quarta-feira, 17 de maio de 2017
POPULAÇÃO DE ALMEIDA SERVE DE MEXILHÃO ?
A população de Almeida serve de mexilhão?
(Publicado em O DIABO de 16 de Maio de 2017)
A População do Concelho de ALMEIDA estará mesmo revoltada com a decisão de fecharem a sua da CGD? Não estaremos a ser vítimas de propaganda contra a situação actual e a fazer valer o dito antigo «ter alma até Almeida»?
Há coisas que custam a acreditar. Por um lado, há dias, em 25 de Abril, nos bonitos discursos dos oradores dos diversos partidos foram acarinhadas as populações com esperanças como: - Criminalização do enriquecimento ilícito; - Criação de uma sociedade inclusiva e justa; - Tornar mais socialmente justa a distribuição da riqueza; - Subordinar o poder económico ao poder político, isto é, aos interesses dos portugueses, em geral: - Evitar a continuação da austeridade; - Combate aos privilégios injustificados, ao compadrio, à corrupção, à opacidade, à economia subterrânea; - Dar prioridade ao primado da pessoa, do seu pojecto de vida; - Respeitar os direitos humanos e a protecção da vida; - Praticar uma visão solidária da dignidade humana; - Respeitar os direitos sociais e económicos da população e procurar solução para a pobre e o desemprego; - Difundir os deveres sociais e ambientais; - Recuperar direitos e salários e os deveres de cidadania; - Defender o Caminho para um Mundo pacífico, dialogante, sem guerras.
No mesmo sentido, temos sido informados por «responsáveis» da governação que é imperioso combater a crescente desertificação do interior, em que há povoações apenas com um casal de idosos que já acham desajustado investir no esforço de mudar de residência e preferem ali morrer onde sempre viveram. Mas, pesar destes e de outros factores, ameaçam encerrar a agência da CGD, um banco do Estado, isto é, vocacionado para servir os cidadãos, numa sociedade inclusiva e justa, sem discriminações. Com tal encerramento, os cidadãos do concelho, na maioria idosos e alguns deficientes, quando precisarem de tratar de algo relacionado com as suas magras pensões, terão de se deslocar, sem disporem de transportes públicos adequados, até Vilar Formoso que fica para lá de 10 Km de distância.
Qual o motivo para este dislate? A CGD, noz anos mais recentes entrou em crise, em consequência de erros de gestão, e como solução não hesitaram em fechar aquele balcão, sem penar que, com isso, estão a desrespeitar os direitos dos cidadãos contribuintes do Concelho, os quais não foram minimamente culpados dos erros que outros cometeram.
Estes os seus amigos, que agora não pagam os empréstimos que lhes foram concedidos sem cauções racionalmente válidas, mas apenas por amizade, conivência cumplicidade, sem critério que priorizasse os interesses nacionais, dos cidadãos. Agora tais funcionários e os devedores podem ser milionários, mas «quem se lixa é o mexilhão», quer esteja em Almeida ou noutro ponto do país.
Isto parece um prenúncio de que o País está a afundar-se por ter incompetentes, nomeados por partidos, na gestão de serviços públicos que exigem capacidade, organização, prudência, enfim, responsabilidade para a função e honestidade.
E o que faz a Justiça para parar este desaforo, recuperar os valores perdidos e restaurar a disciplina a ordem social? Um juiz amigo que a Justiça procura inserir-se na legislação existente. Só que esta é feita pelos eleitos, ou, na maior parte dos Casos, por gabinetes privados contratados, a que alguns eles pertencem e que deixam sempre pontos e dúvida, para benefício de seus clientes e para, posteriormente, daí saírem pedidos se parecer, bem rendosos.
E perante tal inoperância de Almeida com nível etário muito pesado (pdi) ou com significativa DNA (Data de Nascimento Antiga) é que «passa as passas do Algarve» ou serve de vítima do ditado «quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão». Pobres mexilhões numa área tão afastada do mar, que vê acelerada a sua recta final da caminhada da vida.
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A. João Soares
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segunda-feira, 18 de julho de 2016
MARQUES MENDES "ESCANDALIZADO" COM A CGD
Transcrição de notícia que mostra que os interesses públicos estão sujeitos a variados ataques:
Marques Mendes "escandalizado" com CGD revela dúvidas em carta do BCE
POR INÊS ANDRÉ DE FIGUEIREDO
O comentador social-democrata revelou algumas questões que não eram conhecidas do público.
Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal no ‘Jornal da Noite’ da SIC, voltou a trazer para cima da mesa a questão da Caixa Geral de Depósitos e explicou uma carta que o Banco Central Europeu enviou à CGD, revelando que tem dúvidas sobre alguns assuntos levantados pelo banco europeu.
Realçando que a Caixa é uma “questão muito séria”, o comentador mostrou sentir-se “intrigado e escandalizado” pelo facto de a CGD ser um banco do Estado cuja imagem está a ser degradada porque, “na prática, ninguém lá manda”. “A administração que lá está já não tem poderes”, atira.
Assim, e salvaguardando que teve acesso à carta do BCE, Marques Mendes conta que foram transmitidas “algumas coisas importantes”. Primeiramente, o banco central questionou o número de administradores para a CGD, frisando que contratar 19 administradores é “um erro”, sendo que 15 são suficientes.
A acumulação de funções do presidente do Conselho da Administração e da Comissão Executiva é outro dos alertas do BCE. Assim como a experiência dos membros do Conselho de Administração não executivos. “O que veio a público foi que membros indigitados não teriam experiência e currículo na área da banca, o BCE vem recomendar que tenham experiência bancária”, revela o social-democrata.
Nesta senda, o BCE chama a atenção para possíveis conflitos de interesse, algo que “não pode haver”. Por outro lado, Marques Mendes revela que o BCE avisou a CGD que deve “apresentar com urgência plano de capitalização alternativo à capitalização pública”, mostrando que o Estado poderá não ter condições para o fazer.
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A. João Soares
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Estado vende ao Estado !!!
Vários especialistas apontam, como causas primárias da actual crise, as descontroladas negociatas em que as fabulosas quantias em jogo não tinham a mínima cobertura da moeda com correspondentes valores materiais, apenas se tratando de contabilidade em papel ou em símbolos virtuais.
Por isso, num momento de combate ao défice e à dívida soberana em que se deve procurar tornar transparente a grande confusão que vai sendo descoberta, é estranho que se fale que a CGD, que é do Estado, deve vender ao Estado as seguradoras, para se capitalizar. Quem beneficia com este negócio de mudar o dinheiro de um bolso para o outro? A minha ignorância, sentido da dignidade e tendência para o rigor, dificultam-me a compreensão destas habilidades.
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A. João Soares
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