Transcrição de artigo do Correio da Manhã
Justiça - Reformas acima de 5 mil ( cerca de 15 salários mínimos), Jorge Paula
O ex-procurador-geral distrital de Lisboa, para cujo cargo ainda não há substituto, é um dos contemplados.
Três magistrados, entre os quais o ex-procurador-geral distrital de Lisboa, Dias Borges, viram as suas pensões de reforma, acima dos 5500 euros (mil e 100 contos), um valor que ultrapassa o vencimento-base mensal do primeiro-ministro (5366 euros), publicadas na última lista da Caixa Geral de Aposentações.
João Dias Borges, reformado como procurador-geral adjunto ao serviço da Procuradoria Geral da República, vai receber uma pensão de 5581 euros e três cêntimos, quantia idêntica à de Fernando José Barreto Pires Rio, juiz desembargador, que esteve colocado no Conselho Superior de Magistratura.A estes dois magistrados, junta-se o juiz conselheiro, do Supremo Tribunal de Justiça, Jorge Augusto Pais Amaral, que, pela categoria profissional, se reforma com uma pensão superior à dos dois anteriores: 5748 euros e 46 cêntimos.Estas três pensões de reforma têm em comum o facto de serem superiores ao vencimento-base mensal do primeiro-ministro, que é de 5366 euros e 60 cêntimos e que serve de referência para o tecto salarial no novo Estatuto do Gestor Público.O combate às ‘reformas douradas’ – incluindo as subvenções vitalícias dos políticos (à excepção dos anteriores Presidentes da República, “pela dignidade do cargo”) ou o sistema complementar de pensões no Banco de Portugal – e aos vencimentos ‘sumptuosos’ dos gestores públicos e/ou titulares de cargos políticos tem sido um dos ‘cavalos de batalha’ deste Governo. O argumento é o de que “desta vez, os sacrifícios são para todos”.Ou quase...
CÂNDIDA NÃO QUER LUGAR. A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, diz não desejar abandonar este cargo até ser colocada junto do Supremo Tribunal de Justiça. Admitindo ter falado com o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, sobre o cargo agora vago (procurador-geral distrital de Lisboa), Cândida Almeida desmente um convite ou “recusa formal”.
NOTA: É um escândalo que um reformado que nada produz, que não tem que representar o seu serviço, que não tem que dignificar o cargo, que não tem de ostentar aparência para subir na carreira, que não tem filhos a estudar receba mais de 7 ou 8 salários mínimos. Isto é uma delapidação do erário público. É de lamentar que nenhum Governo tenha posto cobro a isto. O aperto do cinto é só para aqueles que nem sequer podem ter barriga.
A Decisão do TEDH (398)
Há 2 horas
5 comentários:
Caro amigo A. João Soares...ontem não passei por aqui,mas tenho lá no meu blog um post em que me basiei neste artigo!
Veja também o de hoje sobre o "Portugal sem rumo",os militares e as foraçs de segurança!
Não sei o que se passa mas a vozdopovo perde-se,já não é o que era!...
Abraços
MR
Obrigado por o que nos traz cá, Amigo João Soares.
Isto serve a tese que defendo: jamais se poderá chamar honesto a um governo que não tem a coragem de acabar com estas situações.
Por isso, penso este governo não ser mais honesto que qualquer outro. E casos há, a que a sua honestidade, já antes fora ultrapassada. Este governo, só veio, à custa de muita demagogia, ajudar a arruinar o futuro dos nossos jovens.
Parabéns.
Conceição, Mário e David,
Agradeço a vossa visita e os vossos comentários. Com a reflexão sobre estes temas, não vamos mudar o percurso que as coisas estão a levar, pelo menos para já. Mas não podemos esquecer que estamos em democracia (soberana do povo, influência do povo na governação)o que poderá significar que os governantes se recordem que estão lá em nome do povo para satisfazer as necessidades deste em felicidade, bem-estar, segurança e esperança num futuro melhor. E, dessa forma, se todos estivermos atentos ao que se passa e emitirmos civilizadamente as nossas opiniões, ajudamos a que os governantes se consciencializem de que devem prestar mais atenção a casos a que têm dado menor prioridade.
Nós, cidadãos, temos esse dever democrático.
Cumprimentos
A. João Soares
A ofuscação constante dos olhos e da mente do povo faz o pobrete alegrete, porque é linda aquela gigantona árvore de natal, onde se não vé a gigantona boca de fome, de carêmcia, de desemprego e de mizéria escondida!
A ofuscação constante dos olhos e da mente do povo, faz milagres... faz o pobrete alegrete que grita entusiásta: Àh! que grande gôoooloo!!
Depois regressa ao barraco e junta-se à mulher e aos filhos a comer a malga do caldo, sem broa porque os miúdos já comeram a pouca que havia.
Pois viva enquanto consegue esta República de um Governo que pela primeira vez, desde Abril de 1974, se apresenta como um Governo de Esquerda Moderna... G.E.M. ?! Eles?
Sacanas!
José Faria
Amigo Zé Faria,
A ofuscação é realmente a arma mais «mortífera» da chamada «classe política». As pessoas, dada a fraca escolaridade e a pouca cultura não podem desenvolver o seu espírito crítico e formar opinião própria bem fundamentada. Muita gente limita-se a recitar slogans que ouve aos políticos da sua cor. E os políticos exploram essa vulnerabilidade das pessoas.
Os blogues, se forem utilizados com sentido de serviço público, têm um efeito salutar no esclarecimento do povo, estimulando este a interessar-se pelo que se passa na realidade e raciocinar com a própria cabeça.
Os comentários ajudam a temperar excessos e a aprofundar a visão dos assuntos.
Um abraço
A. João Soares
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