terça-feira, 31 de agosto de 2010

Gestão empresarial activa

Há dias no post Desenvolver a economia era referida a necessidade de capacidade de gestão empresarial e a conveniente independência em relação a injecções de subsídios vindos do dinheiro público. Os balões de oxigénio a tentar suprir as incompetências de gestores, raramente servem de tónico, mas apenas de analgésicos viciantes que atrasam a falência, com avultadas dívidas aio Estado e outros credores.

Hoje o Jornal de Notícias traz a notícia de que Empresas portuguesas aproveitam crise para investir em Espanha, o que vem provar que existem gestores competentes, dinâmicos, atentos à evolução da conjuntura e do ambiente circundante e sabem aproveitar oportunidades de negócio que irão beneficiar a empresa, como geradora de serviços, de lucros, de benefícios para trabalhadores e famílias e para a sociedade em geral, por osmose e por eventuais acções de mecenato.

Portanto, o desenvolvimento da economia nacional depende do dinamismo das empresas privadas e da sua boa qualidade de gestão. Para isso, o melhor que o Estado pode fazer é criar condições e estímulos para boa formação profissional.

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

António José Seguro privilegia prevenção dos fogos

Depois de ter sido aqui publicado o post Fogos florestais. Mais vale prevenir!!!, verificamos que o conceito estava correcto e está a ser aproveitado por alguém que se interessa pelo País.

Segundo notícia do Ionline, António José Seguro deslocou-se, na época mais dura dos incêndios, ao Gerês, à frente de uma delegação de deputados do PS de Braga, na sequência de visitas às zonas ardidas de Braga, três dias depois da visita de Sócrates e Cavaco ao centro de operações e antecipou-se ao líder da oposição, Passos Coelho, que só se deslocou às áreas ardidas a 19 de Agosto.

E escreveu no dia 16 de Agosto na sua página do Facebook: "Acabei de visitar as zonas ardidas do Gerês (...) Tenho um sentimento de enorme tristeza. O combate aos incêndios evoluiu. É necessário fazer igual aposta na estratégia de prevenção e de reflorestação, em diálogo com as populações e os autarcas". "Temos é que iniciar o mais rápido possível a estratégia de prevenção. Até porque é mais barata que a do combate aos incêndios", defendeu também.

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domingo, 29 de agosto de 2010

Em defesa das pessoas

Estamos numa era em que o materialismo e o egoísmo com laivos de arrogância, ostentação, competição, etc. conduz ao desprezo pelas pessoas , pelo mais íntimo e válido do ser humano. A época de verão com os «festivais» da «rentrée» trazem evidências daquilo que faz correr os políticos.

Mas nem tudo é mau, secundário e desprezível, pois notam-se posições destacáveis, independentes de partidos situados em campos distantes no leque parlamentar. Por exemplo, Jerónimo de Sousa sublinhou o interesses que devem suscitar os mais carenciados, «é preciso mais solidariedade com aqueles que sofrem e que lutam». Referiu «a luta de quem se sente injustiçado, de quem é ofendido e agredido nos seus direitos, nos seus salários», considera necessário «defender os direitos dos trabalhadores, o direito a um salário mais justo», dispor de «serviços públicos de saúde».

Em concordância com tal preocupação com o focalização nas pessoas e na saúde, Paulo Portas dá prioridade à necessidade de «lei de bases para os cuidados paliativos», partindo de que «Portugal está infelizmente entre os piores países da Europa para se morrer com dignidade». Também se referiu ao emprego e disse “A primeira preocupação dos portugueses é o emprego” e “quem gera 90 por cento dos empregos são pequenas e médias empresas”. Refere também a educação e a segurança como temas de grande importância na vida social do Portugal de amanhã.

Mas, com uma óptica mais focada no umbigo, outros partidos dão menos importância aros temas nacionais e centram-se nas pequenas querelas de competição pelo poder., nas tricas de politiquice e nas palavras vazias de conteúdo válido, apenas destinadas à propaganda dirigida a maiorias pouco esclarecidas e que se movem como ovelhas atrás do odor do pastor.

Também o PR nos dá pretexto para meditação quando diz que «não espera instabilidade»
política. Mas pior do que uma instabilidade de desenvolvimento, como acontece na Natureza, será a estabilidade, a continuidade de uma situação patológica, pantanosa, de pasmaceira. Com efeito, a estabilidade saudável exige uma organização bem estruturada com objectivos racionalmente definidos, estratégias bem estabelecidas e uma coerência de regras, um código de conduta, e uma boa metodologia de preparação de decisões. Se a continuidade não seguir tais cuidados, Poderá acontecer que a história venha ligar o nome do PR ao naufrágio de Portugal, dizendo que a maior crise económica nacional ocorreu com um professor de economia na cadeira de Belém.

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sábado, 28 de agosto de 2010

Desenvolver a economia

Conversas que podiam ser interessantes terminam em frustração pelo simples facto de a generalidade das pessoas não conseguir extrapolar da sua experiência pessoal e do recanto do seu quintal e dar o salto para um patamar mais elevado com vista para os interesses nacionais.

O interlocutor dizia que a revisão constitucional só devia ser tratada depois de resolvidos problemas mais práticos e urgentes como, por exemplo, o apoio ao desenvolvimento da economia.

Mas que tipo de apoio?

Veio a resposta: Aprovar projectos válidos e com pernas para andar que contribuam para o enriquecimento do País e avalizar perante os bancos o financiamento necessário às empresas. Tudo na óptica do empresário que não consegue gerar recursos e espera que o Estado supra a sua incompetência, à custa do dinheiro dos contribuintes.

Mas isso equivale a o Estado servir-se do dinheiro dos contribuintes para enriquecer empresários que podem ser incapazes de realizar uma boa gestão e se limitarem a pouco mais do que receber bons salários, prémios de desempenho, lucros, comprar bons carros, reconstruir as moradias de luxo com piscina, comprar casacos de peles para a esposa e… É comum ouvir-se que a maior parte das empresa que fecharam nos anos mais recentes sofriam de má gestão. E se uma empresa não consegue sustentar-se, servindo os trabalhadores e os fornecedores e agradando aos clientes, não merece que o Governo ali enterre o dinheiro dos contribuintes, deve simplesmente cessar a actividade por não ser produtiva.

Muitas grandes empresas, nacionais e estrangeiras, que beneficiaram de grandes apoios financeiros encerraram, passado pouco tempo de actividade, e foram para outras longitudes à procura de mão-de-obra mais barata, de que se pode citar Grundig de Bragança, e de entre as mais recentes, a Delphi da Guarda.

Oxalá tenha melhor sorte a empresa Arsopi Thermal que há dias foi aproveitada para mais um acto de propaganda do PM. Também será bom que o caso com a empresa Nelson Olim não dê mau resultado.

Já estão em curso medidas de apoio ao aparecimento de novas empresas, como o «licenciamento zero» que certamente dará bons resultados se for seguido de boa fiscalização e controlo da actividade, assim como será conveniente a intensificação e eficácia da formação profissional, e, por outro lado, a divulgação de estatísticas e outros dados, a difusão de sugestões para evitar acidentes de trabalho, a simplificação administrativa e fiscal, será útil para enfrentar a concorrência, para aumentar a produtividade e a remuneração dos recursos humanos.

Em conclusão, o apoio do Estado às empresas privadas, não pode nem deve traduzir-se no abuso do dinheiro público para alimentar parasitas que não conseguem a sua auto-sustentação e, muito menos, o contributo para o bem-estar dos portugueses.

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ministro cresce em prudência

Depois de aqui serem referidas as palavras do MAI durante a sua visita aos fogos na Serra da Gralheira, surge hoje una notícia a mostrar uma personalidade mais sensata, mais madura maias prudente. Agora o MAI escusa-se a falar de responsabilidade nos acidentes na A25 o que demonstra que aprendeu que, antes de decidir falar, deve comparar a importância daquilo que vai dizer com a importância do silêncio, de ficar calado.

Está no caminho do sucesso! Se continuar assim evitará ser acusado de dizer um discurso cro-magnon, de sofrer de verborreia, de só falar sem mostrar ideias, etc, e acabará por ser um político da nova vaga que quando abre a boca fala de objectivos, de desenvolvimento, de estratégia de inovação, de um futuro de esperança fundamentada em planos e programas com tarefas bem definidas, controladas e avaliadas.

Merece a felicitação dos portugueses e os votos de que não nos desiluda.

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Coerência estratégica gera confiança e credibilidade

O abuso de alterações debilita a confiança e a credibilidade cria instabilidae no sistema e enfraquece o poder.

Segundo o artigo Défice na Justiça, o PR promulgou o pacote anti-corrupção, tendo sido efectuadas várias alterações no Código Penal, bem como noutros diplomas legais. Também estão a aguardar promulgação as alterações ao Código de Processo Penal (CPP) para corrigir alguns dos erros cometidos na reforma de 2007.

A versão original do Código Penal data de 23 de Setembro de 1982, isto é, há 28 anos. Com a recente alteração atingiu-se a 25ª alteração a este diploma legal, conseguindo a média de 13 meses de intervalo entre alterações!

Quanto ao CPP, o panorama é semelhante, pois a sua versão inicial data de 17 de Fevereiro de 1987, há 23 anos e a a alteração aguardada é a 19ª alteração, conseguindo-se a média de 14 meses de intervalo entre alterações!

Com tal instabilidade, diz o autor «existe um claro défice de segurança jurídica, facto que também contribui decisivamente para a pouca qualidade da nossa justiça.»

Isto recorda o já referido livro Tempos Difíceis - Decisões Urgentes de que se transcreve uma passagem de pág. 53-54:

«Os 30 anos de democracia em que temos vivido caracterizam-se por uma relativa instabilidade de políticas governativas, decorrentes das mudanças de governo e da correlação de forças políticas incapazes de formar plataformas de acordo. As reformas dos programas de ensino excedem os dedos de uma mão. O sistema fiscal tem tido alterações quase anuais, com uma constante na complicação cada vez maior do cumprimento das obrigações fiscais por parte do cidadão. Aqui as estratégias não tiveram tempo de se afirmar. Mas não estamos perante o fenómeno de inovação estratégica que se poderia opor à estratégia imobilista. Estamos, infelizmente, perante uma alteração de planos antes do tempo mínimo necessário à recolha dos benefícios da sua experiência. Por vezes, o erro provoca a emenda. Mas creio que têm sido feitas mudanças antes de se identificarem completamente os erros e, assim, projectar devidamente as suas correcções. Esta situação ocorre em momentos de insegurança sobre as políticas em prática. (…)

A falta de confiança ou de credibilidade na estratégia é geradora de instabilidade. Por sua vez, a instabilidade e o poder variam em sentido inverso, no ‘jogo das relações de poder’ nos sistemas, como se sabe: quanto mais instabilidade, menor o poder.»


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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Portugueses na linha da frente

Depois do post Aluno português brilhou em competição no Japão e dos muitos factos semelhantes referidos na lista de links nele inseridos, surge agora a notícia que cita dois investigadores portugueses, Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro, e Nuno Cardoso Santos, do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa como pertencerem à «equipa europeia que descobriu um novo sistema planetário» constituído por três planetas semelhantes a Neptuno. Este sistema, agora conhecido por terrestres, e baptizado como "Tridente de Neptuno", tem, tal como o nosso sistema solar, uma cintura de asteróides e um dos planetas encontra-se em zona potencialmente habitável por seres parecidos com os humanos.

A descoberta constitui um passo na evolução da ciência do conhecimento do espaço, mas para nós representa mais uma prova de que temos cérebros que nada devem ao melhor que há no mundo, que não temem comparações. É a confirmação de que não há razões para pessimismos. Apenas precisamos de melhorar a capacidade cívica, a ética geral, e saber fazer melhores escolhas de gente válida para gerir com eficácia os valores nacionais, sem esbanjamentos, nem fanfarronices, nem arrogâncias, nem desejos desmiolados de enriquecimento rápido sem olhar a meios.

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Meditação de gata pensadora

Meu caro Aníbal
Jornal de Notícias. 26-08-2010. Por Tiago Azevedo Fernandes

Com a sabedoria da respeitável idade de 13 anos, passo os dias a meditar repousando na travesseira à janela. Arrependo-me de não ter actuado mais cedo, nos meus tempos de juventude. A situação do país é grave e tu não tens ajudado o suficiente. Observo o meu mundo com atenção, possuo o distanciamento conveniente para ver as consequências daquilo que fazes e, principalmente, daquilo que não fazes.

Não basta seres bem intencionado para o exercício das tuas funções ter um efeito positivo. Entre as causas dos problemas nacionais está a maneira como a tua geração pensou que bastaria entregar a Política a um pequeno número de pessoas "credíveis" para haver desenvolvimento sólido. Vindo de uma tradição salazarista, o país quis ser comandado pelo Estado. Só que a sociedade civil não funciona bem quando é comandada. Repara como eu não me deixo dominar nem sequer pelas pessoas aqui de casa, de quem tanto gosto. Isso não impede uma relação muito feliz. Por um lado, tenho acesso de qualidade aos serviços indispensáveis - comida e água fresca à disposição, cuidados de saúde quando necessário, habitação confortável, mimos em doses maciças; por outro, respeito as regras de convivência, não provoco despesa excessiva, cumpro com grande produtividade a minha missão de dar alegria e bom ambiente à família. Cada um no seu lugar.

Grande parte da tua geração nunca vai compreender que o que está errado não é uma medida ou outra do Governo, é mesmo a forma como se governa. Aquelas pessoas têm de ser substituídas para deixar o país respirar melhor. Por isso a maneira mais construtiva de terminares o teu mandato é apressares essa mudança no parlamento e, por fim, não te recandidatares. Faz como eu: aprende a gozar o conforto de uma mantinha fofa.

Aceita os cumprimentos da FM, uma gata portuense.

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Investimento e exportação a chave da recuperação???

Segundo noticia o Público, Sócrates disse que as duas palavras-chave para a recuperação da economia nacional são “investimento e exportação”. O entusiasmo com que estes discursos são pronunciados é, por vezes, perigoso por criar expectativas irrealistas. Tem havido no País entusiasmos semelhantes que bateram com a testa no muro, empresas que ou não chegaram a iniciar a produção ou encerraram pouco depois. Algumas mudaram-se para outras áreas geográficas, deixando centenas de pessoas no desemprego com o que isso representa de problemático para as famílias.

Sem dúvida que a exportação constitui um indicador, uma mola de recuperação, pelo dinheiro que entra no País e pelos efeitos que estão a montante, negócio dos fornecedores, trabalho e respectivos salários ao pessoal, remuneração ao capital e lucro, etc. Quanto a isso não há dúvidas. Mas quanto ao investimento, é preciso ter em conta as lições de experiências anteriores, as decisões que conduzam a medidas concretas devem ser muito ponderadas e utilizadas com critérios bem adequados, para não se repetirem erros, em que, com a falácia do investimento, foi esbanjado muito dinheiro com empresas estrangeiras que não se mostraram merecedoras do apoio.

A Alemanha, segundo notícia recente, terá este ano o desemprego mais baixo desde 1992 pois está a obter grande sucesso no combate ao desemprego através das «pequenas e médias empresas e, em especial, do sector de serviços».

Portanto nada se resolve com palavras milagrosas, com uma varinha mágica, mas com análises criteriosas, desapaixonadas quanto a hipóteses mais favoráveis a amigos ou compadres e preparando as decisões tendo sempre em mente o interesse de Portugal e as condições existentes nas realidades dos portugueses, de quem se espera o melhor esforço para a recuperação que os deverá beneficiar. É preciso que todos estejam conscientes de que tudo será organizado para que os benefícios não fiquem concentrados nos que já estão favorecidos, mas sejam distribuídos com justiça social para reduzir o fosso entre os que tudo têm e os de que de tudo carecem.

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Educação sem objectivo bem assumido

Os professores universitários queixam-se de que os Alunos são "cada vez mais fracos". Há dias, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a professora de Técnicas de Laboratório e Segurança, Elvira Gaspar, reprovou quase 70% dos seus alunos, o que foi um escândalo por que se mostrou desinserida do objectivo fundamental imposto superiormente, pelo menos de forma implícita, informal, de mostrar boas estatísticas que evidenciem um bom sucesso escolar.

As notícias parecem conduzir à conclusão de que os professores universitários estão desinseridos da filosofia da ministra da Educação que defende que não deve haver chumbos nem retenções. Aluno que entra na escola deve chegar ao 12ª sem ser incomodado!!! Porque é que no ensino superior não se sintonizam com esta modernidade e não dão os diplomas a alunos que nada saibam???!!!

Os concursos televisivos em que os concorrentes ao prémio têm de responder a perguntas de escolha múltipla, mostram o nível de conhecimentos de muitos diplomados que por ali passam. Uma triste imagem dos resultados dos critérios do «sucesso escolar». E o espectáculo ainda vai no início!

Além de sugerir a leitura dos artigos atrás linkados, transcreve-se a crónica seguinte


Uma perigosa reaccionária
JN. 100825. 00h12m. Por Manuel António Pina

Uma professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa ficou sem a regência de duas cadeiras por ter chumbado mais de 50% dos alunos. O motivo invocado pelo Departamento de Química da Nova para a punição não deixa dúvidas: "Aumento súbito do insucesso escolar".

O resultado das recentes políticas de ensino

Desde que, no sistema educativo português, foi consagrado entre os direitos, liberdades e garantias fundamentais o direito ao sucesso escolar, quem se meta entre um aluno e o diploma a que tem direito (atrevendo-se, como no caso, a dar notas negativas em exames finais) é culpado do pior dos crimes, o de terrorismo anti-estatístico.

Se o futuro licenciado sabe ou não sabe alguma coisa (ler, escrever e contar, por exemplo), é irrelevante; o país, as estatísticas e as caixas dos supermercados precisam de licenciados. Foi isso que a professora da Nova não percebeu. Arreigada a valores reaccionários, achava (onde é que já se viu tal coisa?) que "um aluno só merece 10 valores se adquiriu as competências mínimas nas vertentes teóricas e práticas da disciplina". Campo de reeducação em Ciências da Educação com ela.


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Segurança votada ao desprezo

Um dos aspectos diariamente observados da degradação do civismo, dos valores éticos, com desrespeito pela vida própria de dos outros, é notório no desprezo a que é votada a segurança, a prevenção. O perigo, o risco, deve ser assumido em função do seu grau e da necessidade que a ele obriga, mas esta regra é desconhecida nos comportamentos quotidianos.

Nota-se falta de segurança nos cuidados de manutenção das máquinas e na sua operação, o que justifica a maior parte dos acidentes aéreos, rodoviários, no trabalho, no laser, em casa, na rua, na estrada, etc.

Existe uma mentalidade doentia de desleixo em relação à segurança, uma convicção quase mística de que os acidentes só acontecem aos outros. «Seja o que Deus quiser». Aceitam-se riscos desnecessários que muitas vezes resultam em acidentes graves como o de há dias na A25.

Como se justifica o desleixo de, em Matosinhos, estarem as Bocas-de-incêndio em Brito Capelo secas há cinco anos? Porque é que a autarquia deixou permanecer essa situação durante tanto tempo? Qual foi o papel dos funcionários municipais, dos bombeiros, da população? Que pressão fizeram para o problema ser resolvido? Quais os meios que não utilizaram e podiam ter utilizado para obrigar à defesa pública contra incêndios urbanos?
O título da notícia Homens sofrem mais acidentes laborais, talvez seja devido a mentalidades erradamente viris, que levam a correr mais perigo e a arriscarem-se estupidamente para mostrar valentia.

Há que criar nas pessoas, desde tenra idade, o respeito pela vida, própria e dos outros e a preocupação de não corrrer riscos que não sejam controlados. Mesmo com tais cuidados acontecem azares, mas deixemos os acidentes apenas a eles, e evitemo-los tanto quanto possível. É uma questão de civismo. As famílias e as escolas têm nisso um papel importante.

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Será Cabala da Moody’s ?

Andamos tão embevecidos com as doces palavras do primeiro-ministro, a pintarem um panorama celestial, com as promessas do ministro das Finanças a prometerem que as despesas do Estado, embora a crescer, passarão a crescer menos, continuamos a pagar mais impostos com a convicção de que, com esse sacrifício, iremos sair da crise e, de repente, vem a notícia «Moodys prevê que Portugal falhe metas de défice e dívida em 2010 e 2011».

Só pode ser cabala contra este país tão bem governado por pessoas altamente dedicadas aos interesses nacionais, ao bem-estar dos portugueses. Tal notícia, vinda por várias vias , como esta «Moody's acha que Portugal vai falhar todas as previsões», produz um choque tão violento no nosso optimismo, como o sofrido pelos envolvidos no grande acidente de ontem na A25.

Haja quem nos diga de forma convincente se realmente será cabala da Moody’s.

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Raínha e malandros com sorte

Transcrição seguida de NOTA:


Rainhas e príncipes consortes
JN. 100824. 01h08m. Por Sérgio Andrade

Ultimamente, têm andado agitados os ventos lá para as bandas da Justiça. Uma das rajadas mais fortes soprou do quadrante do procurador-geral da República, ao afirmar que se sentia como a rainha da Inglaterra. Ou seja, «reina, mas não governa». O que não é nada bom para o prestígio da Justiça…

Se o PGR se sente como uma rainha, suspeito de que há magistrados do Ministério Público que se sentem como príncipes consortes. Isto é, meras figuras decorativas. Pelo menos os que têm estado ligados a processos que, prometendo ser autênticas «bombas», terminam em modestos estalinhos carnavalescos. Mais do qualquer outro, o caso Freeport. Os magistrados tinham, à partida, suspeitas de crimes como corrupção, tráfico de influências, branqueamento de capitais e financiamento ilegal de partidos (e possíveis suspeitos topo de gama). Acho que se terão sentido frustrados, para mais não dizer, ao verificarem que o processo chega a tribunal só com dois arguidos e um só crime: extorsão. Milhões desapareceram, mas não se sabe aonde foram parar, a mãos corruptas é que parece que não, óptimo!

Aliás, os casos que dão muito nas vistas tendem com frequência para o «happy (?) ending». Aquando da Expo-98, foram contratados navios-hotéis para acolher visitantes, mas a ocupação não foi além dos 30%. Um «flop» que custou ao Estado 25 milhões. Houve quatro suspeitos de corrupção, mas, onze anos mais tarde, chegou o desfecho: tudo absolvido. Afinal, e uma vez mais, ninguém foi corrompido, óptimo de novo!

Mas, com estes e outros casos semelhantes, não será de esperar que alguns magistrados do Ministério Público se sintam, com frequência, meras figuras decorativas num grande «music hall» chamado «Justiça Portuguesa»?

NOTA: este artigo vem confirmar a razão dos desabafos no post de ontem «Saber fazer é necessário» e é apoiado pelas notícias seguintes:

- PGR quer saber motivo porque Sócrates não foi ouvido no processo Freeport
- Domingos Sá investiga Freeport

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Santos Silva uma ficção???

Transcrição seguida de NOTA:

O agente duplo
Jornal de Notícias 24-08-2010. Por Manuel António Pina

Dir-se-ia a guerra de Raul Solnado, ou então o argumento de um episódio de "Get Smart"/"Olho vivo". Mas não, é uma entrevista do ministro da Defesa ao "i", onde Santos Silva, após citar Péricles, anuncia que "espiões militares [portugueses] seguem para o teatro de operações do Afeganistão no Outono" e que "também no Líbano - os militares portugueses participam na UNIFIL - deve haver este 'instrumento'".

Faltou indicar nome, estado, profissão e morada, juntando fotos tipo passe, dos espiões que vão para o Afeganistão e para o Líbano, bem como as datas e os voos em que viajarão, mas, que diabo!, havia que deixar algum trabalho aos "talibans", ao Hezzbollah e demais personagens e intérpretes de ambos os "teatros de operações".

Aliás, a entrevista pode ter sido uma acção de contra-informação e quando, no Outono, as forças da KAOS esperarem no aeroporto de Cabul o Maxwell Smart e a Agente 99 portugueses de chapéu, gabardina de gola levantada e óculos escuros, estarão eles a desembarcar no JFK, em Nova Iorque, para espiar os saldos da 5ª Avenida.

Ou isso ou Santos Silva é, pelo menos, um agente duplo.

NOTA: Há pessoas em funções de responsabilidade a nível nacional que carecem do mínimo de sensatez, dignidade e sentido das responsabilidades. «É preciso malhar nelas!» (onde é que já li isto?).

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Saber fazer é necessário

A vida é feita de sucessivas escolhas entre várias alternativas, diversas decisões que, por vezes, parecem iguais às anteriores mas diferem em pormenores circunstanciais. Daí que seja conveniente sabermos que existem métodos úteis, embora tenham que ser adaptados ao caso concreto. Um exemplo é referido em «Pensar antes de decidir».

Ao olharmos para o fluir da vida nacional verificamos que este método nem sempre é utilizado e, muitas vezes, as decisões surgem por «inspiração» de momento ou, como é costume dizer, são feitas em cima do joelho. Além da indevida preparação das decisões, existem sábios que são capazes de dizer de cor largas tiradas de eruditos manuais universitários, mas que não fazem uma ideia correcta da utilidade prática de tais conhecimentos, não sabem como agir, como decidir, perante o caso concreto ou os sintomas de um problema que, se detectado precocemente, bem poderia ser evitado.

Este raciocínio conduz a dúvidas talvez exageradas mas que estimulam o raciocínio sobre aquilo que ficou atrás. Será que neste País alguém percebe de política? Realmente, parece que ninguém se entende nesse campo e estamos permanentemente em crise com os partidos em luta pelo poder, esquecendo as pessoas que dependem das decisões dos governantes. A essas pessoas parece ser dada menos atenção do que os jogadores de futebol dão à relva dos estádios que pisam sem nela pensarem.

E de economia, alguém percebe? Parece que ninguém notou os sintomas iniciais da crise em que estamos afundados, depois de uma queda a pique de que ninguém nos livrou com antecedência e em que não há ninguém que nos indique a porta de saída. Os políticos continuam com o habitual espectáculo das «rentrées» a trocar galhardetes envenenados, sem falarem nem pensarem nos objectivos e nas estratégias para a recuperação da crise. Entretanto a Alemanha, com políticos eficientes, anuncia que no fim deste ano vai registar o seu nível de desemprego mais baixo desde 1992. E, por cá, o que têm feito os nossos economistas para nos levantarem do nível terceiro mundista a que descemos, com a sua indiferença ou conivência?

E a Justiça? Alguém saberá realmente organizar um sistema de Justiça adequado aos hábitos, virtudes e vícios da nossa população? Parece que ninguém sabe. Pelo menos a leitura de jornais mostra-nos «casos» muito estranhos, «casos» que nunca chegam ao fim, criminosos reincidentes sem sanção, discussões entre os juízes e magistrados acerca de confusões e falta de rapidez e de eficácia, sentimento generalizado de insegurança, etc.

Na saúde, parece que tendo sido colocada em primeira prioridade a redução das despesas e desprezando as condições de eficiência do apoio à população, não param de aumentar as razões para generalizadas lamentações das pessoas que são um facto iniludível. Quem sabe e quer reorganizar o sistema com a coordenação de todos os seus agentes, com a sua convergência de esforços, para maximizar os resultados sem esquecer as despesas?

E no ensino, quem sabe estruturar a preparação das nossas crianças e jovens para virem a ser adultos capazes de dar boa continuidade ao Portugal soberano e desenvolvido? Desde 1974 houve 28 ministros, quase um por ano. A baralhação começa a ser preocupante, com a chegada à universidade de alunos com preparação cada vez mais fraca e com a má figura feita por licenciados e mestrados em concursos televisivos em que a ignorância demonstrada leva a elogiar com saudade a antiga 4ª classe. Mas as reformas inteligentes estão a concentrar-se em fecho de escolas e na «proibição» de chumbos e de retenções, o que leva a recear muito do que será o futuro de Portugal.

A desertificação do interior e a ausência de uma prevenção satisfatória dos fogos florestais são outros aspectos em que se não vê uma escolha de soluções minimamente aceitáveis, quanto a resultados visíveis. E não se vê a definição de linhas de rumo esboçadas pelo MAI, pela Agricultura e pelo Ambiente

Isto, se continuar sem rumo, em breve deixará de se poder chamar País.

No entanto, apesar da crise que nos coloca no fim da UE e ao nível do terceiro mundo, os políticos perdem tempo a brincar às tricas entre pares, entres jogadores dum mesmo campeonato em que o povo é a relva dos estádios, que serve para ser pisado e suportar, com pesados e crescentes impostos, os inconvenientes da crise que os «chefes» foram criando e agravando com crescentes despesas de um Estado cada mais obeso e mais ostensivamente perdulário e esbanjador.

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O essencial e o secundário na política

O estabelecimento de prioridades que definam graduação entre o essencial e secundário deve ser uma regra presente em qualquer decisão em qualquer momento da vida, no dia-a-dia e, principalmente, quando se trata de decisões que afectem valores, pessoas, e efeitos duradouros.

A partir destes pressupostos, o conceito deve ser tido em conta permanentemente na actividade política, não se devendo desperdiçar tempo nem outros recursos com ninharias, em prejuízo de assuntos essenciais de âmbito nacional.

Infelizmente, nem o facto de estarmos em crise aguda que o povo sente acidamente no corpo e na alma, impede os principais partidos de gastarem o tempo e as energias com guerrinhas do alecrim e da manjerona, deixando no esquecimento os verdadeiros problemas do País, talvez à espera que apareçam resolvidos por qualquer arte mágica. Nem nos grandes momentos de oratória é dada primazia aos objectivos e às estratégias para defesa dos interesses nacionais, em que deveria ter lugar de destaque o desenvolvimento para sair da crise. Isto revela deficiente «sentido de Estado» e «sentido de responsabilidade»

Não é preciso gastar muito tempo a ler os artigos a seguir linkados, bastando olhar serenamente para os títulos.

- Sócrates "não troca" OE pela revisão constitucional
- Orçamento. Passos Coelho e Sócrates condenados a negociar
- CDS critica falta de explicações e "guerrinha retórica" com PSD
- PCP: críticas do primeiro-ministro ao PSD são "arrufos de verão"
- PSD considera que primeiro-ministro apresentou "país de mentira" aos portugueses
- OE2010: PSD diz que Governo não está a cumprir acordo
- Intervenção de Sócrates foi discurso de irresponsabilidade politica, diz Bloco
- PM: revisão constitucional é ideia "mais radical e mais extremista"
- Oposição desvaloriza "arrufo" e diz que PS e PSD voltarão a entender-se no OE
- PS não troca Orçamento do Estado pela revisão constitucional
- BE: Sócrates revelou “irresponsabilidade política”

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domingo, 22 de agosto de 2010

Conciliar o inconciliável?

Transcrição de crónica seguida de NOTA:

Uma presidência falhada?
Ionline. 21 de Agosto de 2010. Pelo Politólogo Pedro Adão e Silva

Não foi certamente este o final de mandato com que Cavaco Silva sonhou.

Quando regressar de férias encontrará a justiça numa situação insustentável, para utilizar uma expressão que lhe é cara. E convém lembrar que o Presidente é o supremo magistrado da nação, a quem compete nomear, por exemplo, o procurador-geral da República.

O desemprego, por outro lado, mantém-se elevado e o abrandamento do ritmo de crescimento económico já reflecte os efeitos das medidas de austeridade. Ora este presidente candidatou-se com base nas suas credenciais de economista e prometeu uma concertação estratégica com o governo. Como se não bastasse, apesar de oriundo do centro-direita, Cavaco não parece ter neste momento qualquer influência nas direcções do PSD e do CDS, que já falam abertamente de eleições antecipadas e preferiam outro candidato.

Entretanto, há dúvidas sobre se a incerteza quanto à viabilização do próximo Orçamento de Estado desagrada mais a Cavaco ou aos mercados. O Presidente tem portanto dois meses para mostrar o que vale. E não pode dizer que não tem competências em matéria de justiça ou política económica e parlamentar. Mesmo que seja em parte verdade, ao reconhecê-lo estaria a diminuir o cargo em véspera de eleições.

Cavaco vai ter de assegurar alguma ordem no sector da justiça. Vai ter de garantir que o Orçamento passa com uma maioria PS e PSD, numa linha contraditória com a do seu principal adversário.

E vai ter de evitar que às dificuldades económicas se junte uma crise política. O caos na justiça, a instabilidade orçamental e uma crise política seriam as marcas de uma presidência falhada.

NOTA: Para que não seja uma presidência falhada, será preciso muita engenhosidade, autêntico malabarismo, para conciliar factores antagónicos, sendo necessário calcular as taxas de resiliência para assegurar o ponto óptimo em várias situações de difícil equilíbrio. Será conciliar aspectos quase inconciliáveis.

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Lobo Antunes teme os militares que ofendeu

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

António Lobo Antunes falta a iniciativa em Tomar por "razões de segurança"
Expresso. 21.08.2010


Tomar, Santarém, 21 ago (Lusa) - O escritor António Lobo Antunes faltou hoje a uma iniciativa onde estava prevista a sua presença, alegando "razões de segurança" depois de ter sido publicamente ameaçado de violência física por um grupo de militares reformados, explicou fonte da organização.

Segundo Manuel Faria, vice-presidente executivo da entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e um dos promotores do iniciativa, o escritor cancelou hoje a sua vinda a Tomar onde estava previsto passar um fim de semana de férias e estar presente hoje à noite numa conversa com leitores num café da cidade.

Lobo Antunes terá justificado a ausência com o facto de temer pela sua segurança após ter lido hoje uma notícia do semanário Expresso em que o referido grupo de oficiais reformados admite "dar um par de murros em público" e "ir ao focinho" do escritor.

NOTA: A violência física entre pessoas é coisa a evitar em ambiente civilizado. Porém, a violência da calúnia, da mentira, das fantasias de ficção apresentadas como verdades que, usando um discutível conceito de «liberdade literária», deturpam a boa imagem, a honra e o sentido de civismo dos indivíduos que cumpriam um dever que lhes foi imposto para defesa de populações e do País, não pode ser um acto violento a aceitar impavidamente e que fique sem castigo.

E o castigo, num País onde a Justiça é de tal forma ineficaz que os próprios agentes superiores se debatem publicamente, sobre o seu mau funcionamento, só pode ser levado a cabo por indivíduos que não queiram morrer amordaçados e ter de aceitar injúrias de indivíduos sem escrúpulos como é tal escritor.

A ele só resta a confissão pública de que aquilo que escreveu em livro contra os militares com quem esteve em Angola era mera fantasia e não correspondeu minimamente à realidade, e que não quer de qualquer forma prejudicar a memória do falecido Ernesto Melo Antunes e dos militares que com ele serviam.

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sábado, 21 de agosto de 2010

Fernando Nobre candidato da mudança

Apresentam-se algumas frases da entrevista dada por Fernando Nobre ao PÚBLICO:

Eu costumo dizer que quantos mais candidatos formos melhor, se todos aparecerem para discutir propostas, soluções e ideias para o país. Quanto mais discussão houver melhor.

É a candidatura da cidadania, que tem sido o meu pilar há mais de 30 anos. Eu não evoco a cidadania por um mero objectivo conjuntural.

A minha candidatura é a das pessoas e procura uma mudança radical. Um rompimento com o que tem sido feito até hoje. Se as pessoas quiserem mais do mesmo, embora se queixem, têm muito por onde escolher. Se efectivamente quiserem a mudança e outro tipo de paradigma de sociedade, que eu defendo e que está escrita nos meus livros, têm uma escolha que é a minha candidatura.

Os cidadãos têm de estar no cerne de todas as questões. O Estado, a economia e as finanças só têm razão de ser se tiverem como único objectivo o desenvolvimento humano. Este é que é o novo paradigma da civilização e que Portugal também tem de implementar.

Fala-se de um cidadão que nunca teve uma participação na vida política activa partidária. Então este cidadão não serviria? Será que os outros foram assim tão competentes até hoje e nos conduziram para a situação em que estamos mergulhados? Acredito que os portugueses são muito mais esclarecidos e sábios do que muitas pessoas pensam. Nestas eleições elas vão ter uma efectiva escolha.

Eu vou até ao fim para unir os cidadãos. Estamos perante desafios de tal modo graves para a sociedade portuguesa que os cidadãos têm de saber que têm por fim um cidadão como eles para ir até ao fim e para defender os seus verdadeiros interesses.

É uma candidatura unipessoal, não partidarizada. É política, eu faço política há mais de 30 anos. Repare: quem se ocupa de questões humanitárias e sociais como eu há mais de 30 anos, eu faço política, não é política partidária. Continuarei sempre a ser o presidente da AMI e o fundador da AMI.

A independência e a autonomia da magistratura e do Ministério Público são essenciais a um verdadeiro Estado democrático, mas algo está a correr mal no pilar da justiça no nosso país e o Presidente da República tem de intervir e de participar na procura de uma solução. Porque o que está à vista em muitos casos - e vamos ver o que vai acontecer com a Casa Pia - é que há uma justiça para os quem têm os meios para recorrer aos grandes escritórios de advogados e outra para o mero cidadão.

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Segurança Social terá andado sem rumo definido???

Esta dúvida surge da notícia sobre os «cortes nas despesas com prestações sociais» que já afectaram quase metade dos agregados familiares a receber rendimento social de inserção (RSI), que já sofreram um corte na prestação, e sete por cento dos beneficiários de subsídio social de desemprego que perderam o direito ao apoio.

Mesmo assim, apesar de serem retirados apoios a gente de fracas condições de vida, as «Despesa do Estado aumenta 5,7%». Provavelmente haverá exagero em despesas menos significativas para os cidadãos vulgares do País.

Mas, admitindo que tais cortes estão correctos e foram decididos por critérios racionais, respeitando os interesses nacionais (dos portugueses), constata-se que o dinheiro público andava a ser esbanjado de forma injusta e anti-social. Sendo assim, o PS devia ter dado ouvidos ao CDS-PP, há mais tempo. Há pessoas que têm razão com mais frequência do que os caceteiros Jorge Coelho (quem se mete com o PS leva), Augusto Silva (o malhador), Ricardo Rodrigues (o da acção directa) e Francisco Assis (o teimoso utilizador de palavreado oco). A justiça social deve estar acima de tudo, como diz Fernando Nobre, «os cidadãos têm de estar no cerne de todas as questões. O Estado, a economia e as finanças só têm razão de ser se tiverem como único objectivo o desenvolvimento humano.»

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De Viçoso - Terrível Profecia

Baseado no texto de José Luis Seixas (Advogado)
Publicado em “Destak”


Finda a Segunda Guerra Mundial,
Surgiram políticos excelentes,
Porque probos, honestos, competentes,
Pés assentes na terra, diligentes.
Lideranças fortes e bem apoiadas
Na ciência política das Academias
E em sociedades bem estruturadas,
Na cultura firme das ideologias,
E nas alternâncias tão bem demarcadas –
- (Por eticamente bem diferenciadas) –
De tal modo estavam nelas cimentadas,
E assim afastadas de demagogias.
Nisso os seis de Roma estavam em sintonia.

Depois alargou-se e aburguesou-se,
Perdendo virtudes e ganhando vícios,
Dissimulando-se em mil artifícios,
Fez-se perdulária e esbanjadora,
Dos fundos comuns uma sorvedoura,
Colhendo os frutos desses malefícios.

Enjeitou valores, renegou as bases
Judaico-cristãs tão tradicionais.
Não há sacrifícios, paga-se a preguiça.
Trabalhem os outros, poucos vão à missa.
Políticos fracos e oportunistas.
Sem valores de base, antes carreiristas.
As independências são coisa postiça.
Isto está no FIM. Vai implodir.
De presente incerto já não há porvir.

Até qu´aparece um “senhor” qualquer,
Deita a mão a isto como lhe aprouver
E depois será o que ele quiser.

Este é que é o drama da Democracia !
Não vem longe o dia?. Fica a profecia.

Viçoso Caetano,
O Poeta de Fornos de Algodres
Agosto de 2010

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Despesas públicas descontroladas

Os desmandos na gestão financeira do Estado estão a tornar-se uma doença crónica que resiste a qualquer radioterapia ou quimioterapia. Há precisamente dois meses alertava-se que se devia «Reduzir o défice controlando as despesas», mas o descontrolo, a «balda», o desrespeito pelos dinheiros públicos, na generalidade dos sectores públicos, continua num crescendo patológico.

As notícias de hoje são deveras alarmantes e ninguém decide correctamente, para inverter esta queda que parece imparável. O País está desgovernado, sem leme, à deriva, ao sabor de ventos e marés. No DN lê-se «Despesa do Estado aumenta 5,7%», no JN encontramos este título «Despesa do Estado ainda sobe mais do que a receita», O Ionline titula «Estado tem mais receita, mas despesa cresce 40% acima do previsto» e no Público, lemos «Subida das receitas fiscais não evita agravamento do défice até Julho».

Será uma cabala de todos os jornais? Ou será a comprovação da incapacidade de os actuais governantes respeitarem o dinheiro público que sacam sem hesitações aos que mais necessidades passam. Despesas, com compadrios e tachos para todos os familiares e amigos, coniventes e cúmplices, para comissões e institutos nascidos por capricho, sem finalidade, objectivo e tarefas definidas, financiamento de fundações, sem fiscalização nem controlo, mordomias, carros novos, sem serem necessários para a eficiência das funções, vaidades, arrogâncias. Apesar dos aumentos dos impostos, sob o pretexto da crise, continuam a gastar como se estivéssemos em tempo de vacas gordas.

Porque não se reduzem as despesas? Porque não fazem uma cura de emagrecimento no Estado, nas autarquias, reduzindo a burocracia, a quantidade de inúteis que vivem à custa do orçamento? Porque não simplificam? Há famílias que vivem com pouco e não têm dívidas e há outras com grandes rendimentos e mordomias que estão praticamente falidas, porque não controlam as despesas contendo-se dentro dos limites sensatos do rendimento. De forma semelhante,é preciso que o Estado seja gerido por pessoas que tenham noção da mais simples aritmética, do «deve e haver», somar e subtrair.

Para onde estão a levar o nosso País que já foi grande e era exemplo para o mundo mais evoluído?

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A herança que devemos deixar

Transcrição de texto publicado no jornal Estado de São Paulo, pelo economista e consultor de empresas, José Danon, recebido por e-mail de uma correspondente brasileira. O método de análise pode aplicar-se a outros países.

Carta para o Chico Buarque
José Danon

Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula “por falta de opção”, tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.

Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: “Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou.” Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.

Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os “companheiros que erraram” quando a corrupção é descoberta.

Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram? Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou mal sucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos, joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador. Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.

Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother do New York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja. Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente.

Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão. Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa “o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos”. Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos.

Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua “democracia”. Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno. Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto. Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.

Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito. Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.

Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de Outubro, vai se arrepiar.

Seu admirador número 1,
Zé Danon.

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Novas oportunidades. Oposição quer explicações

Transcrição de artigo seguido de NOTA:

Oposição vai pedir explicações ao governo sobre Novas Oportunidades
Ionline. Por Sónia Cerdeira, 20-08-2010

A oposição vai pedir explicações ao governo sobre a existência de alunos certificados do programa Novas Oportunidades com trabalhos copiados na integra da internet, tal como o i noticiou ontem.

"Facilitismo", "branqueamento de estatísticas" e "pressão política" são farpas disparadas pela oposição. "Infelizmente isto vem confirmar de forma mais grave muitos alertas que o PSD fez. O programa é um expediente estatístico para números sem cuidar da formação das pessoas", diz ao i o deputado social-democrata Pedro Duarte. "Esta política de facilitismo e de trabalhar para as estatísticas do governo leva a estas situações inadmissíveis", afirma por seu lado o deputado do CDS-PP José Manuel Rodrigues.

O problema do plágio via internet é transversal a todo o sistema de ensino, lembra o deputado do PCP Miguel Tiago: "O plágio de trabalhos escolares tem vindo a aumentar de forma brutal e as Novas Oportunidades estão mais permeáveis a isso. Há uma tentativa de branqueamento das estatísticas porque o governo opta pela via mais fácil: em vez de garantir a formação e a educação, distribui certificação."

O deputado do Bloco de Esquerda José Moura Soeiro, alerta para a "pressão política do governo para que haja muita certificação, o que pode interferir com os critérios científicos e pedagógicos da avaliação".

O i noticiou ontem que a Agência Nacional de Qualificação (ANQ), entidade criada sob a tutela do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho, detectou candidatos certificados com trabalhos retirados integralmente da internet e com base nos quais é feita a validação e a certificação de competências nas Novas Oportunidades.

PSD, CDS-PP e PCP admitem questionar a ministra da Educação, Isabel Alçada, e o secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Valter Lemos, já no arranque da sessão legislativa, em Setembro. "O PSD apresentou, na legislatura passada, uma iniciativa para criar uma entidade externa que cuidasse da avaliação e da fiscalização. Disseram-nos que estava a ser feito pelo governo. Mas agora o PSD não vai deixar de interpelar novamente o executivo assim que abrir a sessão legislativa." Também o CDS-PP admite "voltar à carga" na questão da fiscalização e interrogar a ministra, garantiu José Manuel Rodrigues. "Questionaremos Isabel Alçada e Valter Lemos como já temos vindo a fazer insistentemente devido a esta chapelada estatística monumental que não é mais que um mecanismo de ilusão de massas", afirma Miguel Tiago.

Os partidos ensaiam soluções: pedem mais fiscalização e uma melhor avaliação do programa. "Tem de se reforçar a fiscalização para que não voltem a acontecer este tipo de coisas. A avaliação do programa tem de ser feita no seu todo - às aulas, processos de aprendizagem, conhecimentos adquiridos - e não apenas a posteriori", afirma o deputado centrista. "Há um efeito perverso duplo: as pessoas são iludidas com um diploma que não tem relevância social. Mesmo nos casos em que há formação séria, foram todos contaminados com esta imagem geral de facilitismo e total ausência de fiscalização", diz o deputado do PSD.

Miguel Tiago aproveita para denunciar a "proliferação de entidades certificadoras para as quais não está garantida a avaliação do ensino": "Andamos a enganar a Europa dizendo que já não temos problemas de formação". Também José Soeiro lembra a "situação precária dos técnicos das Novas Oportunidades a recibos verdes": "A maior parte dos técnicos não tem dignidade laboral e é-lhes exercida uma pressão muito grande para certificar. O governo tem tido uma grande obsessão pela certificação. Os técnicos deviam ter mais tempo com cada formando e ser reconhecidos profissionalmente."

A oposição reconhece a tentativa de elevar a formação dos portugueses através do Novas Oportunidades, mas denuncia a subversão do programa. Nas palavras de José Soeiro e de Miguel Tiago, já não são só pessoas fora da idade escolar a obter os diplomas, mas também jovens que são para ali canalizados de modo a obter certificação de ensino profissional.

NOTA: Este assunto já foi aqui abordado nos seguintes posts:

- «Novas Oportunidades» será isto???
- Ensino a brincar ou a sério?
- Novas oportunidades

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dinheiro não é o essencial

Transcrição de artigo seguida de NOTA

O Steve Jobs da publicidade fartou-se do capitalismo?
Ionline. 18 de Agosto de 2010. Por Vanda Marques

Durante seis anos não disse uma única palavra. O monge Greg Burdulis refugiou-se numa cabana de bambu na Birmânia para reflectir. Enquanto isso, do outro lado do mundo, Alex Bogusky transformava a sua agência de publicidade na mais falada do mundo. O Steve Jobs da publicidade, como foi baptizado, tornou a Crispin Porter & Bogusky na Agência da Década, segundo a revista norte-americana "Advertising Age".

Dedicou duas décadas da sua vida à publicidade, teve clientes como Microsoft, Volkswagen ou Burger King mas bastaram cinco minutos com o monge Greg para perceber que estava com uma crise existencial.

Em Dezembro de 2009 contratou-o para dar aulas de "mindfulness" aos trabalhadores da sua agência, mais ou menos o equivalente a treino da mente, e acabou convertido. Pelo meio, Bogusky, de 47 anos, ainda tentou manter-se na área. Trocou a Crispin pela agência MDC, foi considerado pela revista "Adweek" o director criativo da década, mas não era suficiente.

"Já trabalhei demasiado tempo na publicidade. Não encontro nenhum desafio nesta área", disse "The New York Times" ao anunciar a "reforma". Nem quando lhe ofereceram cerca de 11 milhões de euros Alex Bogusky desistiu da ideia de se demitir. O publicitário, que nasceu em Miami, está decidido e diz que não é uma crise de meia-idade: "Chegas a uma fase em que começas a procurar qual é a tua parte mais genuína." Criado segundo a máxima do pai: "Parte do prazer de ganhar e fazer com que os outros percam", diz agora que quer encontrar o seu lado menos competitivo.

NOTA: Este caso de Alex Bogusky vem juntar-se a outros semelhantes e a várias opiniões conceituadas. Alguns exemplos de leitura com interesse sobre o tema:

- Simplicidade de vida e justiça social
- Dinheiro não dá felicidade
- Mark Boyle: Há um ano sem dinheiro
- Lição de vida dada por um Tuareg
- Dispensar excessos, consumismo e ostentação
- O Homem sensato e a Avestruz

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Portugal o 27º melhor do Mundo

Para fundamentar optimismos ou pessimismos e delinear hipóteses de mudar a posição no ranking, transcreve-se o seguinte artigo, que refere que Portugal está muito melhor do que o Burkina Faso e imediatamente atrás da Grécia.

Portugal é o 27.º melhor país do mundo
Diário de Notícias. 19-08-2010. por Susana Salvador

A revista norte-americana 'Newsweek' revelou a sua primeira lista dos melhores países do mundo tendo em conta cinco categorias distintas. No topo está um país nórdico, a Finlândia, havendo ainda outros três nórdicos nas primeiras dez posições.

"Se nascesse hoje, que país lhe iria proporcionar a melhor oportunidade de viver uma vida saudável, segura, razoavelmente próspera e com capacidade de ascensão?" Foi a esta pergunta que a revista norte-americana Newsweek quis responder no seu primeiro ranking dos melhores países do mundo. A resposta acabou por ser Finlândia, com Portugal a surgir no 27.º posto, logo atrás da Grécia.

Num trabalho especial, a revista divulgou o resultado de vários meses de trabalho na análise de cinco categorias específicas: educação, saúde, qualidade de vida, dinamismo económico e ambiente político. A média destes indicadores deu a lista final de 100 países, liderada pela Finlândia e com o Burkina Faso no último lugar.

"Há verdades que já sabíamos: os melhores países tendem a ser pequenos, ricos, seguros e frios", escreve a revista. Mas uma análise mais específica dos dados (possível no site www.newsweek.com) permite examinar um importante número de tendências, quando se comparam países com populações ou rendimentos semelhantes.

Não há dúvida de que os nórdicos dominam nos dez primeiros da lista. Além da Finlândia, em primeiro lugar, surge a Suécia em terceiro, a Noruega em sexto e a Dinamarca em décimo. "Os melhores países do mundo parecem ter isto em comum: evitam a guerra, vivem na escuridão e mantém um estado constante de depressão e produtividade", indicou o escritor Andrei Codrescu, convidado pela revista a analisar este domínio nórdico.

No que respeita a Portugal, é nas áreas da saúde e do ambiente político que o país se destaca. Em ambos está no 23.º lugar da lista. O pior desempenho diz respeito ao dinamismo económico, no qual surgimos em 42.º lugar. Os dados, referentes a 2008 e 2009, apontam por exemplo que são necessários seis dias para se começar um novo negócio e dois anos para se resolver uma insolvência. Em relação ao crescimento produtivo, é de 21,8 dólares por pessoa - o de Singapura, país que ocupa a primeira posição neste indicador, é de 50,3.

Além deste ranking, a revista escolheu também os dez líderes mundiais que, diz, se podem admirar. Entre eles está o brasileiro Lula da Silva, a chegar ao fim do seu segundo mandato, e o francês Nicolas Sarkozy, "amado no estrangeiro e odiado em casa". A única mulher é a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirlead, apelidada de "a construtora". Da lista, curiosamente, não faz parte o americano Barack Obama.

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

De Viçoso - Às Armas !!!!

Oh infelizes, falhados !
Oh trânsfugas, renegados !
Oh esquerdoides, safados !
Oh País de complexados !
Oh corruptos, sem vergonha !
Já chega de fazer ronha.

De tanto facilitismo,
De tanta venalidade,
De tanto amadorismo,
De tanta mediocridade,
E de tanto videirismo.

Já chega d´incompetência
De falta de transparência
De tanta subserviência
E de tanta fraudulência.
Já chega de excremência !

Agora chegou a hora
De realizar com Fé,
De expulsar a ralé,
De a mandar “borda fora”.

Portugal quer exigência,
Portugal quer excelência,
Portugal quer atitude,
Quer Honra e Honestidade,
Portugal quer é Virtude.
Isso é que é LIBERDADE !


Viçoso Caetano,
O Poeta de Fornos de Algodres
Agosto de 2010

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Revisão Constitucional. Como e porquê?

Transcrição de artigo da revista Sábado:

A querela constitucional
José Pacheco Pereira

Eu bem sei que muito do barulho vem de uma mistura da silly season com as necessidades socialistas de terem alguma coisa “ideológica” a que se agarrar no meio de uma governação muito mais “liberal” do que as propostas “liberais” de Passos Coelho. É certo que é uma governação obrigada pelo estrangeiro, de má-fé e a contre coeur, mas é o que é.

Depois acrescenta-se o facto de a nossa Constituição ter os donos vivos e os donos não gostam que se lhes mexa na propriedade e querem tudo no sítio onde o colocaram há quase 35 anos. E há também, numa Constituição que já foi mexida e remexida dezenas de vezes, muitas vezes inutilmente por causa da Europa, o facto de ela ser considerada simbólica à esquerda, sacrossanta e até um pouco de fetiche, o que, em tempos de vacas magras ideológicas, conta.

E depois, com a Constituição, tudo é grátis, não se prevê que alguma coisa vá mudar de decisivo no actual contexto, e por isso mexer com ela, pelo menos de boca, não custa dinheiro e não tem consequências. Isto é válido para o PS, mas acima de tudo para o PSD, que pode propor o que quiser, que sabe que nada vai passar no crivo da maioria qualificada.

Dito tudo isto, mesmo assim, e sem conhecer em detalhe e por escrito qual é a proposta do PSD, muita coisa parece-me ir no bom sentido. Acabar com a gratuitidade da saúde e da educação não é uma medida “liberal”, é abrir caminho para uma justiça social que coloque todos os recursos do Estado a favor dos mais pobres. A “gratuitidade” universal é do domínio do puramente ideológico, mas na prática tem os efeitos exactamente contrários aos proclamados. O actual sistema é mais do que injusto, é socialmente favorável aos mais ricos, cuja saúde e educação são pagas também pelos pobres. Mantendo-se um princípio de solidariedade social, em que os que têm mais posses continuam a contribuir para a saúde e educação dos que necessitam, não há razão para se manter uma gratuitidade universal injusta.

Muitos bloqueios que a Constituição suporta, em nome longínquo das “conquistas da revolução”, são sempre pagos por quem é mais fraco. A enorme rigidez do contrato de trabalho só é boa para quem tem um emprego sólido, porque o seu custo é a institucionalização da precariedade, e o desemprego colectivo. Parece proteger, mas não protege ninguém. Não é preciso ser especialmente “liberal”, um termo papão que cobre tudo de um manto do mal, para chegar a esta evidência. E por aí adiante.

Se o PSD não estragar a pintura com propostas inconsideradas e conjunturais sobre o sistema político (espero para ver o texto de algumas que foram “sopradas” à comunicação social, em particular ao órgão oficioso da actual direcção, o Diário de Notícias), o saldo é positivo. Mas é preciso ter atenção às consequências; o programa do PSD tem que ser alterado nalguns aspectos-chave, mantendo o património genético do partido, o que exige muito saber e rigor político e ideológico. Ao mesmo tempo, para estas propostas não serem apenas “constitucionais”, o que no contexto actual as pode tornar apenas propagandísticas, é preciso moldar a actuação prática do partido ao seu conteúdo, o que não tem acontecido por exemplo no Parlamento, onde tem havido posições erráticas em relação a este “molde” constitucional.

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