve quase tudo. Não se pode apoiar a idiotice do Marcelo Caetano que dizia que o povo não estava preparado. Nos países democráticos também fizeram erros ao princípio e aprenderam com eles.
Caro Amigo,
Não tenho grandes ilusões de que isto só muda a mal, porque:
Os detentores do poder não fazem cedências das suas regalias e dos seus cúmplices e coniventes, nem darão poder ao povo para os controlar. Agora até passou a ser secreta uma grande parte das subvenções dos políticos. Isto é frontalmente contrário à TRANSPARÊNCIA democrática de que muito falam.
O povo tem que conquistar, com os meios à sua disposição, os poderes que teoricamente a democracia lhe confere.
O resultado imediato será indesejável para as inúmeras vítimas mas, como diz, será uma tentativa de acabar com o saque que sofremos diariamente.
Não podemos deixar de ver que os políticos culpados durante anos do descambar para esta crise, estão a viver como nababos e não são molestados e, pelo contrário os eternos sacrificados continuam a ser espoliados de meios vitais para se recuperar da crise criada por esses malandros.
Resumindo, os pobres pagam a crise criada pelos ricos.
Abraço
João
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