terça-feira, 31 de outubro de 2023

É PERIGOSO REPETIR A HISTÓRIA

(Public em O DIABO nº2443 de 27-10-2023, pág. 16, por António João Soares) Conhecer a História constitui uma elogiosa vantagem cultural, na medida em que nos dá saber que nos ajuda a perceber muita coisa que aconteceu no passado e a compreender o emaranhado de causas e efeitos e nos dá capacidade de podermos planear o futuro, mas sem copiar o assado. A Humanidade não deve estagnar, sempre igual ao que era, mas a História pode ajudar a inovar coerentemente para novas acções e atitudes que se ajustem correctamente às condições actuais, a caminho de um futuro melhor. A estagnação não faz parte da vida, sendo necessária a evolução. Mas, actualmente, há muitos políticos com falta de preparação e de inteligência que preferem dar continuidade à estagnação e não dar oportunidade à evolução. Vemos exemplos disso em vários países que foram grandes, como o Irão que deseja voltar a ter o valor em área geográfica e em poder da sua antiga Pérsia, a Turquia também quer alargar a sua área. E agora vemos a Rússia que quer alargar a sua superfície para o Leste europeu. E aqui, há quem explique não apenas pela debilidade mental do líder, mas por aludidos problemas de saúde física e psíquica que o levam a cometer crimes contra a vida humana de ucranianos, de forma inconcebível, mais própria de grupos terroristas mas inadequadas a um Grande Estado, e imprópria de ser humano consciente, respeitador da vida e com um mínimo de ética. Dar largas à ambição de retomar grandezas da história por formas menos respeitadoras de povos vizinhos, é impróprio de seres dignos. Recordo uma leitura pouco recente que nos mostra um grande Estado que não tem dado motivos de crítica, mas sim de admiração e de inveja pelos seus sucessivos êxitos em novas indústrias, no crescimento económico e nas melhorias da sua vida interna, com maravilhosas estradas e exuberantes vias ferroviárias. A China, há cinco séculos vivia pobremente no seu território, com uma economia rudimentar e os seus dirigentes ficaram espantados com o aparecimento dos navegadores portugueses, nos seus movimentos por aqueles longínquos mares. Foram contactos muito interessantes que abriram os olhos e as mentes curiosas daquele povo que decidiu alterar o seu modo de vida e lançar-se num novo estilo, imitando os ocidentais que tomaram como exemplos a seguir. Mas tais inovações foram assumidas com tanta ênfase que durante todos estes séculos, não esmoreceram e hoje a China dá lições ao mundo. E fá-lo sem basófia, sem ostentação, nem guerras, nem violências. E, há dias, propôs iniciativa para promover a segurança de todos os Estados. Já não se limita ao seu desenvolvimento e à exportação dos produtos da sua indústria, mas quer difundir o seu sistema de vida para um relacionamento com segurança com solidariedade e bom entendimento com os outros. Fica a cada um de nós fazer a comparação com a Rússia actual ou com os Estados Unidos da América que colocam o seu objectivo em construir novas armas para vender a outros Estados e a grupos de terroristas que as utilizam para actos de violência. A China em vez de espalhar ferramentas de morte, procura promover a segurança entre todos os Estados, para que evitem violências e passem a viver com bom entendimento entre todos.

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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

DEVEMOS EVITAR A VIOLÊNCIA

(Public em O DIABOnº 2442 de 2o-10-2023, pág.16 por António João Soares) A violência tornou-se uma praga que tem alastrado pela sociedade na quase totalidade dos Estados, nos diversos continentes, mas que constitui um mal terrrível e altamente perigoso para o futuro da humanidade. Estão a ser conhecidos demasiados casos pelo que é urgente convencer as pessoas de que a reciprocidade do respeito pelos outros com bom entendimento e diálogo permite resolver todos os problemas. Cada um tem direito a ter uma opinião pessoal sobre cada problema, mas deve respeitar as opiniões alheias. Não é minimamente aceitável que no Brasil um jovem de 18 anos tenha sido baleado pelo próprio pai. Mas, infelizmente, têm ocorrido mais casos de violência entre familiares. A violência está demasiado generalizada, por vezes com o interesse no dinheiro, mas muitas vezes sem motivo de ambição. Embora estejamos bombardeados por notícias diárias da guerra na Ucrânia, há pouco chegou a notícia de que Israel se encontra em estado de guerra. Tendo começado com ataque do Hamas que causou, para começar, cerca de trezentos feridos. O seu líder afirmou «estamos em guerra e vamos ganhar». O pior mal das guerras não é o motivo do início mas o propósito de não a perder por exigir um esforço por vezes imprevisível em custos financeiros e de vidas. É uma luta pelo êxito final e a ambição do heroísmo. Muitos pensadores sensatos defendem que, socialmente, as hostilidades entre Estados e entre grupos de opiniões divergentes nas vidas nacionais devem ser resolvidas pelo diálogo a fim de obter concordância na procura de soluções para questões em que é possível bom entendimento na procura de pontos de vista convergentes. Uma solução violenta e agressiva é sempre pior para as partes em litígio do que uma conclusão pacífica entre as partes dialogantes, sem violências, mesmo que alguma das partes considere que o resultado não lhe tenha sido totalmente favorável. O esforço que se faça para evitar a violência traz resultados aceitáveis, sem mortos nem feridos e com um convívio mais agradável e com boas perspectivas de vida merecedora de respeito pelas outras partes da humanidade. Os respeitados heróis nacionais não são os que esbanjam dinheiro em material e os que provocam perdas de vidas, mas os que proporcionam vidas felizes, em harmonia e segurança e com esperança activa em futuro melhor. A ONU deve exercer o melhor esforço em tal sentido, usando todas as formas de mentalizar as pessoas, com prioridade nas gentes mais jovens antes que comecem os vícios da ambição, da inveja e da criminalidade que pode conduzir à violência, na ânsia do poder. Na opinião dos analistas independentes e realistas, a causa da generalidade a colocar fim ao problema, sem necessidade de arriscar perdas de vidas e outros danos dos conflitos armados reside na insuficiência da abordagem militar e na sua incapacidade para ver com realismo as situações de forma a procurar solução pacífica e harmoniosa. A solução para eliminar a violência depende de cada ser humano e com a boa vontade de todos no bom sentido e o resultado é benéfico para todos e acaba por tornar o nosso planeta num paraíso.

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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

O FUTURO DA SOCIEDADE

(Public em O DIABO nº 2439 de 29-09-2023,pág.16 (por António João Soares) Tem-se falado muito do futuro da humanidade referindo-se que a sua extinção está próxima, havendo até quem afirme que não passará deste século. Tal opinião deve servir de alerta para a necessidade de haver prevenção na aceitação dos factores que conduzem a tal suposição. Agora surge o alerta da sociedade actual do nosso país que se encontra num estado de degradação preocupante relacionada com a falta de qualidade de vida que desencoraja a gente mais jovem que se decide a emigrar para arranjar emprego com salário adequado por forma a poder ter uma vida com dignidade. Realmente, não devemos viver com demasiada preocupação com o futuro muito distante e incerto e desprezarmos a realidade que nos preocupa na hora presente. A apetência pelo aproveitamento dos imigrantes que não exigem salários muito altos conduz muitas empresas a recusar dar emprego aos jovens nacionais e a não lhes querer pagar salário compatível para ter uma vida com qualidade semelhante aos jovens com capacidade equivalente em países estrangeiros, para onde querem emigrar. É desagradável enfrentar a deserção dos nossos jovens e ver os lugares que pretendiam ocupar serem entregues a imigrantes sem amor a Portugal e sem convivência nas condições tradicionais com os seus «concidadãos». É urgente que se mantenham os nossos jovens de forma a poderem conviver com os vizinhos dentro dos hábitos tradicionais da mesma religião, com respeito pela história e pelos costumes que herdaram dos seus antepassados, embora os tenham adaptado aos tempos modernos. Algo tem de ser efectuado pelo Governo, com sucessivas medidas coerentes por forma a que os nossos jovens se sintam atraídos a colaborar na boa qualidade de vida que desejam e que permita que o País mantenha os cidadãos com relações de qualidade de vida semelhantes com os seus companheiros da UE e da NATO. A Europa não deve ser abandonada aos dislates dos caprichos estranhos de imigrantes com hábitos e tradições discordantes da harmonia histórica do nosso passado europeu. Esta adaptação não convém ser uma mudança repentina e será conveniente, ser acompanhada pelo pensamento europeu e realizada em continuidade sem saltos bruscos, mas com sequência que convença os jovens a manter-se numa vida digna em conformidade com a sequência do seu passado, embora sujeita à evolução para um tom diferente mas numa evolução coerente com as realidades históricas e com uma desejável qualidade de vida. É certo que na vida tudo muda e nada é rigidamente igual ao passado, mas a mudança deve seguir os valores da ética e do respeito mútuo, de forma a que, no futuro, a actual civilização não seja asquerosamente acusada de ter destruído a habitual tradição e continuidade de um passado que se orgulha de ter tido momentos de grande brilhantismo. A ideia de que o passado deve ser respeitado não significa que se pretenda evitar a conveniente evolução em conformidade com os vectores actuais. Nada é imutável, mas devemos manter um trajecto lógico e coerente com as mudanças mais sensatas da vida nacional. Mas a mudança deve ser sensata e não baseada em fantasias de ingénuos autoconsiderados sábios, como aqueles que arrastaram o país para o fundo da tabela dos europeus, em que há pouco mais de uma dezena de anos, tinha mais de uma dúzia abaixo da sua cotação. É certo que tudo muda mas a sociedade nacional não pode ser deixada nas mãos de gestores fantasiosos que não olhem com muita responsabilidade para a correcção como encaram cada momento da vida nacional. Nada deve ser deixado ao capricho do acaso e cada decisão deve ser preparada com muita seriedade, rigorosa análise de cada pormenor e escolher com rigor a melhor solução de entre as várias possíveis, sem que isso demore meses a ser encerrado. O caso do aeroporto de Lisboa constitui, pela demora da decisão, a anedota mais caricata de como não deve ser decidido algo com interesse nacional.

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