segunda-feira, 30 de setembro de 2013

LEITURA DAS ELEIÇÕES


Passos esteve certo quando disse que há sempre uma leitura nacional a fazer das eleições e parece que a grande lição a tirar é que deviam ter sido tomados em consideração muitos alertas vindos de cidadãos descomprometidos e interessados num futuro melhor para os portugueses. Os resultados das eleições obrigam a reconhecer que:

- A forte derrota do principal partido do Governo, está relacionada com a pouca atenção dada pelos governantes às pessoas que vêm sofrendo há mais de dois anos as agruras de uma austeridade sempre crescente sem lhes ser devidamente explicada a razão da solução tomada em vez de outras possíveis, nem serem mostrados resultados positivos do sacrifício que lhes foi pedido.

- A teimosia obstinada sem esclarecimentos das decisões tonadas aparentemente por capricho, «custe o que custar», as palavras «garanto que…», «asseguro que…», desmentidas pelos factos pouco tempo depois, criaram a péssima sensação que agora foi evidenciada, como expressão do descontentamento e como protesto. Para isso também contribuíram as promessas e previsões fantasiosas rapidamente desmentidas.

- O resultado da ida às urnas reflectiu bem «a desilusão, o desencanto e a falta de confiança dos cidadãos nos partidos políticos tradicionais. E estes não podem deixar de refletir sobre a forma como funcionam e como se relacionam com o mundo real.»

- Também se conclui que os portugueses não são tão obtusos como, por vezes, se pensa e não se deixam arrastar por demagogia, populismo nem palavras bonitas mas sem conteúdo convincente. Os candidatos que usaram técnicas de vendedor de banha de cobra foram «rejeitados pelos eleitores que, por mais descontentes que possam estar, não perderam a noção da realidade.»

- Pode não haver consequências imediatas na estrutura do poder mas, a partir de agora nada será como dantes. Há que evitar a continuação de erros e falsidades, de corrigir a «podridão dos hábitos políticos» (referida por Rui Machete), há tornar mais simples e barata a estrutura do Estado e das autarquias, para reduzir a burocracia ao essencial, combater a corrupção, o tráfico de influências, as negociatas lesivas do bem público, as promiscuidade entre a acumulação de interesse públicos e privados, etc

Parece poder concluir-se que a teimosia do «custe o que custar» de Passos está a custar muito ao PSD depois de ter custado imenso aos portugueses. Estes não estão tão apáticos como se pensava. Mostraram que estão prontos a reagir a abusos do poder. Convém evitar que utilizem formas de reacção mais desaconselhadas. Além de outras fontes foram aproveitados os seguintes textos:

- «Há sempre uma leitura nacional a fazer» das eleições, diz Passos
- A mensagem das eleições 
- A derrota pesada de Passos Coelho

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MAUS PARTIDOS GERAM BONS INDEPENDENTES


Transcrição de um texto, acabado de receber por e-mail, que considero excelente, escrito pelo poeta e pensador Eugénio de Sá,

As Eleições Autárquicas e o significado da esmagadora vitória do independente Rui Moreira na cidade do Porto

Em muitos momentos do seu discurso da noite eleitoral, senti que o Dr. Moreira, usava as palavras que há muito afloram as minhas reflexões sobre o que se passa no nosso país. Ele foi ontem, realmente, o grande protagonista e demonstrou que o “não-sistema” pode funcionar, aquele a que cada vez mais portugueses parecem vir a aderir porque entendem que esse é o caminho para estragar a vida a quem nos vem estragando há tantos anos a nossa. O “sistema”, tal como foi montado e existe, cansou já o nosso povo pelo permanente ludíbrio em que o mantém, pelo logro em que insiste, sempre manipulado em sujos jogos de bastidores partidários. E os partidos que o representam têm de o entender de vez, e de repensar o seu papel numa sociedade farta de tanta parcialidade e incompetência, personificada na governação e nos interesses corporativos despudoradamente representados nas bancadas da Assembleia da República.

Ou alguém poderá pensar que uma maioria de advogados ali arranjará maneira de (conscientemente) prejudicar os seus maiores clientes? – O povo que se lixe, mesmo à custa das maiores iniquidades, incluindo a retirada de direitos adquiridos depois de vida inteiras de trabalho e de contribuições.

O caminho terá pois de ser o de dar força a um movimento de cidadãos sérios e responsáveis, que dê uma expressão cada vez maior à criação de um “não-sistema” que favoreça a constituição de uma imparável força de pressão que venha a permitir exigir que se ponha no poder gente séria e competente, disposta a servir definitivamente os interesses do povo, e não a servir-se dele, em serviço próprio ou de classe, e a sacrificar todo um país às gananciosas ânsias de uns quantos fulanos filiados nos partidos e fazendo disso o seu único modo de vida.

Falou-se muito, fala-se e continuará a falar-se em democracia para tentar justificar o “sistema” vigente”; que impõe que assistamos a esta ridícula (fiquemo-nos por aqui) dança de cadeiras do poder. Mas será que o que aconteceu esta noite no Porto ela, a democracia, não foi exercida em toda a sua brilhante plenitude? Quem o negará? – Apesar de Lisboeta, reconheço que lá de cima sempre nos chegaram boas lições em matéria de exercícios cívicos. Que esta a todos sirva também, meus senhores.

Rui Moreira: “Se os partidos não entenderem o que se passou aqui hoje, então não perceberam nada”.
Ouçam aqui o breve discurso de vitória do Dr. Rui Moreira. Em breves palavras, o novo presidente independente da segunda cidade do país disse muito do que tem e urge que seja dito (e repetido) a este respeito. Clique abaixo:
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/09/29/rui-moreira-ganha-no-porto-menezes-pede-uniao-em-redor-do-vencedor

Eugénio de Sá

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domingo, 29 de setembro de 2013

COMUNICAÇÃO CIFRADA OU SIMPLESMENTE CONFUSA?


Há uma semana era publicado o post comunicação menos cuidada é armadilha e verifica-se que os altos responsáveis pelos destinos do País continuam a usar uma comunicação confusa – não creio que seja formalmente cifrada – que apenas serve para criar nevoeiro no espírito dos cidadãos. Faz lembrar a frase do ex-primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo «é só fumaça». Mas na época e na intenção tal frase estava correcta. Agora não é correcto altas entidades responsáveis e que devem ser credíveis e respeitáveis digam coisas de forma a confundir os cidadãos.

Passos, em notícia das 11h48 dizia que há sempre uma leitura nacional a fazer» das eleições o que coincide com a opinião geral e a leitura depende de quem a faz, dos interesses que defende, do conjunto de dados informativos de que dispõe, isto é, dizer «há uma leitura» subentende uma ideia, uma intenção que é deixada no escuro. E nem seria oportuno, durante o acto eleitoral, explicá-la, pelo que nem devia ter sido referida.

E, em notícia das 14h14, Cavaco disse que futuro do Governo não depende de eleições locais, mas não especificou que isso é o aspecto formal, legal, mas na sequência das perguntas do jornalista que se referiu ao caso de António Guterres que se demitiu na sequência de umas eleições autárquicas, em 2001, Cavaco Silva disse que essa foi uma decisão pessoal. «Isso foi a decisão de um primeiro-ministro, é com ele».

Perante isto, estas palavras de pitoniza permitem admitir que, em face dos resultados eleitorais locais, pode haver alterações no Governo. Há quem admita que, para poupar os custos de eleições, possa haver uma alteração como a que consistiu na substituição de Durão Barroso por Pedro Santana Lopes, e que agora seria a substituição de Passos, por exemplo, por Rui Rio.

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sábado, 28 de setembro de 2013

O PODER NÃO CRESCE ESPONTANEAMENTE


Há poucos anos, surgiram notícias de teorias proféticas com previsões de que em 2030 o poder mundial estaria nas mãos dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e South Africa), países emergentes que iriam destronar os EUA. Hoje, há dúvidas acerca da evolução que está a ter a África do Sul, com a economia a ser dominada pela China, assim como o seu relacionamento com os países africanos do hemisfério Sul. Por outro lado o Brasil está numa rampa descendente que não recuperará com os jogos olímpicos ou outras competições desportivas. Também a Índia não tem conseguido anular a desvantagem que lhe advém da desigualdade social e de áreas de pobreza muito aguda, apesar da exemplaridade da sua tecnologia informática, sem equivalente no resto do mundo.

Cada país deve governar-se à custa dos seus recursos e os EUA, não querendo perder a supremacia internacional, que têm conseguido à custa do seu «complexo industrial militar» continuam a desenvolver a sua influência no mundo, de braço armado.

Na próxima segunda-feira o Secretário da Defesa dos EUA viaja para Seul e Tóquio para reforçar alianças militares. Chuck Hagel, inicia, a visita à Coreia do Sul e ao Japão, durante a qual medirá a consistência das relações com os dois parceiros chave na estratégia do Pentágono na região da Ásia-Pacífico. Isto será uma demonstração do compromisso existente e da importância que Washington atribui à sua relação com a Coreia do Sul.

Para uma grande potência é importante poder dispor de um forte Poder Militar, embora, cada vez mais se procure valorizar a diplomacia do diálogo e da negociação para evitar a guerra. Quando há relativamente poucos meses se agudizou a hostilidade entre as duas Coreias, verificou-se o confronto das duas estratégias - das armas e da diplomacia. Os EUA enviaram porta-aviões e outros meios militares para fazerem manobras dissuasoras com os militares da Coreia do Sul, enquanto a China enviou um embaixador à Coreia do Norte , outro á do Sul e outro aos EUA a fim de serenar os ânimos e evitar a eclosão de mais um conflito armado.

A existência de Forças Armadas poderosas pode constituir uma ameaça de retaliação que ajude as negociações, mas há que ter pulso muito forte para evitar o seu emprego desnecessário e desproporcional, gerador de tragédias humanas como acontece desde há mais de 10 anos no Iraque.

Oxalá a viagem do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, traga benefícios para a população do Extremo Oriente, cpm qualidade de vida em paz e segurança, como preconiza a carta das Nações Unidas.

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CS DA ONU «MERECE FINALMENTE O SEU NOME»


Apesar de se manter a mania de resolver os conflitos internacionais, e mesmo internos, pelo uso de armas, cada vez mais potentes e destruidoras, houve estadias com elevados dotes de humanidade que procuraram a resolução dos conflitos através de diálogo e negociação, por forma a evitar os efeitos catastróficos e dramáticos de uma guerra.

Com essa ideia, após a I Guerra Mundial, em 28 de Junho de 1919, foi criada a Sociedade das Nações ou Liga das Nações que, por não ter conseguido evitar a II Guerra Mundial, foi extinta em 20 de Abril de 1946, depois de a Organização das Nações Unidas ter entrado em vigorem 24 de Outubro de 1945, após a ratificação da «Carta das Nações Unidas».

Além do Conselho de Segurança com a tarefa de «Manutenção da paz e da segurança», a ONU dispõe de organismos dedicados aos «Direitos humanos e assistência humanitária» e ao «Desenvolvimento social e económico». De todos os organismos, o que tem sido alvo de maiores reparos é o CS cuja menor eficiência é vulgarmente atribuída ao facto de nele terem assento 5 membro permanentes com direito a veto.

Recordam-se estes breves tópicos para compreender a notícia que diz: «O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, defendeu, esta sexta-feira, que o Conselho de Segurança da ONU "merece finalmente o seu nome", depois da adopção de uma resolução que força Damasco a destruir o seu arsenal químico.»

E digo mais: até que enfim alguém qualificado afirma isto no lugar próprio, pois têm aqui sido publicados alguns alertas sobre a necessidade de a ONU, pelo seu Conselho de Segurança, prestar mais atenção à «manutenção da paz e da segurança». Eis alguns títulos:

- Inoperância do CS da Onu
- ONU observa a Síria da bancada
- ONU sem estratégia de acção
- ONU perde credibilidade...
- ONU. Qual o seu papel nas Coreias?
- Portugal no Conselho de Segurança
- ONU Paz e Justiça Social global
- Justiça Social ou vida privada?

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

INDEPENDENTES SERÁ ISTO ???




. Entre uns e outros venha o diabo e escolha. A solução mais lógica será a ABSTENÇÃO. Eles que se entendam entre si !!!

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SUBSÍDIOS A QUATRO SECRETÁRIOS DE ESTADO


Segundo notícia do Diário de Notícias de ontem, Passos dá subsídio a quatro secretários de Estado no valor diário de 25 euros, respeitantes a alojamento, o que equivale a 750 euros por mês, ou seja mais de 1,5 salários mínimos nacionais.

Certamente nem todos os servidores do Estado, professores, militares, polícias, etc. podem gastar tanto em alojamento quando são deslocados do seu lugar de residência. Resta também definir o que é local de residência habitual de um político. Há alguns que têm esse local reconhecido oficialmente a muitas centenas quilómetros do local onde residem há dezenas de anos e que lhes dá direito a subsídio de deslocamento.

Esta notícia vem fazer compreender o espírito do legislador que gerou a Lei n.º 64/2013, de 27 de Agosto sobre o sigilo dos privilégios dos políticos recentemente publicado no Diário da República e que fora aprovada pela Assembleia da República, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e do PS.

Isto dá muito que pensar pois vulgarmente aquilo que se deseja manter em segredo é algo a esconder por ser vergonhoso, ilegítimo, imoral ou, mesmo, criminoso. Alguma destas qualificações estará em jogo na ocultação imposta por esta lei? E onde fica a célebre «transparência democrática» de que por vezes os políticos tanto falam acaloradamente?

Por outro lado, o facto do bom entendimento dos partidos CDS, PSD e PS na aprovação desta lei também é muito significativo e não deve ser esquecido o fenómeno de consenso, união, coesão, concertação, convergência, etc sempre que se trata de vantagem e privilégios para os «boys», como tem acontecido na recusa de legislarem contra a corrupção, contra o tráfico de influências, contra a promiscuidade entre funções públicas e tachos privados, etc.

Mas, pelo contrário, quando está em causa o interesse nacional, como no caso recente do «compromisso para a salvação nacional», cada um fica na sua ideologia e nos seus interesses partidários e parece que o seu pensamento é «o Estado que se lixe». Isso ficou bem patente na ausência de resultados de uma semana de procura de compromisso não conseguido.

Certamente, haverá portugueses atentos que não esquecem estas lições.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

«DÍVIDA NÃO PÁRA DE CRESCER»


Transcrição de trecho da notícia Execução orçamental. "Enorme" aumento de impostos só serve para pagar à troika que nos deixa preocupados com o buraco para onde estamos a correr e que certamente nos faz desejar uma mudança de rumo, com cortes substanciais nas «gorduras» da máquina burocrática do Estado sem agravar a austeridade que já asfixia a enorme maioria da população.

«Segundo os dados de ontem da DGO, nos últimos 12 meses o governo aumentou a dívida directa do Estado mais 19,4 mil milhões, um salto de 10,4%. No final do último mês, esta dívida - que não inclui as dívidas das empresas públicas, por exemplo - já ascendia a 207,4 mil milhões, contra os 187,9 mil milhões registados em Agosto de 2012.

Entre Janeiro e Agosto, Portugal acumulou um défice de 4794,8 milhões de euros - segundo os critérios da troika -, isto quando por imposição o país não deverá ultrapassar os 7300 milhões de défice até Setembro.

Z Já em relação à conta consolidada das administrações públicas, está a haver um agravamento nas contas este ano. Os dados ontem divulgados pela DGO para a conta consolidada das administrações públicas dizem respeito ao período de Janeiro a Julho - só em Outubro serão divulgados valores de Agosto -, meses em que o governo acumulou um défice de 5651,9 milhões de euros. Nos mesmos sete meses de 2012, este défice tinha ficado pelos 3089 milhões de euros - graças a uma bateria de receitas extraordinárias utilizadas no ano passado.»

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PROMESSA, DESEJO OU FANTASIA ?


A política está a revestir-se de uma ficção permanente, que nem sequer garante resultados da pretendida lavagem ao cérebro da população medianamente preparada. E em época de campanha eleitoral, os excessos são demasiado caricatos.

Ontem, a notícia Depois das eleições temos todos de dar as mãos por Portugal atirava com a seguinte palavra de ordem: « que "há vida para além do dia 29", e que "essa vida prende-se com a necessidade de todos os partidos e de todos os agentes públicos terem de dar as mãos"».

Ela sugere várias interrogações às quais deveria ser dada resposta bem positiva, esclarecedora e convincente.

Que milagre é esperado no dia 29 para que cesse a agressividade inter-partidária e todos dêem as mãos?
Isso é uma promessa, um pedido, um mero desejo de propaganda, uma proposta séria ou uma imposição inflexível «custe o que custar»?
E qual a razão porque ainda não se deram as mãos por Portugal?
Quais as razões do falhanço da «coesão social», da «concertação social», do «consenso», do «acordo de salvação nacional»?
Que cedências se mostraram os detentores do Poder dispostos a fazer na sua obsessão do «custe o que custar»?
O que têm andado fazer?
Se ainda não deram as mãos por Portugal, como querem que agora acreditemos que as vão dar?
Será que agora o Governo vai tentar deixar de querer apenas aplausos e palmas?
Será que o Governo vai esforçar-se por compreender as dificuldades dos portugueses para dar as mãos ao povo a fim de lhe melhorar a qualidade de vida?
Será que vai cortar os salários e as pensões superiores a 15 salários mínimos nacionais para poder aumentar o salário mínimo nacional que é o único rendimento de muitas famílias que não estão no desemprego?
Será que vai ser dado mais interesse às pessoas do que aos números sem, obviamente, desprezar estes?

Certamente, que seria óptimo que fosse feito um esforço válido, honesto coerente, racional, para eliminar as más tradições nacionais e exaltar as virtudes dos portugueses a fim de se fazer convergir TODOS os esforços para o desenvolvimento equitativo e a melhoria das condições de vida de TODOS os portugueses, sem descriminações. Mas tal objectivo não se consegue com palavras vazias mas com decisões correctas.

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

RUI RIO TINHA RAZÃO


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CORTES MAIS CORTES ATÉ...


Transcreve-se texto recebido por e-mail, por merecer leitura atenta:

A broa dos velhos
Por Alberto Pinto Nogueira (Procurador-Geral – Adjunto)

A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros.

Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias.

A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior.

A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora….

Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892.

A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram.

O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima.

As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado.

O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos.

A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928.

Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades.

Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo.

Ingenuidade, logro e engano.

Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas.

Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na.

Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora.

O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.

O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político.

Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas.

As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico.

Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos.

Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel-prazer.

É um fora de lei.

Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!!

Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre.

Mete a faca na broa dos velhos.

Hoje 10, amanhã 15, depois 20%.

Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo.

De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?

Alberto Pinto Nogueira é Procurador-Geral – Adjunto

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INCERTEZAS PARA A PRÓXIMA SEMANA


Com respeito pelo autor Pedro Coimbra, transcreve-se o seguinte texto do blogue Devaneios a Oriente, por ser uma análise muito completa e imparcial e um sinal do falhanço de «intenções» propaladas, desde há meses, de união, consenso e convergência, mas de que, pelo contrário, apenas se viu preocupação de teimosia, de obsessão, de imposição «custe o que custar» ao povo e desejos de receber aplausos e não críticas e sugestões.

A crise (política) que se segue

Está muito próxima a data de realização das eleições autárquicas em Portugal.

O que devia, em teoria, por definição, limitar-se a uma escolha dos representantes que estão em contacto directo com as populações, nunca foi apenas isso.

Esse facto é particularmente sentido e relevante nestas eleições.

Com o País mergulhado numa crise económica e social que teima em não dar sinais fortes de abrandamento, estas eleições vão ser, acima de tudo, um teste à coligação que governa e às oposições.

Mas, opinião muito pessoal, muito mais às oposições que à coligação parlamentar.

Porque, com um Presidente da República que constantemente manifesta total repulsa a cenários de crise política, mesmo um resultado desastroso da coligação governamental só dará lugar a uma crise política se, às eleições, se seguir uma implosão da própria coligação.

Uma implosão que, a existir, partiria da iniciativa do CDS.

Uma possibilidade que não é de afastar.

Se o estratega Paulo Portas verificar que o CDS sai muito penalizado destas eleições, que corre o risco de se tornar uma força política menor, acredito que não hesitará em recorrer a uma fuga para a frente, em tentar demarcar-se, desta vez sem retorno, das políticas de austeridade que tem vindo a apoiar.

Mas, voltando atrás, se a solidez da coligação governamental será posta à prova, a liderança das oposições não o será menos.

No PS, António José Seguro sabe que está obrigado a um resultado que não deixe que subsistam as dúvidas acerca da sua capacidade enquanto líder e da capacidade do partido enquanto alternativa de governo.

Um resultado, que não seja simultaneamente altamente penalizador para a coligação governamental e moralizador para o PS, representará o fim da era António José Seguro.

A ser assim, falta saber quem sucederá ao baço líder do PS.

Nestas contas de uma crise política anunciada, mas ainda sem se saber com que protagonistas, entra também o Bloco de Esquerda.

A nova liderança bloquista vai, pela primeira vez, ser sujeita a avaliação do eleitorado.

Um resultado penalizador para o Bloco pode desencadear uma crise de liderança dentro do partido, o emergir de um cenário de orfandade na liderança após a saída de Francisco Louçã e o desaparecimento de Miguel Portas.

Neste cenário de crise(s) eminente(s) só o PCP sai incólume.

Porque o eleitorado comunista não é volátil, está consolidado, e ninguém estará à espera de um grande resultado ou de uma grande derrota do PCP.

Em resumo, aproxima-se a data de umas eleições autárquicas que, muito mais que eleger representantes do poder local, poderão ser o primeiro passo para a emergência de um novo paradigma político, com novos protagonistas, em Portugal.


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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CONVERSA DE DOIS AMIGOS NO DIA 30


O Joaquim telefonou ao Manuel para perguntar como passou as férias:
Depois dos cumprimentos tradicionais e dos pormenores da saúde da família, etc, o diálogo encaminhou-se para as eleições de ontem:

Joaquim: - Então quem ganhou aí as autárquicas? Os que estão ou outros?

Manel: - Mas porque fazes essa pergunta? Eles são todos do mesmo género, o que querem é o seu próprio enriquecimento e dos seus familiares e amigos, e fazem uma ou outra obra para terem do seu lado o construtor amigo e iludirem o Zé Povinho.

Joaquim: - Mas não estás a inventar nada de novo e mesmo os que perderam não deixam de mamar à sombra do poder. Mas qual foi o grupo vencedor?

Manel: -O vencedor foi o partido XIS, mas sei apenas dois nomes da lista e, mesmo desses, não faço a mínima ideia das suas qualidades e defeitos. Como de costume, os eleitores votam às cegas e só depois, a pouco e pouco, é que vêm a saber algumas das nódoas passadas dos eleitos, como tem acontecido com o Passos, o seu amigo Relvas, o Machete, e muitos outros. Esta forma de democracia é uma grande açorda!!!

Joaquim: - Mas aí não tiveram a sorte de ter um candidato dinossauro que iria, com a sua experiência, competência e generosa dedicação, tornar toda a gente rica e feliz.

Manel: - Estás a brincar. Esses tipos o que querem é aumentar o seu património para subirem na lista dos mais ricos do País e do Mundo. Nesta época em que vivemos não podemos esperar tal generosidade de políticos. Se for encontrado um com tal dedicação e honradez, deve ser logo feita uma estátua.

Joaquim: - Enfim, passou-se o dia, parte do dinheiro dos nossos impostos vai ser entregue aos grupos de candidatos mais votados para suprir as despesas que fizeram na campanha e o povo deixa de contar com tal quantia e vai continuar na mesma, apenas com a diferença de terem mudado as moscas.

Manel: - Agora sou eu que te chamo ingénuo. Então não tens reparado que cada mudança traz piores condições de vida e mais sacrifícios para o pagode, que aumenta o número dos beneficiados com as subvenções vitalícias que procuram manter ocultas para o povinho não saber da pouca-vergonha? Vê lá se os que eram pobres antes de serem eleitos voltaram a sê-lo!!!

Isto é ficção, pois estamos a 23!!!

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domingo, 22 de setembro de 2013

COMUNICAÇÃO MENOS CUIDADA É ARMADILHA


Temos «visto e ouvisto» (expressão de Miguel Relvas, íntimo de Passos) o muito que se diz acerca da falta de competência e de isenção dos jornalistas. Mas não devemos acreditar cegamente em tudo o que se diz, embora não devamos recusar nada do que nos chega. «Sejemos realistas», como aconselha Passos Coelho.

Aliás, quem aprendeu os pormenores do processamento de informações não pode esquecer que cada indício ou notícia, independentemente da sua fonte, constitui uma peça do puzzle que representa o resultado final, a informação. Nenhum indício deve ser sobrevalorizado, porque o Puzzle não é apenas uma peça, mas nenhuma delas pode ser desprezado porque o trabalho final não fica completo sem qualquer das peças.

Consta num post que o PSD parece sentir-se encurralado e agora surge mais uma peça do puzzle a parecer reforçar tal hipótese. Trata-se da notícia Passos agradeceu aos candidatos que não têm «vergonha» de apoiar o Governo. O facto é que os agradecimentos ou as comendas e oe prémios são dirigidos a casos excepcionais e não à generalidade. Ora, se Passos agradeceu a estes, isso demonstra que ele tem dados que, para ele, são convincentes de que a maioria dos candidatos a autarcas do seu partido têm vergonha de dizer que apoiam o Governo. Estará correcto esse pensamento do PM? Não será apenas um exagerado sentimento de cerco e claustrofobia?

De qualquer forma, seria bom para o PM que, antes de falar em público, se esforçasse por usar de alguma inteligência e evitasse evidenciar os seus sentimentos mais secretos que podem comprometer o êxito que deseja obter na impressão das suas palavras nas mentes medianamente informadas dos eleitores.

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sábado, 21 de setembro de 2013

CAMINHO DIFÍCIL NÃO LEVA LONGE


Há notícias preocupantes como a de que Passos Coelho quer seguir rumo traçado, mas admite que caminho é difícil. Traçar um rumo, escolher uma solução para alcançar um objectivo e admitir dificuldade é, à partida, confessar-se descrente do êxito, é admitir o fracasso.

Começando por admitir que o caminho é difícil o prognóstico é de que não conseguirá. Certifique-se de que é possível. Se tiver dúvidas, escolha outro rumo, use uma metodologia correcta como, por exemplo, Pensar antes de decidir.

Se achar que qualquer rumo é difícil, será melhor desistir e dar o cargo a outro que seja mais realista e corajoso, com mais competência e capacidade de realização e sem receio das dificuldades, levando-as em conta sem se deixar amedrontado por elas. Para erros que arrasam os cidadãos, bastam os sacrifícios exagerados exigidos nos últimos dois anos, que não evitaram a espiral recessiva e que, pelos vistos, se vai prolongar em 2014 e…

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ECONOMIA PARALELA




Parece que devia ser dada prioridade ao combate a estes desvios sociais e à corrupção, principalmente quando estão em jogo grossas quantias, em vez de ela ser dada aos cortes das reforma e de apoios sociais, de saúde e outros que prejudicam pessoas bem comportadas e carentes.

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UNIÃO NACIONAL PARECE IMPOSSÍVEL !!!


Apesar de Passos Coelho ter afirmado e reafirmado o seu desejo de criar uma «união nacional, parece não ser capaz de concretizar tal projecto, como muito outros, mesmo que teime «custe o que custar». É que ele nem sequer conseguiu estabelecer a coordenação e convergência de esforços na equipa do Governo que é incomparavelmente menos numerosa do que o conjunto dos cidadãos, e que devia ser o exemplo, o modelo, o estímulo para que o tal desejo fosse esboçado na realidade.

Vejamos o que aparece na Comunicação social. Por exemplo a notícia de que o ministro do ambiente Moreira da Silva manda calar o colega ministro da economia António Pires de Lima e o porta-voz do PSD Marco António Costa. A mesma notícia refere nomes como os de Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, e o de Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros.

Mas parece que as palavras dissonantes não têm saído apenas destas bocas, pois já Marcelo Rebelo de Sousa disse "façam desaparecer Maduro e Rosalino que não se perde nada".

O cenário não parece nada animador para que o Governo inspire respeito e confiança aos portugueses e sirva de exemplo para algo de positivo.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

PSD SENTE-SE ENCURRALADO ???


Parece que o maior partido da coligação governamental se sente desconfortável, como que encurralado e perseguido por todos os lados. A notícia em que o porta-voz do PSD, Marco António Costa, acusou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI) de "hipocrisia institucional", não aparece isoladamente, pois ainda não foram esquecidas as hostilidades contra o Tribunal Constitucional e agora além da agressividade ao FMI, Passos critica PS por propor défice de 5%. Vai longe o tempo, cerca de dois 2 anos, em que Passos se ufanava da sua valentia de decretar uma austeridade superior ao que a «troika» aconselhava.

Com tal austeridade excessiva Passos reduziu gravemente o poder de compra da maior parte dos portugueses, o que diminuiu o consumo, colocou o comércio em dificuldade, levando ao encerramento de empresas e ao desemprego, o que despoletou o agravamento da recessão que, apesar do sentido de cerco, já não pode atribuir ao governo anterior porque, em mais de dois anos, não só não melhorou a situação herdada, mas, pelo contrário, a agravou dramaticamente.

E, para dourar a pílula, não deixa de fantasiar o amaciamento da crise dizendo que, apesar de a «troika ser evasiva», «não está nenhuma porta fechada». Será que não está mesmo? Podem não estar todas fechadas, mas ninguém vislumbra a luz ao fundo do túnel!!!

Porque é que quando se fala de despesas públicas se referem apenas as que são lesivas dos deveres e direitos fiscais e sociais dos portugueses, mais carentes em termos de saúde, pensões, ensino, etc e se mantêm os altos salários, as mordomias e subvenções de altos funcionários públicos mais ligados aos elementos do Governo? Parece que não são apenas as matas que estão arder, mas todo o País, a começar pelos mais responsáveis pela continuação da crise.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

É PRECISO QUALIFICAR OS POLÍTICOS


E se não bastar qualificar será indispensável «requalificar». O cronista Paulo Ferreira gaba-se, no Jornal de Notícias, que já sabe o que é requalificar, mas não fiquei a saber o que é. O meu dicionário apenas fala de qualificar, dizendo que significa atribuir qualidade.

Mas penso que se qualificarmos correctamente, deixará de haver, por exemplo, tantas agressões ao idioma pátrio. Por coincidência, ou por mero acaso, dois ex-colonos do Ultramar e depois colonos do rectângulo lusitano, agrediram impunemente o idioma nacional: Miguel Relvas disse que era preciso «ser ouvisto» e Passos Coelho aconselhou há dias em discurso público que «sejemos» realistas…

Será que o primeiro quereria impor o vergo «ouver» como função dos ouvisdos, à semelhança do verbo que exprime a função dos olhos. E será que Passos pretende criar o verbo «sejar», à semelhança do verbo palrar, actividade em que é exímio?

Ao meditar nestas inovações linguísticas, deparei com o poema de Zélia Chamusca que me mostra que não vale a pena prestar atenção a reformas requalificativas e que transcrevo:

SEM LEI NEM ROQUE

Zélia Chamusca

Num país sem lei nem roque
Nem ladrão a quem se toque,
Cada um mais enche o saco
Do pobre o recurso parco.

Todos os trabalhadores
Estão a sofrer horrores
E os pobres dos reformados
Cada vez são mais roubados.

São só os pobres a pagar
E os do Poder a roubar,
De quem lhes deu o poder
Eles se estão a esquecer.

Não merecem governar
Este país a ficar
Cada vez mais assaltado,
Como não vi no passado!

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domingo, 15 de setembro de 2013

O CAUDAL FLUVIAL ESTÁ A ENGROSSAR


Não é necessário pesquisar muito para detectar os sinais de que o caudal fluvial está a avolumar-se e é urgente que os homens do Poder passem a raciocinar de forma mais democrática, isto é, pensando mais nas pessoas e na equidade do que nas suas regalias oligárquicas, mais nas realidades sociais do que nos números, mais na solidariedade do que na obstinação do «quero, posso e mando».

Os avisos vêm de dentro do principal partido da coligação como se infere das notícias
Cortes nas reformas são um teste para outros cortes, diz Ferreira Leite e
Marques Mendes defende cortes a juízes e políticos.

Mas, além destes avisos de confrades dos governantes, surge na notícia Vasco Lourenço inconformado com "país sequestrado pelo medo" um sinal que merece ainda mais atenção, por poder representar uma força crescente e irreversível que convinha atenuar de forma inteligente, retirando-lhe as razões da sua motivação, isto é, aliviando o mal-estar que está a indignar a população.

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

PM RESPEITA DINHEIRO DO CONTRIBUINTE 2




Primeiro-ministro Britânico dirige-se para o seu local de trabalho de metropolita de pé por não haver lugar e, aparentemente, sem um batalhão de guarda-costas. Um bom exemplo. Faz recordar o nosso primeiro PR Dr. Manual de Arriaga que viajava no transporte público, o «carro do chora», como era denominado o antecessor do carro eléctrico em Lisboa.

E AGORA ????

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PM RESPEITA DINHEIRO DO CONTRIBUINTE 1






Primeiro-ministro Holandês dirige-se para o seu local de trabalho em bicicleta e, aparentemente, sem um batalhão de guarda-costas. Um bom exemplo. Faz recordar o primeiro PR Dr. Manual de Arriaga que viajava no transporte público, o «carro do chora», como era denominado o antecessor do carro eléctrico em Lisboa.

E AGORA ????

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QUATRO VERDADES TODAS DIFERENTES


Quis aqui publicar um texto que li há alguns anos mas não o encontrei e, como o acho com interesse didáctico, vou tentar reproduzir a ideia nele contida:

Um pai, estando adoentado e prevendo que a vida não se iria prolongar muito mais, chamou um dos quatro filhos, por altura do Natal, e pediu: Pegas num caderno e numa caneta , vais pela estrada que conduz à cidade e, ao chegares à casa dos cantoneiros, quando começa a descida para o rio, sentas-te na pedra que está do lado esquerdo e fazes uma redacção descrevendo, de forma pormenorizada, aquilo que vês na paisagem, à tua frente.

Quando o filho chegou e lhe leu a redacção ele apreciou o cuidado com que foi elaborada e guardou-a na arca onde tinha documentação de interesse. Nada disse aos outros rapazes sobre isso.

Pela Páscoa chamou o segundo filho e fez-lhe igual pedido, obtendo igual resultado e guardando a redacção. Pelo S. João repetiu a mesma atitude com o terceiro filho e, na época das vindimas, antes de começarem as aulas, fez o mesmo com o quarto filho.

Passados dias, de posse dos quatro papéis, reuniu os quatro filhos e, sucessivamente, entregou a cada um a sua redacção e disse para a ler. Eram descrições todas diferentes. Perguntou a cada um se sabia qual era a paisagem descrita pelo irmão e a resposta foi negativa pois as descrições eram todas diferentes embora tivessem uma qualidade quase fotográfica.

O pai revelou, então, que cada um deles tinha escrito a sua redacção no mesmo local de todos os outros. A paisagem é geograficamente a mesma mas em datas diferentes. Tratava-se de quatro verdades acerca da mesma coisa e nada havia de comum. A verdade é coisa subjectiva e depende de muitos factores: ponto de vista, momento, condições do observador, etc, etc. Não há um detentor único da verdade, nem verdade absoluta. Cada um tem a sua e convém que ela seja bem fundamentada e definida com clareza e racionalidade.

Por ajoaosoares

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PORTUGAL GRATO AO MF GERMÂNICO


Segundo a notícia Schäuble ‘desmente’ Passos e diz que Portugal está a salvo de segundo resgate, os mercados, agitaram-se depois de Passos Coelho ter abordado o cenário de Portugal ter de pedir um segundo resgate em consequência de o Tribunal Constitucional ter chumbado a requalificação da Função Pública. Mas agora, os mercados acalmaram-se depois da declaração de Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão, defendendo que Portugal está a salvo de um segundo resgate.

 Por vezes há quem, em termos diabólicos, receie que Portugal seja colónia da Alemanha mas, desta vez, verificou-se que o alemão foi melhor defensor dos interesses portugueses do que Passos e que remediou o mal que este gerou na posição da nossa dívida externa.

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domingo, 8 de setembro de 2013

INVESTIMENTO E EXPORTAÇÕES TERMINAM A RECESSÃO ???


São vários os autores que consideram como finalidade da governação a melhoria da qualidade de vida da população, em geral, e que a economia política constitui uma ferramenta para atingir tal finalidade.

A notícia «Menor queda do investimento e exportações explicam saída da recessão», parece referir sinais de que a crise com recessão está a ser ultrapassada. No entanto O governo, segundo algumas opiniões, baseadas nas notícias sobre o OE para 2014 em preparação, continua com ameaça e chantagem, em vez de explicar as cidadãos as razões reais e verdadeiras da austeridade, os resultados já conseguidos (se há alguns) para a sua qualidade de vida.

É possível que haja dificuldades para tal explicação de forma credível e compreensível pelos cidadãos contribuintes e eleitores, apesar de alguns governantes serem considerados detentores de elevada formação teórica e intelectual mas, aparentemente, sem capacidade de compreensão das realidades e de efectuarem a ligação entre as doutrinas que decoraram e os factos no terreno.

Mas, mau grado tais dificuldades de comunicação com o cidadãos mais simples, ela é indispensável e não podem ser regateados esforços para esclarecer o povo que, sem isso, pode entrar numa doentia falta de esperança e de confiança que pode ser geradora de situações conflituosas de proporções imprevisíveis.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

OCULTAÇÃO DE SUBVENÇÕES POLÍTICAS


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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

JÁ TENS UM «SMARTPHONE NOVO ???


Notícia do Jornal de Negócios diz que «Mercado de “smartphones” cresce 74% no semestre», o que levanta sérias dúvidas sobre a capacidade da generalidade dos portugueses para gerir racionalmente a sua vida.

A crise não gerou tendências de amadurecimento da forma de encarar o consumismo e a prevalência da ostentação, do apego a coisas superficiais, marginais, não essenciais.

Não é visível a ideia de estabelecer prioridades na vida privada e, por consequência, também é duvidoso que nas vidas profissionais as coisas tenham melhorado.

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INCÚRIA PODE DESTRUIR O PLANETA


Às primeiras horas do dia deparei com notícias no Euronews e no Ionline. que referem o perigo representado por um arranha-céus em construção em Londres que, por ter uma grande superfície espelhada, arrisca-se a ser conhecido como um verdadeiro forno solar, por os reflexos do sol produzirem temperaturas de 92º à sombra e incendiarem tapetes, derreterem montras e espelhos de carros estacionados na rua.

Isto demonstra falta de atenção do construtor e dos seus colaboradores, engenheiros e arquitectos e dos autarcas que concederam a licença de construção sem cuidarem de pensar nas consequências de resultante concentração de energia solar na área vizinha.

Com mais distracções deste género, a vida no Planeta fica em perigo.

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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PASSOS, DÉSPOTA «ILUMINADO»???


O título da notícia de hoje do jornal «Público» transcreve a frase do PM «Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhe valeu a Constituição até hoje?» que é demasiado preocupante.

Sr. PM, De que valeu aos reformados haver as leis que lhes asseguravam as pensões de reforma em função dos descontos que tiveram em tudo o que receberam ao longo de toda a vida activa? Sr. PM, De que valeu aos funcionários públicos a lei que criou os subsídios de Natal e de Férias e, e os considerou irrevogáveis?

Sr PM, De que valeu aos portugueses ter votado no PSD na mira de promessas positivas se estas foram esquecidas logo que conhecida a vitória eleitoral desse partido?

Sr. PM. De que valeu aos portugueses, idosos, reformados, da «periferia social» (Papa Francisco), desempregados, etc a «iluminada» interpretação de V.Exª, as sua as promessas, as suas previsões, as suas «sábias» decisões «custe o que custar»)?

Sr. PM, Segundo a sua maneira de encarar a legalidade, de que valem aos portugueses a Constituição, as leis e as promessas de governantes que seria suposto merecerem confiança e respeito?

Parece não estarmos em democracia bem gerida mas numa autocracia, «sem rei nem roque», tendo à frente um déspota iluminado que impõe a sua interpretação e os seus caprichos como verdades absolutas, indiscutíveis a que tudo tem que se subordinar obedientemente, provavelmente pressionado pela «podridão dos hábitos políticos» (Rui Machete), sem coragem para deles se afastar.

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