A senhora ministra das Finanças gaba-se de o Governo ter reduzido o défice de 0,6% à custa de «enorme aumento de impostos. O deputado João Galamba criticou que, por cada quatro euros de austeridade, o défice foi reduzido de um euro".
Manuela Ferreira Leite, ex-ministra das Finanças, disse que «se estivesse na posição do governo, não deitaria tantos foguetes». Disse que, apesar de "não contestar" o número para o défice avançado, contesta as medidas tomadas pelo executivo para chegar a este ponto. "Mais uma vez, estivemos a tomar medidas excessivas" e acrescentou que "o resultado é bom, mas não tem nenhum significado na vida das pessoas e não há motivo para tanto auto elogio.
Também o ex-ministro das finanças Teixeira dos Santos disse que. a "descida do défice" através do "aumento de impostos não é grande feito". O benefício no défice foi muito pequeno em relação ao sacrifício feito pelos contribuintes e ao aumento do desemprego derivado do abrandamento acentuado da economia.
Foi um erro, criticado desde o início procurar resolver o problema da dívida através do aumento da receita, dos impostos, da austeridade, em vez da prometida redução das despesas com uma boa reforma estrutural do Estado, mas o Governo não foi capaz de cumprir as promessas feitas a tal respeito. Teria sido mais eficaz e com efeitos positivos duradouros, colocando este Governo na história, seguir a pista de cortar as gorduras da máquina estatal, através de uma cuidada Reforma, cortando as despesas com fundações inúteis e esbanjadoras do dinheiro público, o mesmo para muitas instituições e empresas públicas e autárquicas, reduzir a burocracia ao mínimo indispensável, legislando para eliminar a corrupção, o tráfico de influências, as negociatas, a promiscuidade entre cargos públicos e interesses privados que têm negócios com o Estado, punindo o enriquecimento ilícito, eliminando a acumulação de pensões de reforma milionárias adquiridas em tempo muito inferior ao normal, etc, etc. Daí que as palavras de Manuela Ferreira Leite e de Teixeira dos Santos sejam muito oportunas e reforcem o eco do muito que tem sido afirmado publicamente por várias pessoas esclarecidas e bem conhecedoras do problema.
As nuvens ameaçadoras de tempestade não desaparecem da nossa atmosfera e a burocracia persistente, fruto de exagerado número de «mangas de alpaca», continua a ser um manancial de oportunidades de corrupção e dos vícios a ela ligados, com o consequente resultado para o esbanjamento do erário, para o empobrecimento da classe média e para o aumento da injustiça social e o exagerado crescimento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
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Rapidinhas de História - Livros
Há 32 minutos
3 comentários:
O DEFICE JÁ BAIXOU!
É preciso agradecer
Porque o défice já baixou
Já vamos todos crescer
Pois a crise já passou!
Conseguiram acabar
Com esta crise que criaram!
Foi fácil, foi só roubar
Os que à miséria mandaram!
Roubaram os reformados
Para dar ao capital
E aos bancos já desfalcados!
Foi tão fácil, afinal!
O défice já baixou
A Troika vai abalar
E Portugal já ficou
Com a riqueza a gerar!
Temos que reconhecer
Estes feitos gloriosos
Passou o bom povo a sofrer
Graças aos grandes mafiosos!
Devemos o grande feito
Aos governantes que temos
Render-lhes-emos o pleito
Porque todos já vencemos!
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Zélia Chamusca
Cara Amiga Zélia Chamusca,
Muito agradeço esta honra que dá ao espaço de comentário, habitualmente vazio ou com um texto reduzido, mas agora pleno de brilho com um poema à altura do valor da sua autora.
Um comentador da área do Governo deu há pouco na TV uma explicação que confirmou uma ideia que eu vinha a formar timidamente. Na escolha de alternativas, na busca de soluções, não há o cuidado, a preocupação de procurar aquilo que mais convém a Portugal, aos portugueses, mas sim aquilo que mais facilmente dá resultados eleitorais e já se desenvolve a campanha eleitoral das próximas legislativas.
Mas seria bom que os governantes e outros políticos abrissem os olhos para os resultados de sondagens recentes e vissem que o povo evidencia que não é tão ingénuo, apático e indiferente como os «sábios» do Governo pensam. Não se deixa aldrabar por promessas e falsas «garantias» de futuro melhor, embrulhadas em palavras bonitas e exóticas. Mais do que palavras, os governantes devem mostrar, com verdade, bons resultados de medidas tomadas, e que procurassem tomar decisões voltadas para os interesses nacionais para aquilo que aumenta a riqueza nacional e melhora a qualidade de vida das pessoas.
Beijo
João
Caro Joao, o problema do país e dos políticos é que esta socidade cresceu na era do facilitismo e da mentira onde os valores da "peste grisalha" se foram...
Saudaçoes e um sorriso
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