sábado, 28 de abril de 2007

António Costa e a Democracia

Ministro critica atenção em torno do PNR

O ministro da Administração Interna, António Costa, criticou ontem o "fervor noticioso" em torno do Partido Nacional Renovador (PNR), recusando-se a contribuir para o que classificou de "publicidade à extrema-direita".

"Espanta-me o fervor noticioso em torno desse partido chamado PNR", declarou o ministro, quando questionado sobre a manifestação que aquele partido tem programada para o 1º de Maio, em Lisboa. Para o ministro da Administração Interna, o PNR "é um partido como outro qualquer e o facto de um partido realizar uma manifestação não tem nada de extraordinário". "Creio que já estamos habituados, ao fim de 30 anos (de democracia), a que os partidos organizem manifestações e, portanto, não contem comigo para contribuir para a publicidade da extrema-direita", acrescentou. António Costa explicou ainda que o direito de manifestação não requer autorização, contrariando notícias que davam conta de que a manifestação do PNR tinha sido autorizada pelo Governo Civil de Lisboa.

NOTA: É de apreciar esta visão global e inclusiva da democracia. Realmente um cozinheiro elabora uma refeição com os ingredientes que tem na despensa e não com outros. E Portugal tem de contar com todos os portugueses. É a prata da casa. Todos somos indispensáveis, não se podendo colocar de lado uns ou outros, porque os que forem marginalizados acabarão por, mais cedo ou mais tarde, criar sérios problemas. Nem sempre, há capacidade para ver o todo com serenidade e tolerância. Muitas vezes, olhamos demasiado para a árvore e esquecemos a floresta. Parece que, no momento actual, essa incapacidade está a manifestar-se, o que não será de bom augúrio. António Costa parece estar no caminho certo. Há que não esquecer que a repressão do antigo regime não impediu que houvesse o 25 de Abril.

Em vez da rotura e da exclusão, será preferível procurar a convergência nos problemas fundamentais do País. Todos são necessários e com direito a participar não desenvolvimento do País. As divergências de opinião não devem ser interpretadas como «guerra» mas apenas como visões diferentes do que será melhor para a Nação. Há interesses de visibilidade e há vaidades e ambições? É natural. Mas o diálogo consegue limar arestas e colocar toda a gente a puxar, à sua maneira, para o mesmo objectivo. Um jardim tem variedade de flores e não apenas uma, com monotonia. Portugal tem de poder contar com todos e cada um, não pode ser contra qualquer cidadão ou grupo de cidadãos, a não ser em casos raros e muito graves, para que todos dele se sintam orgulhosos.

15 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Meu estimado amigo João.

neste post tenho que distinguir dois pontos.

O 1º é a notícia e as palavras do ministro da Adm Interna.
São frases de responsável por um ministério com esta importância, afirmando que não contribui para a propaganda da extrema-direita. Faz assim, claramente a meu ver, uma distinção entre os que são dessa ala extremista e todos os outros.
No entanto, também se pode induzir que António Costa quis deitar areia no fogo que estaria para deflagrar.

Quanto á 2ª parte, a sua nota, coloca-me algumas questões.
estando eu de acordo que portugal precisa de todos, não posso concordar que um partido que alberga autênticos bandidos já condenados em tribunal e com uma milícia armada até aos dentes ainda há dias desmantelada em parte pela polícia, não concordo, dizia, que um tal grupo de gente possa fazer parte dos portugueses com quem se pode contar para fazer um país mais justo, equilibrado e democrático.

Se é certo que a repressão da ditadura não impediu o 25 de Abril, também é verdade que o adiou por muitos, demasiados, anos e que não foi à bala nem com actos terroristas, nem aliando-se a forças estrangeiras que o 25 de Abril se fez.

Em resumo, para mim, partidos da extrema-direita, ou esquerda, tanto me faz, com milícias armadas no seu seio ou no seu leque de apaniguados, NÃO!

Respeito a sua opinião, evidentemente, e deixo-lhe um abraço.

Anónimo disse...

Caro João Soares, sobre o PNR enquanto partido, acho que se existe é porque obedece aos quesitos legais. A democracia é para todos, desde que cumpram com a legalidade democrática e acima de tudo com a lei.
Mário Machado pertence à Frente Nacional, uma "organização" não muito clara que actua de um modo semelhante a outras ditas revolucionárias e de extrema-esquerda.
Enfim são questões extremistas, que se existem num lado, existem do outro.

Acho normal que façam a sua manifestação pelo dia do trabalho nacional...
Tal como outros fazem a do dia do trabalhador...

Aqui acho que o MEAI-Ministro de Estado e da Administração Interna foi prudente, realista e tem feito um grande esforço para dominar uma pasta tão difícil, como desconhecida para ele,quando para lá foi.

Continuemos todos, com as opiniões diversas na contribuição para melhorar Portugal, sem fanatismos doentios.

Um abraço

Mário Relvas

A. João Soares disse...

Muito bem observado, fruto de uma leitura cuidadosa e inteligente.
Preciso de ter a certeza de que estas coisas são lidas e, embora escreva muitas provocações, muito raramente me chega o sinal de que são lidas!
Estamos de acordo. Interpreto a liberdade de cada um nos limites em que não lese a liberdade dos outros. Esta é a base do civismo, da boa convivência. Logo que alguém não respeite os outros e os prejudique deve ser sancionado proporcionalmente, o que não é tarefa fácil porque as sociedades muitas vezes precisam de quem não se conforme, não se resigne e use o direito a manifestar a sua indignação. Foi o que fizeram os «capitães« de Abril. Mas, para resolvermos eficazmente os grandes problemas nacionais, dispensamos quem apenas deite areia na máquina e crie obstáculos que impedem uma marcha regular para o desenvolvimento. O ideal seria uma coerência construtiva para obtermos uma melhor qualidade de vida geral de toda a população. A violência e o crime, por regra, nada resolvem.
Pode crer que gosto deste seu comentário que agradeço.
Um abraço

A. João Soares disse...

Caro M Relvas,
Uma coisa é o aspecto legal de partidos e organizações, outra são actos ilegítimos que devem ser evitados ou reprimidos na hora. Portugal precisa de todos os esforços para se desenvolver e seria bom que as energias não se dispersassem em actos que possam ser obstáculo ao desenvolvimento económico e social.
Mas condenar um grupo, que não tenha feito mal só pela suspeição de o poder fazer, faz lembrar as acções policiais no Barreiro na véspera das manifestações dos trabalhadores, antes do 25 de Abril. A Democracia tem custos e as flores de Santa Comba não devem se evitadas, mas, sim, observadas e, se passarem a violência contra os interesses de pessoas e bens, devem ser de imediato reprimidas e paradas. Mas tudo isto deve se muito bem meditado sem pré-conceitos.
Um abraço

Meg disse...

Realmente, assim dá gosto...
Ler, comentar, concordar ou não, discutir com urbanidade, como é próprio de pessoas civilizadas.
Sou leitora atenta e assídua...
Comentar, sabeis fazê-lo muito melhor do que eu...
Um abraço

José Faria disse...

Quando uma árvore está contaminada de saudosismos de impedir o crescimento e desenvolvimento saudável de toda a floresta de que faz parte, a única solução é abate-la, para que não contamine as as árvores e transformem a floresta em mais uma zona árida!
A democracia esta na possibilidade e continuidade de a floresta respirar e produzir oxigénio para que possamos viver tranquilamente livres, mas se ela está em perigo, é preciso neutralizar esse perigo para bem da nossa saúde e da saúde do nosso planete. Não há outro para onde nos possamos mudar!?...

A. João Soares disse...

Cara Meg,
As suas palavras são de agradecer, por reconhecerem a forma ordeira e urbana como pessoas civilizadas debatem as suas ideias mesmo que discordantes, sem se exaltarem nem se ofenderem. Isto é respeitar a liberdade de os outros terem opinião e expressá-la.

Caro Zé Faria,
O seu raciocínio está correcto na óptica do lenhador ou do jardineiro, mas quando se trata de pessoas, em democracia, não pode haver pena de morte nem discriminação por delitos de opinião. Opinião semelhante a esta sua foi expressa, em relação aos comunistas, no Palácio de Belém no dia 25 de Novembro de 1975, mas logo abafada pelas vozes muito respeitadas de dois democratas notáveis: Ernesto Melo Antunes e Vasco Rocha Vieira. Em Democracia não são aplicáveis métodos próprios de ditaduras.
É bom não esquecermos, em momento algum, as normas democráticas, não bastando dizer lindos slogans. A única arma válida para combater ideias é com outras mais convincentes, bem explicadas. Depois, as pessoas escolherão a que acharem melhor.
Qualquer repressão violenta gera uma reacção ao retardador que poderá vir a manifestar-se de forma demasiado traumatizante para a sociedade. Nisto. Mário Soares recomenda o diálogo, a negociação, pra evitar actos terrristas.
Abraços

ANTONIO DELGADO disse...

Estimado Amigo A. João Soares,

Li mais acima qualquer coisa sobre legalidade e a lei gostava de dizer que existe muita coisa que é legal e está segundo a lei e no entanto não é justa porque fere a etica.

José Faria disse...

É verdade!
Acho que não vale de nada continuar a falar sozinho!
Pois que a árvore cresça e continue a florir e a dar fruto podre e embenenado!(Na minha opinião!)
Que ela resista e viva só até conseguir por fim o regresso ao passado, e consiga finalmente enclausurar a floresta, impedindo-a de crescer e dar frutos livres e saudáveis!
As árvores infestadas de vermes e caruncho vindo das tábuas de Santa Comba, que progridam, vivas mas moribundas, de mentes alienadas e enclausuradas como nas "jaulas" do tarrafal.
Que vivam sós até à exterminação da floresta viva e sadável!

Abraços de amizade de um concidadão que respeita as ideias e opiniões dos seus semelhasntes portugueses como eu!
Mas que, por respeitar, não deixa de , sempre que lhe é possível, de opinar, criticando ou elogiando conforme os temas que se lhe apresentam e que vão de encontro ou não, à sua forma de ver a vida e a sociedade, consoante a sua educação, vida e forma de viver e pensar.
Independentemente de agradar ou desagradar, a minha opinião vái ao encontro do tema e não de quem o emitiu!
Pois são os temas, os assuntos, as questões que nos devem motivar a opinar, independentemente de quem as elaborou e emitiu, autores que temos e devemos que respeitar.

Mal de nós se assim não fôr!

Mais uma vez abraços e parabéns pela forma como conduz os assuntos, sempre a abraçar a realidade dos nossos dias da política socio cultural que a todos diz respeito.

Anónimo disse...

Caro João Soares,

amigos comentadores,

A floresta compoe-se de milhares de diferentes árvores, plantas e ervas daninhas. Se só tivermos uma planta ou mesmo duas, três, dez, já não será a floresta, mas o canteiro de alguém.

Acho que os que querem visitar Santa Comba o devem fazer, sem que isso interfira na paz da vila, da sociedade. Não considero violento quem vai a um celebrar de anos, seja ele de Salazar, ou de Cunhal.

Deve ser acompanhado, que o é pelos serviços de informações e policiais, mas a intervenção só deverá ocorrer se os que vão comemorar entrarem em conflito com alguém, ou se alguém entrar em provocações conflituosas com eles.

A liberdade passa por saber ouvir, por tentar perceber estes movimentos sociológicos frutos da nossa sociedade, que ciclicamente acontecem.

Será até interressante que se observem de um prisma histórico e independente os ciclos históricos porque passou a nossa velha Europa e confrontá-las com a actualidade.

Ninguém é senhor de verdade alguma, quando vê as coisas apenas pelo índice partidário.

A democracia e a liberdade são responsabilidade. Deixemos os portugueses afirmarem a sua liberdade/responsabilidade.

Sabemos como é fácil despoletar "guerrilhas" entre facções que de tão opostas se atraem.

Sabemos como é fácil incendiar o momento. É responsabilidade do governo, mas também de todos nós não incendiar o momento, tal como fazem agora os OCS, com tanto relevo, como diz o nosso ministro.

A liberdade não tem cor. Não é da esquerda,ou da direita.è um direito constitucional, tal como o direito á segurança. Por isso as forças de segurança estão preventivamente, de certeza prontas a intervir. Oxalá haja descernimento e liberdade responsável.

Enquanto uns andam com panfletos atribuídos a Hitler, outros andam com insignias da extrema esquerda originárias do comunismo "soviet", que causou mais mortes que o regime hitleriano.

Haja bom senso, embora este tal de bom senso seja subjectivo.

Por tudo isto digo que a palavra nacionalismo está adulterada, preferindo a palavra Patriotismo.

Um patriota pode ter partido, pode não ter, pode ser de esquerda,do centro, ou de direita, mas defende o seu país sem extremismos, mas com veemência!

"Andam para aí a tentar passar o lápis azul no reclame das massas: O que é Nacional é que é bom.
Um pouco de humor para terminar.

Cumprimento mais uma vez todos os comentadores.

MR

Anónimo disse...

Caro João Soares,
Muito boa interpretação da realidade sócio-política.
Com efeito, concordo inteiramente consigo quando diz: "As divergências de opinião não devem ser interpretadas como «guerra» mas apenas como visões diferentes do que será melhor para a Nação".
O problema é que este povo não está habituado ao contraditório salutar e enriquecedor. Já diz o velho ditado " se não és por mim é porque és contra mim..." - NADA MAIS DISPARATADO.
Proibir ou expulsar qualquer partido não resolve qualquer problema. Ao contrário acrescenta mais um aos existentes.
O importante é que, através da força do diálogo consigamos nós todos gerar consensos contra a xenofobia, o totalitarismo e despotismo.
Um bom fim de semana para si.

Anónimo disse...

Caro João Soares,
Muito boa interpretação da realidade sócio-política.
Com efeito, concordo inteiramente consigo quando diz: "As divergências de opinião não devem ser interpretadas como «guerra» mas apenas como visões diferentes do que será melhor para a Nação".
O problema é que este povo não está habituado ao contraditório salutar e enriquecedor. Já diz o velho ditado " se não és por mim é porque és contra mim..." - NADA MAIS DISPARATADO.
Proibir ou expulsar qualquer partido não resolve qualquer problema. Ao contrário acrescenta mais um aos existentes.
O importante é que, através da força do diálogo consigamos nós todos gerar consensos contra a xenofobia, o totalitarismo e despotismo.
Um bom fim de semana para si.

A. João Soares disse...

A propósito da sugestão de eliminar as árvores eivadas de doença para não infectarem a floresta, recordo mais uma vez que esses métodos eram próprios da ditadura. E nós estamos e queremos estar em Democracia. Não queiramos dizer-nos democratas e agir como os ditadores! Que democracia seria esta, com tais procedimentos?
Neste ponto, não posso deixar de prestar a minha sincera homenagem aos grandes democratas Melo Antunes e Rocha Vieira que, num momento de grande efervescência e ânimos exaltados, tiveram a serenidade democrática e tolerante de se oporem à eliminação dos Comunistas que eram considerados, por muitos, a tal árvore a que Zé Faris se refere.
Saudações democráticas para todos os comentadores e todos os visitantes.
A. João Soares

José Faria disse...

Amigos!
Gostaria de ser bem interpretado por todos.
Se resvalei na forma como me expressei não foi intencional!
Eu explico:
Pareceu-me ter sido entendida a minha opinião, estar a favor da eliminação pura e simples de todos que amam a sua liberdade e a liberdade que por todos os nossos concidadãos deve ser usufruída. LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE, HUMANA, SOCIAL E COM RESPEITO ÁS DIFERENÇAS DE OPINIÕES E ANSEIOS E OBJECTIVOS DOS NOSSOS CONCIDADÃOS.
A ideia da árvore e da floresta, está no seguimento do E-mail que que enviou o amigo A. João Soares.
Achei interessante ir por esse caminho!
E quando opino que se uma árvore vai pôr em causa a saúde livre e progressista (independentemente de Partidos políticos!)de toda uma sociedade, livre, progressista e democrática para o bem estar e liberdade de exigir, de lutar e de se afirmar de qualquer um de nós cidadãos... quando uma árvore (leia-se extremismos que podem pôr em causa estes valores) devem ser impedidos, enfraquecidos, desmantelados.
Pois isso é defender a nossa liberdade de expressão, a nossa capacidade de competição progressista, social e profissionalmente. É defender a nossa "saudével" existência de podermos apontar o dedo, de dizermos sim ou não!

Só se quisermos aceitar o contrário e desejarmos de novo viver em ditadura, seja ela de comunistas ou direitistas fascistas.
Com uns ou com outros, deixaremos de poder apontar o dedo, de dizer sim ou não; de nos podermos afirmar social e profissionalmente e até familiarmente.

Afinal de que andamos à procura?
Que andamos nós para aqui a chafurdar?
Queremos águas limpas que mantenham limpas e frescas as mentes, ou vamos chamar e apelar a águas passadas.
Queremos progredir ou regredir?
Se os temas convidam a regredir, já cá não está quem falou! (teclou!!!)
Mas deixo-vos o meu abraço com respeito e cidadania responsável, de quem como a maioria, procura e gostaria de saber e encontrar o que é melhor para nós...Portugueses!

A. João Soares disse...

Caros JPG, MRelvas, Meg, José Faria, António Delgado e Maria Faia,

É interessante este debate de ideias, com urbanidade, sempre enriquecedor, permitindo, ao longo destes comentários, concluir que todos estamos concordantes em que a Liberdade é uma conquista que deve ser sustentada e defendida contra qualquer ataque. Mas, ao ser exercida, tem que, estar sempre presente a responsabilidade que lhe é inerente. Responsabilidade de respeitar a Liberdade dos outros, daqueles que são diferentes de nós e da sociedade em geral, de respeitar a integridade e o funcionamento dos bens públicos. Isto significa que o conceito de Liberdade não pode permitir actos violentos, quer efectuados quer apenas em forma de ameaça potencial visível, venham de direita, de esquerda ou do centro, encobertos com belos pretextos.
Liberdade de pensamento, de expressão não pode ser sinónimo de violência ou de violação dos direitos legítimos dos concidadãos por qualquer motivo. Não pode ser aceitável que haja quem actue ao invés do esforço de desenvolvimento da qualidade de vida dos cidadãos em geral. Mas o caminho para este objectivo pode ser encarado de forma diferente, conforme as ideologias e os pressupostos pessoais.
Os actos ilegítimos e ilegais que lesem os interesses gerais, devem ser reprimidos de imediato, antes de atingirem efeitos inaceitáveis. Mas nada justifica repressões prévias, baseadas em raciocínios hipotéticos de cariz autoritário e repressivo de estilo ditatorial. Há que evitar o exagero, o pessimismo da suspeição de que os possuidores de ideias diferentes das nossas são criminosos e inimigos da sociedade.
Ninguém é dono absoluto e exclusivo da verdade, da solução milagrosa, e não deve excluir qualquer um que pense de forma diferente da sua. Portugal é de todos os portugueses e não de apenas alguns deles. Daí os apelos ao «direito à indignação», ao «inconformismo» à «não resignação»
Como disse Maria Faia, «o importante é que, através da força do diálogo, consigamos nós todos gerar consensos contra a xenofobia, o totalitarismo e despotismo». As ideias combatem-se com ideias diferentes, bem explicadas e argumentadas. Andou bem, com bom senso, o ministro quando procurou evitar demasiado protagonismo mediático ao PNR para não enfatizar a árvore e secundarizar a floresta.
Cumprimentos