sexta-feira, 31 de março de 2023

VANTAGENS DA AMIZADE E DA FRATERNIDADE

(Public em  DIABO nº 2413 de 31-03-2023. pág 16, por António João Soares)

A Amizade constitui o maior valor na sociedade actual, que supera o jogo do euromilhões e outras ficções financeiras, porque o dinheiro não resolve tudo, dá preocupações e acaba por desaparecer.

Pelo contrário, a força da Amizade quando ela é sincera, verdadeira, é um vencedor de dificuldades e de sacrifícios. Como a humanidade seria um paraíso confortável se todas as pessoas fossem amigas de se ajudar nem que fosse apenas por trocas de opiniões sobre os motivos das suas preocupações, a começar pelos governantes dos países. Com a troca de informação para a gestão das realidades mais difíceis, deixaria de haver poderosas indústrias de material agressivo e de as pessoas viverem sob a ameaça de conflitos incluindo a perigosíssima guerra nuclear. Se formos amigos uns dos outros, todos beneficiaremos, sem termos nada a perder e com os benefícios do bom entendimento e da vida em paz e harmonia.

Faço parte de um grupo de amigos que se habituou a conviver num almoço semanal, já há muitos anos em que nada se exige nem sequer a obrigatoriedade de ir ao almoço, quando isso obrigaria a faltar a obrigações de interesse pessoal ou familiar. Criei o hábito de tirar fotografias, durante o repasto e, depois, as publicar no facebook o que obtinha comentários de outros amigos, alguns dos quais depois se integraram no conjunto. Há alguns anos fui internado num lar de idosos afastado do local habitual do almoço, não me é fácil e seguro deslocar-me a esse acto «religioso», mas um conviva prestou-se a fazer a cobertura fotográfica e a enviar-me, por gmail, o resultado desse seu trabalho, respeitando assim a minha continuação de elemento do grupo, o que me dá muito prazer e constitui um motivo de luta contra o envelhecimento, por me ocupar tempo e me dar actividade cerebral.

A Amizade é um sentimento, um afecto, que devemos alimentar. A religião aconselha a respeitar e amar os outros como se fossem irmãos e estes amigos estão conscientes disso de forma que, sempre que os seus compromissos lhes dão folga eles aqui estão neste dia semanal em cumprimento do dever que a fraternidade lhes aconselha. Como a humanidade seria mais feliz se este compromisso estivesse mais generalizado!  Sigamos todos este exemplo da forma que mais for adequada aos compromissos de cada um.

Outro aspecto que me ajuda a retardar a chegada da senilidade tem sido o esforço generoso de colaborar com um artigo semanal para o jornal O DIABO, onde procuro não falhar e onde já saíram 333 trabalhos com um aspecto que procuro ser contributivo para um melhor futuro da sociedade, com críticas construtivas, dando sugestões que melhorem a ética social dos leitores, principalmente se tiverem responsabilidades na governação de qualquer nível.

Modernamente, há muitos meios de comunicação que permitem transmitir amizade e afectos. Trocas de mensagens com opiniões sobre as realidades que as notícias nos transmitem, contribuem para evitar o isolamento e melhorar a nossa cultura e a dos amigos. Viver é conviver e podemos fazê-lo mesmo estando afastados e sem contactos directos. Mesmo publicando nas páginas da Internet, obtemos respostas e comentários de conhecidos que nos ajudam a vencer os inconvenientes da solidão e a continuar vivos.

Dizia um pensador que quando se morre nada se deixa a não ser a recordação do afecto trocado com os amigos. A Amizade constitui um valor muito significativo. Por isso deve difundir-se a solidariedade contribuindo para que a Humanidade viva em paz e harmonia, sem inveja, ambição, violência, nem péssimas competições. 


Ler mais...

sexta-feira, 24 de março de 2023

AITUDES QUE SÃO MENSAGENS CLARAS

ATITUDES QUE SÃO MENSAGENS CLARAS

(Public em  DIABO nº 2412 de 24-03-2023. pág 16, por António João Soares)


A Humanidade pode beneficiar muito se cada cidadão e, principalmente, os políticos em altos cargos, em vez de optarem por discursos extensos e vistosos para transmitirem imagens que, por vezes, merecem ficar mais recatadas, praticarem actos menos propagandeados e mais eficazes para melhorar os comportamentos públicos e a qualidade de vida.

 

Estou a pensar na visita feita pelo Presidente dos EUA de surpresa à Ucrânia em que transmitiu discretamente apoio inequívoco com amizade a este país, e em que, sem palavras, dava uma boa lição a Putin, e uma boa informação ao mundo sobre o sofrimento imposto aos habitantes ucranianos desde a invasão de que têm sido vítimas, durante os derradeiros 12 meses. Com a sua visita e as suas deslocações, expôs às pessoas inteligentes que a Rússia não teve a vitória que certamente desejava. Esta guerra não está vencida e, provavelmente nunca estará, apesar das muitas baixas humanas provocadas e das exageradas destruições feitas nas localidades.

Realmente, os gestos são mais eloquentes do que longos discursos.

 

Esta visita demonstra muito claramente, que a maior parte do mundo está muito unida quer aos EUA quer à UE em relação à Ucrânia e está determinada a não deixar cair este país nas mãos do agressor que há um ano iniciou uma guerra demasiado violenta e sem o mínimo respeito pelos direitos humanos de viver.

 

Joe Biden deixou a promessa à Ucrânia de não a deixar cair nas mãos do agressor, do fornecimento de mais armamento a este país, o qual poderá contar com a entrega de equipamentos essenciais, sistemas eficientes contra a violência que lhe está a ser imposta e radares de vigilância aérea e, por outro lado, dentro em breve irá ser agravada a quantidade de sanções económicas à Rússia.

 

A opressão russa lançada há um ano no território ucraniano é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial ocorrida entre 1939 e 1945.

 

Além desta atitude que representa mais do que muitos discursos, felizmente, há outros bons exemplos que merecem ser citados. Há dias vi uma referência à Via Verde Seixal, criada pela médica Drª Alexandra Fernandes destinada a apoiar doentes sem médico de família e que, para obterem uma consulta, perdiam horas de espera à porta de clínicas e, agora podem pedir a marcação de uma consulta por meio de chamada telefónica no dia anterior.

 

Este centro de apoio a pessoas que não dispõem de médico de família, tem possibilidade diária de atender 150 consultas entre as 8h00 e as 20h00 servindo 45 mil utentes. Mais ao menos ao mesmo tempo, foi também criada a Via Verde Almada, de igual estilo mas de menor dimensão, dado que só precisa de atender 17 mil utentes. O exemplo do Seixal merece ser imitado. Portugal precisa das iniciativas positivas dos seus cidadãos.

O nosso país, e a humanidade, em geral precisa que os seus cidadãos vivam atentos ao que se passa em seu redor e procurem contribuir com o seu esforço e a sua capacidade para encontrar soluções eficazes para resolver as dificuldades com que depararem. A Pátria é nossa e nós temos o dever de a cuidar bem. Os bons exemplos devem ser seguidos de forma correcta.

«Para a evolução do nosso país, não bastam palavras bonitas, atitudes vistosas e ser fotografados com jovens que aplaudem os governantes em evidência». São mais vantajosas atitudes criativas que produzam melhorias eficazes na qualidade de vida dos cidadãos carentes de apoio. Devemos viver com o espírito atento ao que se passa em nosso redor e contribuirmos, com o nosso esforço e a nossa capacidade, para inovarmos soluções válidas, seguindo positivamente os melhores exemplos que nos surgem e inovando outros. A nossa Pátria espera muito de cada um de nós. 

Ler mais...

sexta-feira, 17 de março de 2023

AS BOAS INTENÇÕES SÃO INSUFICIENTES

(Public em  DIABO nº 2411 de 17-03-2023. pág 16, por António João Soares)

As minhas repetidas observações, sugestões, recomendações para serem tomadas medidas com vista a melhorar a qualidade de vida da nossa sociedade, não têm tido utilidade visível. Mas não desisto e espero que haja mais pessoas a desejarem que a vida social se torne mais èticamente correcta por forma a serem evitados crimes de violência e de faltas de respeito pelos direitos dos outros e possamos viver em paz e harmonia.

Mas a humanidade está teimosamente a inverter a marcha moralmente recomendada e a tornar a vida das pessoas num martírio. Basta abrir um jornal para vermos que a criminalidade tem aumentado. Em país nosso vizinho, «homem mata companheira em frente aos filhos».

Na nossa terra, uma menina agrediu a mãe e depois foi internada na psiquiatria. O internamento pode ter sido devido a grave depressão, por sentir arrependimento da atitude incrível, mas o mal foi ter chegado a tal ponto de desrespeito e violência, devido a mau relacionamento entre mãe e filha e esta ter o cérebro contaminado por má educação e péssima influência da maldade existente na juventude moderna.

Em vez de se alimentar o gosto pela violência, pelo desrespeito e pela vingança, será mais benéfico para o próprio e para os seus familiares, amigos e vizinhos, desenvolver amor, amizade e harmonia, desculpando ofensas ocasionais. O perdão e as desculpas mútuas são um remédio salutar contra a violência.

No país vizinho, um jovem de 16 anos foi esfaqueado na mão e na cabeça. Na América, um jovem admite culpa de homicídio violento de rapariga de 13 anos. Viver é conviver, é saber compreender os que pensam de forma diferente e têm opiniões opostas à nossa, que nós temos de respeitar e, se for oportuno, conversar sobre tais diferenças, mas sem ódio, com espírito de explicação e com aceitação e sem se perder o sentimento de ajuda, de apoio e de companheirismo.

Quem visita a minha página do Facebook encontra a publicação semanal de fotos de um convívio de amigos de longa data, com profissões diferentes que, dessa forma, alimentam o seu bom relacionamento e o seu espírito de colaboração. Agora, dada a minha vida limitada pelas regras do lar, não tenho comparecido nos convívios, mas continuo ligado a eles e um tira fotos aos presentes e envia-mas para eu as publicar na minha página num espírito de amizade mútua, e de que ele não necessitava porque lhes podia dar visibilidade sem esta minha ajuda, mas também não me dava o prazer de, desta forma, participar no encontro.

A amizade ou fraternidade constitui um factor de riqueza por dar muita felicidade e afecto sem o que a vida não tem valor espiritual. Ela, quando é sincera, constitui um factor vencedor de dificuldades e sacrifícios. Mas há interesses que se lhe opõem e geram um ambiente em que a ambição de poder e de riqueza conduz à produção de armas de guerra, cada vez mais justificadas que ninguém lhes consegue impor uma contenção ou pelo menos uma limitação que dê garantia à poupança de vidas e ao desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida.

A ambição do poder financeiro não dá felicidade e ele será deixado no momento da morte. A felicidade depende mais daquilo que os outros nos dão em afecto, consideração e troca do nosso respeito por eles. Tenho amigos do tempo do Liceu que, em vários momentos do ano, me transmitem o afecto que ainda alimentam desde essa data. Isso é fraternidade, amizade, afeição que merece muito apreço. Amigos Aires e Xis, desejo-vos a melhor saúde e felicidade e que possamos continuar a viver com qualidade.

Ler mais...

sexta-feira, 10 de março de 2023

PARA UM AMANHÃ RISONHO

 (Public em  DIABO nº 2410 de 10-03-2023. pág 16, por António João Soares)

Quando comecei a publicar em O DIABO, a convite do seu director, e já lá vão mais de 330 textos, poucos foram os que fugiram ao objectivo de, embora modestamente, procurar contribuir para uma evolução social com uma melhor qualidade de vida, principalmente para os cidadãos mais carenciados, os que devem ser considerados os mais beneficiados com uma evolução para uma sociedade socialmente mais justa e equitativa. Mas, nestes mais de seis anos, tenho sofrido o desgosto de ver cada vez maior quantidade de lamentações e de desagrados e com poucos gestos que merecessem o meu elogio. 

Mas nem tudo deve ser condenável, pois em 17 de fevereiro tive oportunidade de me referir à inovação da Vila Verde Seixal e à Vila Verde Almada, da iniciativa de uma médica que, consciente das dificuldades de apoio na saúde de cidadãos que não dispõem de médico de família, atraiu a boa vontade de médicos e enfermeiros já fora do serviço activo e que dão a possibilidade de os doentes disporem de consulta sem espera demorada, bastando telefonar num dia para serem atendidos no dia seguinte. Desejei que estes casos fossem bons exemplos seguidos por todo o país, nestes e noutros aspectos convenientes. Mas parece que o povo mais capaz de semelhantes iniciativas continua adormecido sob a pestilenta comunicação social que vive estarrecida pelo futebol, pela pandemia e pelos intermináveis crimes entre familiares e vizinhos que envolvem pessoas de todas as idades.

E, há dias, reparei em duas notícias altamente positivas. Uma refere que um deputado de Macau está a lançar a sugestão de que a tecnologia chinesa, além de ser apenas traduzida para inglês, passe também a ser para a língua portuguesa, a fim de beneficiar os muitos estados lusófonos e os muitos conhecedores desta língua que se encontram radicados pelo mundo. E isso dá também aumento aos negócios dos exportadores das indústrias chinesas.

 A outra notícia, também muito positiva, embora de interesse meramente nacional, é a de Manuel Pizarro, ministro da Saúde, ter passado um dia no Alentejo, em cinco concelhos do litoral a ouvir os autarcas, a população e os profissionais de saúde sobre as falhas que existem no setor. Visitou as instituições de saúde da área, no âmbito do Governo «Saúde Aberta». Nesta área que visitou, habitam mais de 100 mil pessoas e onde muitas sofrem problemas graves de acesso aos cuidados de saúde. Pretendia «dialogar e ouvir as pessoas. Ouviu a população, os autarcas, os profissionais e tentou procurar soluções para melhorar o acesso à saúde, quer nos cuidados de saúde primários, quer nos cuidados hospitalares» para, destas conversas, saírem "medidas concretas" que possam ser adoptadas "nos próximos meses, em conjunto com os autarcas".

Este esforço do ministro de conhecer as realidades em que o seu sector deve ser eficaz constitui uma forma exemplar, oposta à dos governantes que vivem fechados nos seus gabinetes, desprezam as necessidades de actuar e, quando algum jornalista tem oportunidade de lhes fazer uma pergunta sobre um facto concreto de que o povo fala, limitam-se a afirmar que desconhecem e vão investigar. Um ministro tem a responsabilidade de tomar decisões oportunas e eficazes para defender os cidadãos de perigos e mantê-los com a melhor qualidade de vida. Para isso, devem conhecer a realidade da sua área de responsabilidade e, quando é detectado algo inconveniente, averiguar como aconteceu e tomar medidas imediatas para remediar o mal ocorrido e prevenir para que não se repita.

Este realismo do ministro constitui mais um bom exemplo a seguir para que o futuro seja risonho com a melhor qualidade possível, principalmente para os cidadãos mais carentes de apoio.

Ler mais...

sexta-feira, 3 de março de 2023

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. HAVERÁ SOLUÇÃO?

(Public em DIABO nº 2409 de 03-03-2023. pág 16, por António João Soares)

Foi, já em tempos, decidido que devíamos evitar criar danos no ar que respiramos, não fazendo produção de poluição local do ar com fumos de chaminés, de escapes de carros, etc. Mas, apesar dos cuidados havidos, as perturbações climáticas, recentemente, têm aumentado de forma assustadora. E não são visíveis os efeitos das diversas reuniões realizadas, com alguma frequência, por políticos com altos cargos e, talvez, com colaboração de indivíduos que se consideraram dotados com sabedoria do espaço extraterrestre, mas que nada ajudaram a resolver.

Houve pessoas bem informadas e observadoras que consideram que a principal causa da poluição do ambiente espacial pouco depende dos fumos da superfície terrestre e que o seu maior factor de poluição e mais representativo é constituído por radiações electromagnéticas que, ultimamente, têm aumentado de forma ameaçadora e cujo controlo fica longe da decisão humana, dado que a utilização de meios informáticos, de variados sistemas de automatismo, é produtor de alto grau de poluição do ar. E daí resultam modificações das causas das acções climáticas.

Essas pessoas, cientificamente bem informadas, citam alterações durante a primeira guerra mundial devidas ao uso intenso de novos sistemas de propulsão de objectos balísticos tele-orientados, de automatismos de controlo electrónico, etc. etc. Logo que terminou o conflito foi notado que se regressou à normalidade anterior. Mas tal regresso não se tornou permanente, porque as lições da guerra foram aplicadas na indústria de produção de instrumentos de trabalho e aos equipamentos de instalações de estabelecimentos e outros, como vemos nas portas automáticas que se abrem quando se aproximam pessoas para passar, etc.

Os radares de trânsito hoje são muito poucos comparados com os biliões de produtores de radiações electromagnéticas. Um vulgar automóvel, começou por ter um radar apontado para a frente para alertar da presença de um obstáculo, mas hoje tem muitos mais de cada lado, à frente e na rectaguarda para evitar que, ao fazer uma manobra para arrumar, ou numa via estreita, haja colisão, etc.

Mas, hoje, a mais forte geração de tais radiações são as telecomunicações e as suas torres de ligação para grandes distâncias. Um telemóvel quando faz uma chamada envia-a a toda a volta e, depois, há retransmissores que levam a chamada ao seu destinatário que normalmente está num ponto onde o aparelho que o chamou não fazia a mínima ideia. E com tal sistema cada ponto do espaço é permanentemente atingido por biliões de radiações.

Quando os «sábios» que se têm proposto evitar as alterações climáticas, tiverem plena consciência desta sua causa, como a podem eliminar? Ninguém terá coragem nem possibilidade de a eliminar pois iria combater muitos interesses de pessoas de todos os níveis sociais. E os poderosos da indústria não permitiriam ser privados das vantagens que a moderna tecnologia lhes faculta.

Mas há que procurar tecnologias mais adequadas às actuais necessidades, sem terem de enfrentar os inconvenientes que hoje ameaçam com o excesso ou o mínimo de temperatura, ou seca que destrói todo o ser vegetal ou a chuva e as inundações que afogam tudo o que é vida, provocam derrocadas e deslizamento de terras, com perigo para as pessoas, principalmente as mais idosas, ou deficientes.

Precisamos de novas tecnologias que se apliquem à simplicidade própria do século passado, sem nos privar das vantagens daquelas a que já estamos habituados. Essas inovações serão possíveis antes de chegarmos à eliminação da humanidade? Oxalá, que sim.reva aqui a primeira parte do artigo Escreva aqui o restante do artigo

Ler mais...