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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Cavaco Silva está atento

As pessoas que cultivam a aparência de sensatez, prudência, comedimento, cautela, segurança, exercem um autocontrolo rigoroso que tem custos e limites pessoais, do âmbito psíquico. A caldeira vai enchendo, recalcando, até que um dia a pressão é superior ao aceitável e a tampa pode saltar, qual explosão ou abalo sísmico com tsunami! Os clínicos especializados aconselham «purgas» frequentes para evitar que a caldeira chegue ao ponto de rotura. Penso que Cavaco Silva está a controlar da melhor maneira os seus impulsos com a válvula de escape a manter dentro de limites aceitáveis a pressão do vapor na caldeira. Oxalá que obtenha os resultados desejados com os seus alertas e os seus avisos para que não aconteça o mais traumático.

Já aqui se referia este fenómeno no post Cavaco Silva aconselha prudência nos seguintes termos: «A paciência do Sr. Presidente já não permitia esperar mais, apesar de estarmos em plena Presidência da UE. A gravidade da situação tornou inadiável o alerta e, quando terminar esta presidência, será o momento mais adequado para decisão mais expressiva. Até lá, há que observar e meditar.»

Hoje o artigo Sansão e Dalila de Domingos de Andrade, no JN, refere-se com profundidade ao caso da não recondução de Dalila Rodrigues e ao veto do estatuto dos jornalistas, como um copo de água fria na efervescência dos exageros da maioria absoluta.

Também, acerca dos inconvenientes da maioria, aqui deixámos os posts Inconvenientes da maioria absoluta, em 18 de Julho e novamente, um aditamento em 25 de Julho.

Se, por vezes, a prudência do PR possa parecer exagerada e ser interpretada como receio e timidez, há que lhe fazer justiça quando sai à liça com coragem e intrepidez de enfrentar os problemas, sempre com a serenidade, diplomacia e sensibilidade próprias da sua personalidade.

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quarta-feira, 25 de julho de 2007

Inconvenientes da maioria absoluta, aditamento

O post anterior, de 7 do corrente, sobre este tema veio a ser agora reforçado com a notícia do Jornal de Notícias de hoje, de que se extraem alguns apontamentos

Maioria votou sozinha 26% das leis socialistas

Todas as iniciativas oriundas do Governo ou do PS foram aprovadas pela maioria. E foram muitas, em particular na parte final. De acordo com um relatório elaborado pela Direcção de Serviços de Documentação, Informação e Comunicação da Assembleia da República, da sessão legislativa resultaram 35 leis, entre 15 de Setembro de 2006 e a passada sexta-feira, dia 20.

Cerca de duas dezenas foram aprovadas exclusivamente pelo PS, o que enfatiza os inconvenientes da maioria absoluta.

Ao todo, juntando as 15 propostas do PS apresentadas, as contas dão que 26% das leis propostas pelos socialistas (Governo e bancada) foram aprovadas sem qualquer apoio da oposição.

No papel de fiscalização política, a relação entre o Parlamento e o Governo ficou aquém do desejável. É que dos 2.458 requerimentos apresentados pelos partidos, a administração central e local deixou por responder 940.

Em relação às petições populares, entraram na Assembleia da República 231 petições, a adicionar às 91 que transitaram da sessão legislativa anterior. Continuam por apreciar 109 petições.

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